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O toque agudo do telefone ao lado da cama me acordou tão eficazmente quanto um balde de água fria na cabeça. Eu pulei para fora da cama, o coração batendo forte e os nervos em chamas antes de processar o som pelo que era.
Eu adormeci no limite com pensamentos turbilhonantes do que eu tinha feito batendo em meu cérebro. A noite toda eu sonhei com minha carreira pegando fogo. Claro, com a natureza incongruente usual dos sonhos, de alguma forma acabei em uma prisão supermax, sentado em uma sala de interrogatório enquanto eles me torturavam para obter informações sobre Louis. O telefone me salvou de uma segunda rodada de afogamento, não que eu tivesse ideia de como era.
Suando frio e com dedos trêmulos, respondi, minha voz rouca e rouca. — Olá?

—Desculpe incomodá-lo, Sr. Styles. Seu namorado só queria que eu informasse que ele estava subindo. Ele não queria assustá-lo, senhor.

—Meu...— A primeira pessoa que veio à mente foi Grant. Ele estava aqui? Como ele sabia onde eu estava? Por quê? E não estávamos ...

Uma batida forte soou na minha porta. Eu levantei minha cabeça enquanto pronunciava algo perto de obrigado para a recepcionista do hotel e desliguei.
Grant não estaria aqui. As coisas terminaram mal entre nós há muito tempo. Grant estava em Londres. Grant era história.

Então quem diabos era ...

Minha coluna endureceu. —Nããão! Não, não, não, não.

Eu me lancei da cama e escancarei a porta, ficando cara a cara com Louis.
Isso era pior do que todos os sonhos de perder meu emprego juntos. Pior do que suportar outra rodada de afogamento de sonho. Pior do que se fosse Grant. Isso foi um pesadelo. Um pesadelo acordado. Não estava acontecendo. Não podia ser!

—Não!— Minha voz não soava como a minha. Estava misturado com terror.  —Definitivamente não. Você não vai entrar aqui.

Tentei bater a porta na cara de Louis, mas ele foi mais rápido e enfiou o pé no caminho, fazendo uma careta com a força que usei para tentar impedi-lo. Seu olhar varreu para cima e para baixo em meu peito nu, demorando-se mais abaixo- me lembrando que eu estava com nada além de roupa íntima - antes de subir novamente.
O bastardo sorriu.

—Ei... sexy. Como está meu parceiro no crime?

O pânico cresceu em meu núcleo.

— Você não pode ficar aqui. Você vai ter que sair... Agora.

—Não posso fazer isso. Não tenho para onde ir e ninguém para me ajudar, exceto você.

—Não. Sem chance. Já fiz o suficiente. — Eu passei os dedos pelo meu cabelo, puxando meus cachos.

—Eu fiz muito. Se eles me descobrirem, estou arruinado. Sou tão idiota. —Eu ficaria doente. A náusea se agitou e gorgolejou em meu estômago.

Com uma força chocante, Louis colocou seu peso contra a porta e entrou na sala, fechando-a atrás de si.
Eu tropecei alguns passos para trás, horrorizado.

—O que você está fazendo? Você não pode ficar aqui. Você não vai conseguir.

—Você quer ter essa conversa no corredor onde tudo ecoa e qualquer um pode colocar a cabeça para fora do quarto e assistir? Na verdade, você quer que todas as pessoas hospedadas neste hotel ouçam o que temos a dizer? Se for assim, continue gritando, mas agora sou um fugitivo, lembra? tipo de criminoso procurado, de assassinato.

Eu empalideci. Eu passei várias noites ouvindo meus vizinhos irem e virem, vozes sangrando pelas paredes como se fossem nada mais do que papel.
Um fugitivo. Um criminoso de assassinato.

—O que foi que eu fiz?

Eu era um cumplice. Meu Deus!
Meus joelhos ameaçaram dobrar e eu agarrei a parede para me apoiar antes
de desabar.

not what it seems Onde histórias criam vida. Descubra agora