| Capítulo 1

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O amanhecer na cidade de Nova York.

O cheiro de café fresco, madeira rústica e livros novos.

O pôr do sol e as estrelas.

Essas são todas as coisas que Remus John Lupin ama.

Abrir um comércio do zero não é algo fácil, ainda mais para um estudante que desistiu da faculdade para viver seus sonhos. Honestamente, Remus nunca quis se formar, ou ter alguns daqueles jalecos chiques metidos a besta, pois toda vez que fechava seus olhos, se imaginava morando num chalé, feliz, e com alguns gatos em sua volta.

As vezes o destino não é algo que você pode controlar.

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O dia amanheceu frio, era outono, e todas as árvores que um dia foram verdes e coloridas, agora caem, para se renovar e renascerem mais fortes e brilhantes.

Remus acordou com o som de seu despertador apitando, precisava se levantar cedinho, para abrir o café antes das 7:00 da manhã.

Logo colocou suas roupas quentinhas e um suéter listrado, colocou uma touca para esconder metade de seus cabelos curtos e cacheados que foram arruinados pelo cansaço da noite passada, onde apenas se jogou na cama e dormiu. As vezes o trabalho duro vale apena.

Deixou seu quarto, já vestido, e foi para a cozinha, deixar comida para Teddy, seu gato. Agarrou uma xícara de café, e engoliu o líquido rapidamente, saindo para pegar o elevador e chegar em seu pequeno carrinho a tempo.

A cidade, mesmo cedo, era movimentada, carros e bicicletas passavam correndo para não se atrasarem, buzinando e gritando.

Ao chegar no café, entrou rapidamente e pegou a vassoura, fazendo uma pequena faxina antes de abrir, fez o mesmo com o pequeno regador amarelo, e colocou água para suas plantas na frente da vitrine, eram coloridas, oque dava ao lugar um ar de conforto, já que suas paredes eram marrom-claras.

Virou a placa de "fechado" para "aberto" na porta, e aguardou atrás do caixa, lendo um livro em quanto não chegavam clientes.

A manhã não foi difícil como em dias de férias ou feriados, onde o café se enchia em amigos, namorados e pessoas tomando entretidas em conversas. As vezes Remus se perguntava como é ter alguém para tomar café junto.

Ele saiu de sua cidadezinha natal no interior de londres, deixando sua melhor amiga, Lily, para trás. Aquilo doeu muito em si mesmo, mas eles sabiam que iriam visitar un ao outro quando podiam, e ele a fez prometer que não o esqueceria.

Alguns clientes pediam café forte, outros cappucino, e alguns macchiatos. Remus fazia questão de caprichar em cada pedido, para ele, a felicidade em cada rosto, era como seu pagamento. De vez em quando, apareciam crianças, fascinadas em ver como ele desenhava formas com o creme no cappucino, oque o mesmo achava adorável.

Remus sentia saudades de sua família.

Quando deu seu horário de almoço, das 12h ás 14h30, saiu para comer em um restaurante italiano, ao lado oposto da rua, e depois voltou a trabalhar.

Seu horário já estava quase acabando, e faltavam alguns minutos para fechar o café, quando ouviu o sino da porta abrindo, revelando um cliente.

Remus o observou, ele parecia meio desanimado, tinha olhos cinzas, ou verdes, não conseguia distinguir, cabelos pretos como a noite, longos e cacheados, usava uma calça jeans preta, um casaco da mesma cor, aberto, e um cachecol cor de creme.

- Oi, eu sei que vocês estão fechando... - Começou com um sorriso tímido, olhando para seus pés. - Mas eu realmente precisava de um café agora.

Remus o olhou, paralisado com tal beleza, apenas lembrou o seu pedido quando o garoto fez uma cara confusa, com o loiro o encarando imóvel.

Remus balançou a cabeça. - Claro, perdão - coçou sua nuca - Qual tamanho? algum creme junto? adoçado ou não?

- Tamanho médio, não, sim, açúcar, por favor.

- Certo, fique a vontade. - Remus assentiu sorrindo pequeno.

O garoto colocou as mãos no balcão.

- Esse lugar é lindo. - disse olhando ao redor.

- Oh, obrigada - O loiro disse concentrado no café, para esconder suas bochechas em rubor. - Não faz tanto tempo que abri.

- Deve ser difícil.

- Oque? - questionou.

- Administrar tudo isso sozinho, você deve ter muita paciência - disse baixinho.

Remus se virou, colocando o café em um copo branco.

- Não muita, na verdade. - admitiu. - Mas quando você gosta de algo, isso se torna natural para si. - Sorriu, e o garoto sorriu de volta.

- Vou passar daqui mais vezes. - disse o olhando nos olhos, com um olhar suave e bebendo um pouco de seu copo. - Isso é uma maravilha!

- Que bom que você gostou, isso me deixa feliz. - Riu timido.

- Que bom. - disse se afastando, em direção a porta com um sorriso. - Até mais, cachinhos.

O apelido fez Remus corar mais do que já estava.

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oioi! aqui é a autora, espero que tenham gostado desse primeiro capítulo! foi feito com muito carinho<3

não se esqueçam de votar bastante e comentar, isso me incentiva muuito e me ajuda saber se vcs estão gostando :)

Amor e café | wolfstarWhere stories live. Discover now