Capítulo XXV

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A virada de Natal, os três irmãos passaram juntos no terraço recém reformado do Ap de Jess. No dia 25, eles visitaram a mãe na antiga casa deles.

A casa estava arrumada, algumas garrafas vazias empilhadas em baixo da pia, mas Vânia estava sóbria, não cheirava a álcool.

Juntos eles almoçaram sobradas da véspera. Depois de sete anos, parecia que as coisas estavam mudando, melhorando.

Owen e as crianças passaram o Natal na casa de Amélia, como sempre seus filhos amaram estar perto da vó, desfrutando de suas histórias e doces que ela concedia a qualquer momento.

Owen ainda estava chateado pelas palavras da mãe, por isso não trocou muitas palavras com ela, além das necessárias por educação.

Des que Violett desejou feliz natal para ele e saio pela porta, Owen tem andado pensativo, se sentindo culpado, com um humor horrivel por conta disso, e as noites sem dormir.

O sentimento de culpa e saudades, lutando por espaço em seu coração.

Com uma xícara de chá, Violett estava na sala do seu irmão, sozinha de madrugada. Rock enroscado em seu colo, enquanto ela ouvia a garoa leve cair sobre a rua.

Como se fosse um bicho que teme-se, ela encarava o celular do outro lado do sofá, a tela apagada ocultando a mensagem de voz que Owen deixou a algumas horas atrás.

Tomando coragem ela se debruçou para alcança o aparelho, fazendo o gato em seu colo resmungar e pular para o chão, se escondendo de baixo da mesa.

Violett apoio sua xícara vazia no chão, com a tela ligada, ela suspirou, tomando coragem para clicar no aviso de mensagem de voz.

Deixando no viva voz, ela apoiou o celular no estofado.

- Violett oi, eu sei que isso me faz um tremendo de um covarde, por deixar uma mensagem, em vez de ligar ate você atender ou então, esperar a gente se vê, mas eu preciso falar, e não vou mentir assim é mais fácil.

"Eu sinto muito, eu pensei em cada coisa que você disse e você está certa, cem por cento certa. Sou um idiota. Deveria ter ficado do seu lado, ter chamado você para dançar, quando vi você cantando a música baixinho ao meu lado. Eu deveria, deveria e deveria, e sinto muito que não fiz."

"Isso não é desculpa, eu sei, mas acho que eu me acostumei com essa pessoas mesquinhas sendo babacas que passei a ignorar, passei a ver como o normal pra essa gente, me desculpe por ignorar o modo que isso a afetou"

"Se isso ajuda, não estou falando com minha mãe, porque ela disse algumas coisas ruins sobre você que não inaceitáveis."

- Me liga ou então conversamos pessoalmente o que preferir, só por favor vamos resolver isso, tchau estou com saudade.

Violett não sabia o que pensar, o que sentir. 

Com sua xicara ela voltou para a cozinha se servindo de um pouco mais de chá, de volta ao sofá Rock pulou em seu colo. Ela colocou a mensagem de voz para tocar de novo:

- Violett oi, eu sei que isso me faz um tremendo de um covarde, ...

Não tendo certeza se era para ouvir suas palavras ou sua voz, mas ela se deixou ouvir, mesmo que a dor na voz dele fizesse ela se lembrar da dor nos olhos dele naquela noite. Violett escutou a mensagem, ate ter certeza do que sentia.

❄⛸ ❄ ⛸ ❄ 

Owen estava no quarto de hospede na casa da mãe, com seus filhos dormindo ao seu lado, ele encarava o telefone, esperando por qualquer notificação, qualquer sinal de que Vio ouviu sua mensagem de voz, que ela queria conversa.

- Papai - resmungou Trace ao seu lado, acordando.

- Oi? - sussurou ele em resposta.

Sua garotinha mais velha se ajeitou na cama, de modo que pudesse olha-lo com facilidade.

- Sonhei com a mamãe.

- E isso foi bom ou ruim?

- Bom, muito bom.

- E com o que você sonhou?

- Estamos na praia, e todo mundo ria de alguma coisa que eu disse.

- E o que você disse?

- Eu não lembro. Mas a mamãe e o tio Peter riam muito, teve uma hora que o refrigerante começou a sair pelo nariz da Cay, de tanto que ela riu.

- Casey também tava la?

- Tava todo mundo papai, a gente, a mamãe, o tio Peter, a Cay, a Violett, o Jess.

- Então no seu sonho, mamãe e Violett se conheceram?

Trace concordou com a cabeça.

- Ela se tornaram amigas, e não paravam de conversa foram ate pra água juntas.

Owen sorriu para a filha.

- Que sonho legal.

- Queria que fosse verdade, tenho saudade da mamãe.

Estendendo o braço ele puxou a filha para seu peito, à abraçando.

- Eu também tenho.

Uma babá no geloWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu