Ponta Tempestade

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Bernardda e Stannis estavam instalados na sua agora propriedade

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Bernardda e Stannis estavam instalados na sua agora propriedade.
Ponta Tempestade era magnífica, sólida e intimidante.
Dizia-se que ela foi construída pelo seu ancestral, Brandon O Construtor.
Ela não duvidava.
Era uma construção e tanto.
Bernardda no entanto tinha que admitir que o barulho das tempestades eram bem altos em certas horas.
Ela uma vez flagrou Stannis olhando para a tempestade com tristeza.
Se aproximou, tocando a mão dele.
–Você está bem? -ela pergunta, cheia de preocupação.
–Esse dia... Não é um dia fácil para mim.
Ela força sua memória a voltar no que tinha lido sobre os Baratheon, e uma hipótese vem em sua mente.
–Seus pais?
Stannis assente com um gesto de cabeça e continua com os olhos na tempestade.
–Eu nunca vou esquecer. Eu e meu irmão estávamos aqui nessa janela, ansiosos para quando nossos pais voltassem. E então vimos o navio, nossos pais estavam na proa, e eu e Robert acenamos para eles. E nossos pais acenaram de volta. Então... Então o navio afundou.
Bernardda sentiu seu estômago revirar.
Que imagem horrível para dois adolescentes verem.
–Vocês não deveriam ver uma coisa tão horrível em uma idade tão jovem.
–Isso nos mudou. Robert mais do que eu. Meu irmão não era um bêbado mulherengo antes disso, sabia? Mas acho que isso o assombrou pelo que restou de vida.
Ela pôs a mão no ombro dele em apoio.
–É normal ficar com esse trauma. Foi realmente uma situação muito triste e trágica.
–E sabe o que é o pior? Eles voltavam de uma viagem para encontrar uma esposa para Rhaegar Targaryen. Não é irônico? -ele fala, amargo.
Bernardda prometeu a si mesma nunca esquecer essa data e o que ela significava para seu marido.
Ela deu tudo de si para facilitar o trabalho de Stannis como líder da região, e também ajudava nos cuidados do pequeno Renly, que ainda estava muito magro do cerco feito por Mace Tyrell.
Stannis sentia a raiva renovada quando olhava para o irmão, ainda abaixo do peso e desanimado em brincar e correr, como era antes da guerra.
Não era justo que esse menino, quase um bebê, tenha quase morrido de fome.
Houve um homem que reclamou sobre os cuidados de Bernardda com relação a Renly, não com ela não cuidar bem mas por ser ela a cuidar dele.
–Ela é a irmã de Lyanna Stark. É uma boa ideia?
Bernardda sentiu seu sangue ferver e logo tratou de responder.
–Meu senhor, fale de mim o que quiser. Até de puta pode me chamar. Mas nunca, nunca mesmo, se refira a mim como a irmã de Lyanna.
As pessoas logo perceberam que a Stark mais velha odiava e renegava a Stark mais nova.
Bernardda conquistou o respeito delas depois de demonstrar isso, sendo testada algumas vezes por senhores de Terras Das Tempestade como a Lady Baratheon, não sendo achada em falta com seu dever.
Com o tempo, simpatizaram com ela e não a questionaram mais.
Bernardda então tomou um susto quando começou a sentir os sintomas.
Era como a primeira vez.
Como o primeiro bebê que ela perdeu, de seu primeiro marido.
E ela sentiu seu coração sangrar ao se lembrar disso.
Bernardda sempre reprimia a dor e a mandava para o fundo da mente, pois se não fizesse isso se deixaria paralisar pela dor que carregava consigo.
Stannis era parecido com ela nisso, reprimindo seus traumas e agindo de forma séria para esconder o quão ferido estava por dentro.
Ela anunciou para Stannis e Renly a boa notícia.
Renly fez uma expressão esquisita.
–Se você vai ter um bebê isso significa que ficará aqui conosco? Você não vai embora? -ele pergunta, ansioso.
–Claro que eu vou ficar, Renly.
Ela abaixa a cabeça, triste.
–Papai, mamãe, vovó, Robert. Todo mundo foi embora.
Ela puxa o pequeno Renly para si e o abraça.
–Stannis e eu não vamos embora. Estamos aqui para você, Renly.
Stannis também abraça os dois para confortar o irmão.
Ela se sentiu um pouco esquisita. Era uma sensação nova. É como se uma pequena parte dela finalmente se curasse.

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