então, coloquei meus braços em volta do dela e a levantei, seu olhar era de espanto provavelmente por minha atitude, seus olhos tremeram.

-como ousa falar dessa forma, escrava imunda. (o irmão do rei grunhiu vindo na minha direção, antes que o rei pudesse dizer algo, Yara se colocou na minha frente)

-você não é o dono dela, não pode machuca-lá. (ela disse tentando parecer firme, mas senti sua voz falhar)

os olhos dele queimavam de raiva encarando Yara, os dois estavam cara a cara se enfrentando, ela não abaixou sua cabeça em momento algum.

-silêncio... todos vocês! (o rei grunhiu com raiva, passando a mão pelos cabelos) -está tudo bem, leve sua escrava embora. (ele disse apontando para o homem acompanhava Yara e depois para ela) -e você, já está na hora de ir embora. (ele disse apontando para o seu irmão)

-vai deixar ela falar dessa maneira?? (ele disse apontando para mim e olhando para o rei com indignação)

-Luan, dela cuido eu. (ele disse de forma fria encarando o irmão)

então, em questão de segundos, todos haviam ido embora.
e bem, eu estava sozinha com ele, o que me deixava em alerta.

percebi seus olhos em cima de mim.

-o que foi? vai me agredir? beber meu sangue? pois faça isso, logo vai acabar me matando e eu te agradecerei por isso! (eu cuspi as palavras, o fitando com ódio)

um sorriso se formou em seus lábios.
então, sua mão segurou meus cabelos, me puxando até um canto da sala.
ele me jogou no chão, pegando algo em um armário.

logo se aproximou e prendeu uma coleira de ferro em meu pescoço, a corrente que a segurava ele amarrou com facilidade em uma lacuna da sala.

não tinha nada a minha volta, apenas o chão frio.
então, ele se abaixou.

-quando você decidir se comportar, vou te tirar daqui, ok? (ele disse sorrindo)

-pode esquecer, nunca vou obedecer você.

então, ele se levantou, saindo do meu campo de visão.
horas se passaram e nada, ele não apareceu mais.

já estava de noite e meu pequeno corpo tremia de frio, minha barriga roncava e eu estava quase urinando ali mesmo

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já estava de noite e meu pequeno corpo tremia de frio, minha barriga roncava e eu estava quase urinando ali mesmo.

ele ainda não havia aparecido.

pensava em pedir desculpas quando ele aparecesse, mas meu lado orgulhoso gritava dentro de mim, eu não podia ser tão fraca assim.

perdida em meus pensamentos, mal pude perceber o momento em que ele passou pela porta e agora estava se agachando na minha frente.

seus olhos encontraram os meus, eram frios como sempre, os meus estavam carregados de raiva.

-e então, tem algo a me dizer? (ele arqueou a sombrancelha)

-não. (respondi simplista, vendo seu semblante fechar)

ele suspirou irritado passando a mão pelos cabelos, logo um de suas mãos me puxou pelo pescoço para perto do seu rosto.

-qual o seu problema? quer morrer aqui ao invés de ceder? (ele grunhiu)

-já disse que prefiro morrer a seguir suas ordens!

-sua humana rude, acha que eu gosto de deixá-la nessas situações ou machuca-lá? (ele disse me surpreendendo, mas logo pareceu ter percebido o que tinha acabado de dizer e me soltou, se levantando.)

então, meus olhos tremeram olhando para seu rosto, aquelas palavras acabaram se infiltrando na minha cabeça.
ele suspirou novamente, se abaixando mais uma vez.

-olha, vamos fazer um acordo. (ele disse ríspido) -eu trago sua irmã para morar com você aqui e você volta a me obedecer e para com essa rebeldia, ok?

ofeguei, mal podia acreditar no que tinha acabado de escutar.
eu achava que minha irmã me odiava, mas sua atitude de hoje mostrou que não.
apenas preciso conversar com ela, só temos uma a outra, precisamos ficar juntas.

aquele homem...
ele parecia ser muito cruel, ela estava pálida e repleta de hematomas, seria melhor trazê-la para cá, não é?

suspirei, sentindo minha voz falhar.

-ok, temos um acordo. (eu disse de forma ríspida, fitando seu rosto)

-espero que cumpra sua parte do trato.
(ele disse pegando uma chave do bolso e em seguida abriu a coleira que eu tinha em volta do pescoço)

estava feito, eu teria minha irmã de volta e tentaria concertar as coisas.
mas agora estava nas mãos do vampiro que havia assassinado meus pais, foi uma troca cruel.

A escrava do vampiro Where stories live. Discover now