CAPÍTULO 4

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• Oi, meus amores! Sejam bem vindos a mais um capítulo de Família Caos. ☄️

• Desculpem o atraso. Eu literalmente entrei de férias hoje (Oficialmente) então tive algumas pendências para resolver e ficar logo livre. ❤️

• Esse capítulo tem cerca de 5K de palavras de muito sentimento. É um dos mais fortes que escrevi até agora, por ter muito significado para a trama atualmente, e mais pra frente também. Então já vão preparando os lencinhos.

• O capítulo pode conter alguns erros de ortografia por ainda não ter uma revisão profissional. Então já peço desculpas 🥰.

• Boa leitura ❤️

Despertou em um estado de semiconsciência, confuso

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Despertou em um estado de semiconsciência, confuso. Seus olhos lutaram para se abrir, e, com breves lampejos de lucidez intercalados com momentos de dormência, ele gradualmente recobrou sua serenidade e astúcia. Com a visão turva e a dificuldade de compreender o que acontecia após a queda da nave, Lucion percebeu que o sangue se acumulava em seu cérebro, pois estava de cabeça para baixo, ainda preso ao seu assento pelos cintos de segurança, com os cabelos flutuando para baixo. Bolhas escapavam de sua boca enquanto ele rangia os dentes, sentindo a agonia de sua perna direita presa entre os destroços amassados do painel de controle, que também estava revirado.

Olhou à sua frente e constatou a devastação que o cercava, sem ter ideia de quanto tempo se passará desde então. Apenas percebeu que ainda era dia pela luz que alcançava seu campo de visão de cima. Virou o olhar para o lado e viu seu companheiro caído e inconsciente, também de cabeça para baixo, ainda retido pelo cinto de segurança preso à sua roupa.

Desprendeu os próprios cintos, e se inclinou para cima, apoiando uma mão no joelho, já que a outra estava enfaixada e ainda dolorida após batalha, e fez um esforço para tentar se libertar. No entanto, um pedaço de metal solto tinha penetrado sua roupa e pele, dificultando toda a ação. À medida que ele empunhava mais força, o sangue se misturava com a água do oceano, e ele soltou um gemido forte, expelindo mais bolhas pela boca. Sua tentativa falhou, e ele voltou à posição anterior. Lucion se conhecia melhor do que ninguém. Sabia que não tinha muito tempo antes de sua resistência comprometida o impedir de ficar sem respirar debaixo d'água por muito mais tempo.

A incerteza quanto à sobrevivência de Arius o atormentava, uma vez que o companheiro não demonstrava qualquer reação.

Lucion se inclinou novamente, usando ambas as mãos para pressionar o joelho e forçar a retirada da perna. Gemeu apertando os dentes, jogou a cabeça para trás para aplicar mais pressão, e sua pele gradualmente rasgou junto com a roupa, aumentando o fluxo de sangue. Finalmente, conseguiu soltar o membro, mas não pôde evitar soltar um novo lamento terrível  de dor.

O homem deu a volta, reposicionando o corpo, e começou a se locomover em direção ao seu amado.

Apreensivo, tocou o rosto dele e sentiu a energia cordial e vívida. No rosto do homem, havia um sorriso reconfortante. Foi a  última expressão antes de chegarem a esse ponto crucial da jornada. Era um sinal de que ele aceitou o destino por estar ao lado de alguém que o fez relembrar o que era viver e amar verdadeiramente. Sem perder tempo, Lucion sentiu o coração do homem ainda pulsando, lutando para se manter vivo. Mesmo com arranhões no rosto e um ferimento profundo no peito onde a roupa estava rasgada, o coração batia, embora enfraquecido.

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