Capítulo 8

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O quarto estava iluminado apenas pelas luzes fracas da rua quando Colin acordou de repente sentindo falta do calor do corpo dela grudado ao seu. Ele sentou-se na cama, num impulso e assim que viu as malas dela ainda jogadas no canto do quarto, suspirou de alívio. Ela não foi embora pelo menos. No final, não importava que ela tivesse terminado o dia em seus braços, enquanto ela não aceitasse o pedido de casamento dele, ele não ficaria em tranquilo e talvez nem depois disso. O lado dela na cama já estava gelado, e preocupado que talvez ela não estivesse bem, foi procurá-la.

"O que você está fazendo aqui sozinha?" Colin questionou Penélope ao encontrá-la encolhida no sofá da sala. Ele sentou-se ao seu lado e passou o braço por sua cintura, puxando-a para mais perto.

"Eu não conseguia dormir e estava inquieta. Desculpa, não queria te acordar." Mesmo na iluminação fraca da sala, ele percebeu que ela tinha lágrimas acumuladas nos olhos.

"O que está errado, Pen?" Ele questionou e a puxou para seu colo, mantendo seu braço em torno de sua cintura.

"Nada." Penélope sorriu fracamente e encaixou sua cabeça na curva de seu pescoço. "São os hormônios, eu acho. Eu choro por tudo, ultimamente. E se não estou chorando estou irritada. Isso quando não passo pelos dois juntos."

Colin riu e deu um beijo casto em seus lábios, "até onde eu sei é normal. Vai passar eventualmente. O que eu posso fazer pra te fazer rir em vez disso?" Ele colocou a sua mão livre sobre as dela e ela grudou sua testa na dele com um sorriso largo nos lábios. "huum?" ele encostou a ponta do nariz no dela e então percebeu que ela segurava a caixinha de veludo nas mãos. "Você já pensou sobre o meu pedido?"

Penélope deu uma risada curta. "Não tem o que pensar, Col. Eu sempre amei você... sempre quis você pra mim. É claro que eu aceito."

"É sério?" Colin sorriu e ela assentiu entusiasmada. Ele colocou o anel no dedo anelar de sua mão esquerda e levou aos lábios para um beijo. "Eu prometo que nunca mais vou te deixar sozinha, Pen. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes" e a beijou brevemente, "eu te amo e vou passar a minha vida inteira te provando isso." Passou a mão por sua nuca e aprofundou o beijo. Sugou seus lábios e desceu mordiscando sua mandíbula, seu pescoço...

"Colin" ela gemeu seu nome baixinho.

"huum"

"A gente ainda tem..." – outro gemido quando ele lambeu e mordiscou seu mamilo – "muito que conversar."

Colin se afastou um pouco e a fitou nos olhos "agora?" Um sorriso tímido surgiu nos lábios dela e ela cedeu alguns segundos depois negando com a cabeça. "Foi o que eu pensei."

**************

Penélope acordou com um zumbido e a percepção de ouvir a voz de Colin baixa e rouca em seus ouvidos. Ele estava com a cabeça deitada no vale de seus seios e tinha uma de suas mãos grandes espalmadas sobre sua barriga. Ela tentou ao máximo não se mexer para que ele não parasse o que estivesse fazendo.

"... eu tenho certeza que você vai ser igualzinha à mamãe. Inteligente, esperta, linda e incrivelmente corajosa. Eu sei que eu estive longe, minha pequena, mas eu prometo que nada mais vai me afastar de você. Eu ainda não sei como, mas você é um milagre. Obrigado por ter..." Colin ouviu Penélope fungar e levantou a cabeça para fitá-la. Ela tinha lágrimas nos olhos, assim como ele.

"Você disse que queria me fazer rir e não chorar."

"Bom dia, ginger" ele a beijou brevemente. "Desculpa por isso, mas eu precisava ter uma conversa a sós com esse pequeno ser e..." ele parou e franziu a testa por um segundo, "sabe, você nunca me disse se já sabe o que vai ser. Você tem falado 'minha pequena', mas..."

Última NoiteWhere stories live. Discover now