02

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Acordei em um quarto totalmente escuro e com uma dor de cabeça muito forte, levantei-me procurando algo que pudesse iluminar aquela droga de quarto, mais provavelmente uma luz... sem sucesso. Consegui ouvir risos exagerados distantes, era os filhos da puta, deduzi.

A porta se abriu e com ela veio uma claridade infernal, o tal de Itadori ascendeu a luz e logo me avistou sentada na cama com uma cara tipo " vai tomar no cu ".

- Seu cabelo está horrível. - Ele disse.

- Ah, obrigada, mas você trabalha em um salão de beleza ou algo do tipo? Bem que eu percebi esse seu jeito meio afeminado. - Falei com raiva.

- Se você quiser posso te mostrar o afeminado. - Ele disse sendo safado. Idiota.

- Cara, o que vocês querem comigo? Me deixem ir.

- Ah, isso é com o Gojo, e não sei se ele vai deixar você ir embora tão cedo, até porque... Você sabe demais.

- Estou pouco me fodendo pra ganguezinha de vocês, se eu sei quem faz parte ou não, eu só quero ir embora. Caramba. - O garoto me olhou e apenas riu, o que me irritou totalmente, aproveitei que a porta estava aberta e saí batendo perna, o ignorando totalmente e enquanto andava por aquele corredor enorme pude perceber que estava em um apartamento luxuoso. " Filhos da puta e rico " pensei comigo mesma, ao acabar o corredor eu me vi numa sala de estar enorme, onde havia dois babacas sentados no sofá e falando merda.

- Eu quero ir embora dessa droga. - Gritei parando na frente da televisão que eles estavam assistindo, impedindo ele de assistirem. Avistei um bonequinho segurando uma bola de basquete e joguei-o no chão com força, como aquelas crianças cujo seus desejos não são concedidos. O garoto de olhos jaboticaba levantou-se como se fosse me matar.

- Sua vadia, você é louca? - O outro garoto o segurava para eu não tomar uns socos na cara. - Você quebrou o nosso troféu, esse troféu nos ganhamos no campeonato do ano passado contra os melhores times de basquete acadêmicos da China, você sabe o quanto nosso time ralou para conseguir isso? - Eu aprendi algo: nunca quebre troféus, você vai ouvir coisas desinteressantes e ainda vai ter a chance de levar uns tapas na cara.

- Esse troféu aí? Importante? Olha o jeito que ele se espedaçou ao cair no chão, pelo amor de Deus, garanto que até as medalhinhas de honra ao mérito são melhores. No próximo campeonato, me volte com algo menos vagabundo, obrigada. - Podia ver a raiva nos olhos do garoto, o troféu realmente era importante, eu percebi isso quando ele se desfez do outro garoto e me deu um tapa estalado no rosto quase fazendo uma volta 360⁰ perfeita. Logo ele me jogou com tamanha brutalidade. Fui dominada pelo medo, eu não tinha nem pra quem pedir ajuda. Maldita hora que eu fui sair de casa, odeio minha vida.

- Você tem que saber quem manda, e quem obedece. - Ele disse friamente, apontando o dedo para minha cara, enquanto eu continuava jogada no sofá do mesmo jeito que ele deixou. - Pelo visto, você não está sabendo do que somos capazes , está nos vendo como uma ganguezinha iniciante, porque se não, você não estaria tão afiada desse jeito. Não concordam comigo? Megumi? Itadori? - Megumi e Itadori apenas balançaram a cabeça, como se eles tivessem mais ou menos a tal atitude do garoto dos olhos jaboticaba, o qual eu não sabia o nome.

- Pega leve, Yuta. É só uma garota, e não alguém de facção inimiga. - Megumi disse, ele era bonitinho até.

- Voltem pro Japão. - Tive coragem de falar. - Vocês pagam de macho, mas na real são tudo uns putos. - Agora eu havia brincado com fogo. Agora eu morreria.

- Putos? Te levo para um canto e vejo você mudar de ideia rapidinho. - Itadori disse.

- Deixa, Itadori... Mal sabe ela que está brincando com a própria vida. - Yuta tentou tentou me colocar um certo medo, mas isso já não colava mais. Revirei os olhos.

Ouvi-se um barulho de porta se abrindo, era 03:20 da madrugada pelo que mostrava em um rádio que havia ali. Quem poderia ser? Droga... Não podia piorar.

- E aí, Gojo. Pensei que você só iria voltar quando o sol raiasse, cara... O que aconteceu? Seu pauzinho não deu conta da vadia? - Megumi falou, Itadori e Yuta riram. Eu apenas observava tudo, Gojo nem tinha colocado seus olhos em mim... Ainda.

- Logo você, Satoru... Por essa eu não esperava hein?! - Itadori falou.

- Calem a boca seus merdas, a gatinha já está bem satisfeita, depois eu deixo vocês se ajoeilharem para mim também, mas agora o papai aqui precisa de um descanso. - Gojo ainda não havia me visto atirado no sofá.

- Então né... - Cocei a garganta. - Agora que você chegou eu posso ir embora? - Falei trazendo os olhares de todos sobre mim.

- Ah, Você... Acho que temos algo a resolver, não?! - Gojo disse, totalmente sedutor e vindo em minha direção, e sentindo-se ao meu lado naquele sofá. Senti seu forte perfume invadir minhas narinas, e aquilo me deixou meio fora de si.

- Você sabe que eu poderia te matar facilmente, né? - Ele disse tranquilamente, colocando um de seus braços ao meu redor.

- Não encosta em mim. - Disse seriamente.

- Ui! As bravas são as melhores. - Ele zombou. - Você não acha, Megumi?

- Lógico, e você sabe né parceiro, onde come um, come dois... - Megumi disse com segundas intenções.

- Calem a boca, vocês não vão encostar um dedo em mim, e Gojo, se esse é seu medo, eu não para ninguém quem são os membros dos Bad Blood, vai continuar secreto. - Falei levantando-me daquela droga de sofá.

- Claro que não vai contar, se contar... Você morre. Simples. - Ele disse.

- Agora me deixem ir.

- Mas já? Eu ainda nem aproveitei. - Gojo fez um sinal para os garotos saírem, ficando apenas eu ele naquela enorme sala. Ele se aproximou, colocando as mãos em minha cintura e logo havia uma distância mínima entre a gente, podia sentir sua respiração e seu hálito enquanto ele sussurrava " eu sei que você quer ".

- Me larga, Gojo. - Consegui me recompor. - Eu não quero saber de você nem da sua ganguezinha de merda. - Falei o empurrando. Sua expressão mudou, agora ele me olhava com raiva, poderia levar outro tapa a qualquer momento.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 - s, gojoWhere stories live. Discover now