𝐑. Caius Volturi ⊹𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜⊹

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Caius sabe. A pequena e reconfortante casa ficava pouco distante de Volterra, em uma área verde e arejada, é linda aos olhos dela e de qualquer um que ame a natureza e preze a privacidade. Ari fez dela seu casulo onde apenas ele podia entrar. Demorou tanto para que ele pudesse se sentir parte da sua existência, mas conseguiu. A persistência era uma qualidade dele, a qual ele só demonstrava quando algo realmente tinha sua atenção.

O que o fez se apaixonar por ela? Ele não tem a resposta, não foi algo do dia pra noite, levou dois séculos inteiros para engatarem um romance finalmente, mas sabe que a principal coisa que chamou sua atenção foram aqueles olhos [c/o], eles eram tão opacos, vazios. A falta de esperança o instigou, não era como a de Marcus, era algo mais.... natural (?).

Ele quis entender a dor que ela sentia, queria entender seus sentimentos.

Caius ainda se lembra de quando a viu pela primeira vez.

O cheiro impregnante de ferrugem fez ele seguir a fonte, procurar de onde vinha aquele cheiro de sangue insuportável, foi aí que ele a viu. A pessoa estava na floresta, o mais fundo possível, algo de difícil acesso para humanos, estava machucada? Caius não sabia e nem tinha interesse, mas estava com fome e seria uma chance de se alimentar rápido e seguir seu caminho.

Foi lá onde a encontrou.

Quando mais perto ele chegava, mas ele sentia algo estranho. Uma sensação bizarra de quem não deveria se aproximar, sendo o turrão de sempre, ele insistiu em avançar. Só havia o mais absoluto silêncio naquela floresta, o que era anormal para uma região sem humanos, normalmente estaria lotado de animais; alces, pássaros, serpentes, sapos, ursos, até mesmo grilos, mas não há. Só tem o absoluto silêncio.

Quando ele se aproximou o suficiente, sem fazer barulho, ele encontrou algo estranho. Uma figura feminina estava de joelhos, de costas para ele, e um cheiro de carniça a engolia. Decidido a ver o que era, ele ficou perturbado ao conseguir constatar o que era. O corpo de uma criança estava na frente da mulher, essa que estava imóvel, observando o corpo à sua frente.

Ela sabia que ele estava lá e não dava a mínima, ele percebeu isso assim que quis fazer sua presença notável, dando passos mais barulhentos e fazendo questão de pisar em folhas secas, a mulher está imóvel, atordoada e quando ele focou mais, percebeu algo (mais) estranho nela, seus olhos brilhavam em um roxo intenso, um roxo anormal.

Caius voltou minutos depois, porém não sozinho, Aro, Marcus, Félix e Alec estavam em seu encalço, tendo suas dúvidas a respeito do que ouvirá de Caius. Afinal, bruxas estavam extintas, não se via uma a séculos, então Aro quis ver com o próprios olhos a tal bruxa misteriosa. Não foi necessário palavras, já que Ariadne não moveu um músculo, não falou uma palavra, não dirigiu sequer um olhar à eles, então Alec e Felix ficaram encarregados de fazer o serviço.

Eles assimilaram que a criança morta era importante para a mulher, já que esta apresentava um profundo luto. Seguindo seu rastro de destruição, que ela fez questão de deixar, chegaram a uma aldeia totalmente destruída, ao pó. A espessa nuvem escura que estava ao alto da vila deixava a cidade com um aspecto sombrio, casas em brasas decorava a visão.

Foi aí que Aro decidiu não deixá-la ir, ele não poderia deixar alguém com aquele poder a solta por aí. Não, jamais.

Caius estava ao lado dela quando a mesma despertou depois do apagão que sofreu graças a Alec. Suas íris roxas não demonstravam preocupação onde estava, apenas uma mínima curiosidade. O vampiro antigo ficou intrigado pelos olhos dela, não pela cor, mas pelo que eles demonstravam ter passado. Seja quem ela fosse, viveu uma vida longa e cheia de dificuldades.

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