Após atravessarem o universo fugindo de um grande perigo 10 anos atrás, Kássio e Jonas são dois super seres que caíram por necessidade no planeta Terra com sua nave, trazendo com eles outras 4 crianças resgatadas quase à beira da morte. Tendo suas v...
☄️ Boas noite, caóticos, bem vindos para mais um capítulo de Família Caos.
🪐 Esse fim de semana não teve capitulo porque estive ocupado, e também porque o capítulo é longo e demanda um processo de revisão maior. Mas, já está aí ❤️
🌎 Boa leitura, amores!
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O termo "tragédia" era uma designação perfeita para a fatídica vida daquele coronel, que por diversas vezes, vivenciou o gradual desvanecimento de sua identidade originária.
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15 de Novembro. Essa é uma data que Máximo e Gisela jamais ousariam esquecer, dada a sua imensa importância. É o dia em que testemunharam o nascimento daquela que chegou ao mundo em um momento delicado na vida familiar daquele casal esperançoso, que ansiava pela felicidade após longos meses de nocivos desafios emocionais consecutivos.
Naquela época, Gisela ainda estava em seu processo de adaptação de luto, com a perda de sua melhor amiga, sua querida mãe, que falecera devido a um infarto durante uma viagem para Caruaru, Pernambuco. A viagem tinha como objetivo fazer com que a mulher desfrutasse junto aos colegas o famoso São João da região, reverberado nacional e internacionalmente como o melhor do mundo.
Foi por meio de uma ligação no dia 27 de junho, prestes a completar quatro meses felizes de sua gestação, que a mulher recebeu a impactante notícia. A melhor amiga de sua mãe desde os tempos de escola, Alba, telefonou para contar o ocorrido.
A jovem Gisela foi tomada por uma crise nervosa naquela noite, estando sozinha em sua casa. Felizmente, antes de desmaiar, recebeu a visita inusitada de um dos seus melhores amigos que logo tratou de levá-la ao hospital. Máximo, que trabalhava como cabo no 15° Quartel General do Exército Brasileiro em São Alexandre Dos Campos, foi avisado por um dos irmãos de Gisela, saindo às pressas para acompanhar o desenrolar. Ao chegar ao hospital, deparou-se com um desafio delicado: Gisela encontrava-se emocionalmente abalada, impossibilitada de articular qualquer palavra.
Horas após a internação, os amigos mais próximos se reuniram e a visitara no local, mas a grávida se recusava a conversar e até mesmo a se alimentar. Os médicos alertaram sobre os riscos para o pré-natal se Gisela continuasse com aquela atitude de greve de fome e como isso afetaria o desenvolvimento do bebê que estavam aguardando.
Com muito esforço e atenção, o marido conseguiu convencê-la a se alimentar, estando presente em quase todos os horários das refeições. Mesmo que não pudesse estar pessoalmente presente pelos seus afazeres no batalhão, era uma obrigação telefonar para o médico e questionar se a mulher estava seguindo corretamente o combinado.
Quando presente, o homem permanecia ao lado da cama, segurando suas mãos para partilhar sua força com a esposa, enquanto os preparativos para o translado do corpo e o sepultamento de sua mãe ocorreria dentro de alguns dias. Durante exatos dois dias, Gisela se fechou para o resto do mundo, sendo constantemente atendida pelos enfermeiros e médicos para avaliar o impacto do ocorrido no filho em seu ventre.
