Capítulo XVI

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- Está quente pode entrar - disse a baba, sentindo a temperatura da água.

Tommy tirou sua tolha do homem aranha, entrando embaixo do chuveiro, Violett se sentou na tampa do vaso, o esperando.

O garotinho começou a cantar de baixo da água. Enquanto ouvia, Vio respirou fundo se sentindo leve, e até grata por ter aquelas crianças.

Depois de ajudá-lo a se trocar, ela o acompanhou até o quarto, com ele deitado Violett o cobriu se sentando na ponta da cama.

Tommy não dormia com tanta facilidade como Ivi.

Deslizando o dedo pelo seu nariz, como seu pai costumava fazer com ela e Jess, Violett cantarolou a musica preferida de sua mãe.

E então agarrado a sua girafa de pelúcia ele dormiu.

❄⛸ ❄ ⛸ ❄

Owen chegou estresado em casa, além de ter perdido um dos seus melhores sócios, o contrato que proporcionou essa viagem não foi assinado.

No andar de cima seguindo para seu quarto, ele viu algo brilhar no chão, pegando o objeto na mão ele percebeu ser um brinco.

Um segundo.

Foi o que demorou para ele reconhecer o brinco de Nina.

Mil sentimentos o invadindo no mesmo momento.

Porque o brinco dela estava jogado no chão? Quem, quem mexeu nas coisas dela?

Enquanto tudo se misturava e sufocava seu peito, sua filha mais velha surgiu no corredor.

Ela tinha um sorriso no rosto, um brilho de saudade no olhar, mas Owen estava ocupado olhando para suas mãos para reparar.

Ela segurava a caixinha de joias de sua mulher.

De sua mãe.

- Trace - um murmuro.

A garotinha em sua frente travou, erguendo o rosto ela sussurrou:

- Papai?

- Trace, qual é a principal regra dessa casa?

- Mas ... papai - ela tentou argumentar, vendo toda a dor e a raiva que tentava encobrir esse sentimento, no rosto de seu pai.

- Qual é a regra?!

- Não entra no quartinho - sussurrou ela em resposta, um contraste entre os tons e delicadezas de suas palavras com as do pai.

- E você me desobedeceu! Entrou e mexeu nas coisas que eu pedi e mandei não mexer, e ainda por cima perdeu - acusou Owen, mostrando o brinco em sua mão.

- Eu não - seus olhos inundaram de água tão rápido, que no mesmo instante ela estava com o rosto molhado por lágrimas, um soluço nascendo em sua garganta.

- Trace! - foi um murmuro tão rígido, que só o deixou mais bravo consigo mesmo - porque está chorando? Eu só mandei não mexer na caixa.

Ele sabia que aquilo era sua culpa, mas estava tão cheio de seus próprios sentimentos, que não poderia fazer aquilo, não poderia acalma-la enquanto se sufocava com o luto mais uma vez.

- Cadê a inútil da sua babá?

Suas palavras foram como um pedido de ajuda, que misturado com o novo sentimento que estava nascendo a respeito da baba, saiu de forma brusca. Palavras mentirosas.

- A baba, estava colocando Tommy na cama - respondeu Vio surgindo no corredor, desviando o olhar para a mais velha, ela se aproximou, se apoiando em seus joelhos para ficar em sua altura - Trace vai ficar com a Casey, eu resolvo isso.

Uma babá no geloWhere stories live. Discover now