Hora da verdade - Parte 2

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— Puta que pariu... — Arthur quem soltou, Micael permanecia em silêncio, apenas ouvindo. — Eu bem que desconfiei, te disse isso lembra? Que eu achava que ele sempre foi apaixonado por ela.

— Eu lembro. — Respondeu baixinho, assimilando tudo que era jogado pra ele.

— Um dia, ele veio me perguntar se eu tinha alguma amiga precisando de grana. — Raquel engoliu em seco ao confessar aquilo. — A Carol estava passando por dificuldades, a mãe dela estava muito doente e precisava de ajuda, então eu indiquei.

— Indicou, Raquel? Como se acabar com a minha vida fosse uma vaga de emprego? — Disse com o maxilar trincado, entredentes.

— Mas ele não tinha me dito pra que era. — Se defendeu. — Eu achei que ia oferecer dinheiro pra transar com ele apenas.

— Eu precisava pagar a cirurgia da minha mãe. — Carol voltou a contar. — Ela estava com câncer no ovário. A cirurgia e o tratamento era muito caro, se esperasse pelo SUS, ela morreria fácil. Olha, eu não me orgulho do que fiz, mas era a minha mãe.

— Sua mãe está viva? — Perguntou amargurado. — Pelo menos deu certo? — Viu a mulher assentir. — Que bom que alguém se deu bem com toda essa merda. Aliás, todos vocês se deram bem, Guto casou cm a Sophia, você e sua mãe ganharam dinheiro suficiente pra viverem em outro estado e você Raquel? Não duvido que ganhou um calaboca também. O único fodido fui eu.

— Eu sei que jamais vai me perdoar e te entendo.

— Não, você não entende. — Ficou de pé e se aproximou da mulher, mas não a atacou novamente. — Eu apanhei, eu comi comida com bicho, eu fiquei sem dormir, eu quase morri muitas vezes naquele lugar. Hoje eu sou um estuprador condenado que ninguém e sã consciência vai dar trabalho. Meu filho vai crescer e me perguntar porque é que nós nunca viajamos. Me diz como é que eu vou explicar pra uma criança que eu não posso sair da cidade?!

— Que filho? — Raquel perguntou interessada, mas logo chegou a conclusão que era o bebê da Sophia.

— Me desculpe por tudo isso. — Carol disse antes que ele respondesse a amiga. — Se eu não estivesse tão desesperada, não teria topado aquilo. — Começou a chorar e Micael soltou um suspiro.

— Me conta daquela noite e o plano. — Pediu a mulher que fungou e então finalmente começou a preencher as lacunas.

— Ele me disse que te chamaria pra casa noturna e que eu devia ficar de olho nos seus passos. — Mal ela tinha começado e a contar e ele já estava novamente com raiva. — Eu observei você no bar, enquanto bebia sua cerveja. Se lembra disso?

— Me lembro de tudo até você me dar uma garrafa de água batizada. — Disse com certo rancor.

— A água que eu te dei não estava batizada. — Surpreendeu os dois novamente. — Se lembra quando saiu do bar e caminhou até seus amigos? — A mulher apontou pra Arthur. — Voce puxou um "vira vira" de whisky, certo?

— Puta merda, a ideia foi dele Micael. — Arthur se lembrou. — Eu tinha apagado completamente da minha memória isso. Ele me chamou e falou que você estava muito sóbrio, careta demais, que precisávamos deixar você mais animado, ele entregou os copos pra mim e pro Cris.

— E você se esqueceu dessa merda? — Micael brigou.

— Ei, não parecia nada demais, você sabe que é um chato careta mesmo!

— A droga que você tomou estava no copo que você deu a ele. — Carol contou a Arthur. — Augusto não ia se arriscar a deixar suas digitais no copo do crime.

— Mas é um belo de um filho da puta. — Micael rosnou enfurecido.

— Depois disso eu comprei uma água, esperei um tempo e te segui pro terraço. — Carol sorriu e Micael olhou ainda mais interessado afinal, aquela era a parte que não lembrava. — Você me mostrou sua aliança. — A mulher deu risada. — Mas também não ofereceu muita resistência, gostaria de ressaltar.

Aquela NoiteNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ