Cada um pro seu lado

En başından başla
                                    

- Eu sei, me perdoa, não vai mais acontecer. Sinceramente, até brigamos hoje pela manhã. Eu escolhi dar a nós dois mais uma chance de sermos uma família, com o nosso filho.

- Desculpa mas é bem difícil de acreditar. - Resmungou chateado. - Bom, fica aí, toma seu café e descansa, imagino que sua noite tenha sido puxada. - Ironizou. - Eu vou trabalhar da empresa hoje. Tenha um bom dia. - Passou por ela, pegou a mochila que já estava pronta antes de ir comprar o pão e saiu, sem ao menos dar um beijo em Sophia.

- É, eu consegui estragar tudo com os dois. - Disse isso pra barriga, enquanto a alisava. - Quer um pãozinho, meu amor? - Abriu um ao meio e passou requeijão. Duas mordidas depois estava no banheiro vomitando até o que não tinha, mas isso não a parou, voltou lá e terminou o pão, com fome não podia ficar.

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Quando foi a noitinha, um Micael arrumado apareceu na sala de Arthur e Laura. Os dois estavam ali, assistindo um filme. Aquele sábado era folga de Micael.

- Uau! - Laura elogiou. - Está um gato!

- Por favor, minha deusa, menos! - Arthur fingiu estar enciumado. - Sabe que ele é um comedor de casadas.

- Então você está seguro, não sou sua esposa. - Laura rebateu em tom de crítica e fez Micael dar risada.

- Toma distraído! - Implicou. - Vou sair com a Raquel.

- Engraçado que você parece animado. - Laura o viu fazer uma dancinha. - Pra quem nem queria sair com a garota.

- Já disse, agora que eu desencanei, as coisas vão mudar. - Avisou. - Arthur, vai lá e me empresta um perfume!

- Você está me parecendo um filho adolescente, Micael. - Reclamou, mas levantou e foi buscar. - Toma, filho.

- Muito gentil! - Tomou um banho com o perfume e fez com que os dois reclamassem de cara feia. - Que isso gente, eu tenho que sair cheiroso.

- Porra, toma banho de sabonete, não de perfume. - Laura tapou o nariz. - Se a Raquel for alérgica você vai mata-la.

- Como são dramáticos. - Pegou a carteira, a chave e começou a caminhar pra saída. - Vou indo, até mais.

- Antes das dez em casa, não se esqueça. Use camisinha! - Deu as ordens e riu, realmente parecendo um pai.

- Tchau, papai, tchau mamãe. - Debochou e então seguiu seu caminho.

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Micael e Raquel foram ao cinema e em seguida caminharam pela praça enquanto tomavam sorvete, pelo menos era o que o dinheiro dele podia pagar.

Os dois conversaram sobre hobbies, famílias, gostos musicais e filmes preferidos. Descobriram que eram bem parecidos e isso os surpreendeu.

Tinha sido uma noite agradável, que poderia ter acabado de uma forma maravilhosa, quando a morena o chamou pra conhecer seu apartamento. O "sim" estava na ponta da língua, mas quando viu a hora, teve que declinar do convite.

- Rápido demais? - A morena perguntou confusa. - Achei que a gente estava se dando bem.

- Não se trata disso, prometi ao Arthur que estaria em casa antes das dez. - Estava sem graça, pensando em alguma desculpa pra dar. - Já são nove e quarenta, eu preciso ir.

- Arthur é seu pai? - A mulher debochou. - Ele deve estar bem ocupado com a Laurinha, tenho certeza.

- Eu realmente preciso ir. - Disse sem nem olhar nos olhos dela, chamava um carro pelo aplicativo. - Fica pra minha próxima folga.

- E você vai fugir quando der nove e quarenta de novo? - Tinha as mãos na cintura. - Olha, se eu disse algo errado, pode falar. Me achou muito oferecida por te chamar pra minha casa?

- Não se trata disso! - Se apressou a dizer. - Eu gosto de mulheres diretas!

- Não está parecendo. - Fez um bico. - Vai virar abóbora às dez?

Após confirmar a rota e fazer o pedido, Micael puxou a mulher ainda de bico pela cintura e lhe deu um beijo quente. Ela ficou sem reação por alguns instantes, mas logo cedeu ao beijo.

- Eu juro que amei nosso encontro. - Disse quando a afastou. - Mas realmente preciso estar em casa às dez. - Parou e pensou um pouco. - Você quer ir comigo?

- Pro apartamento do Arthur?

- Bom, podemos ficar no quarto. - Colou os corpos novamente e deu um beijo na bochecha da mulher, que parecia que ia se desmontar inteira ali, em pé. - Eu posso mostrar pra você o tanto que amei esse encontro.

- Golpe baixo! -Resmungou ainda recebendo beijinhos no pescoço. Micael deu uma mordiscada em seu lóbulo e a mulher soltou um gemido. - Eu topo. - Disse manhosa e então ele se afastou. - Parou por quê?

- Porque estamos numa praça em público. - Deu risada. - Não quero ser acusado de atentado ao pudor. Logo menos eu continuo até você gritar e implorar pra que eu pare.

- Estou ansiosa! - Sorriu com malícia e recebeu outro beijo nos lábios, dessa vez, bem mais calmo. O carro chegou e logo estavam ambos na casa de Arthur, que ainda estava na sala com Laura. - Oi, gente! - Raquel disse envergonhada. Não ouviu resposta, Micael saiu puxando a mulher pro quarto.

- Por essa eu não esperava. - Arthur cometou. - Agora realmente acho que ele decidiu superar.

- Quero só que os dois sejam felizes! - Laura deu de ombros e se aconchegou no namorado.

Aquela NoiteHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin