Capítulo 10

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Amanda

Seu quarto era imenso e com uma decoração de impressionar. Acho super interessante essas decoração de casa de rico.

O banheiro era do tamanho do meu quarto no Brasil, o cara ostenta sem pena.

-Filho de uma puta! -Escutei seu grito enquanto ainda estava no banheiro.

-Antônio? -O chamei ainda dentro do banheiro, preocupada.

-Oi.

-Tá tudo bem? -Lhe indaguei saindo do banheiro e lhe encontrando com uma expressão estranha.

-Sim. Desculpa pelo grito.

-Você tá me pedindo desculpas por ter feito algo dentro da sua própria casa?

-Voce não existe, Dra Amanda. Vou tomar meu banho também. Volto já.

Seguiu até o banheiro me deixando sozinha em seu quarto. Sentei na cama e olhei mais uma vez ao redor cada detalhe daquele ambiente incrível.

Quando vi que ele estava demorando, deitei-me sentindo um pouco de dor nas costas.

A cama é imensa, mas tentei deixar o máximo de espaço disponível possível. Não quero que ele me ache folgada.

-Amandinha, a cama é imensa. Não precisa ficar a ponto de cair. -Falou com um tom de voz engraçado.

-Não quero te incomodar, mas do que eu já tô incomodando.

-Para de bobeira. Vem mais pra cá.

Apenas sorri e me aproximei um pouco mais.

-Boa noite! -Falou depositando um beijo lento em minha mão.

-Boa noite. -Respondi toda boba.

Por mais que eu tentasse dormir, não conseguia. Era notório que ele estava muito inquieto.

Não queria ser invasiva, mas também não conseguia não me preocupar em ver ele daquele jeito.

-Tá tudo bem, Sapato? -Perguntei baixinho.

-Não tô te deixando dormir, né? Me perdoa! -Sua voz era trêmula, o que me deixou ainda mais preocupada.

-Que besteira. Mas me conta, você tá sentindo alguma coisa? Seu joelho tá incomodando?

-Não. É que eu tô ansioso.

Fred realmente havia comentado comigo sobre sua ansiedade e o quanto ele não gostava de falar disso.

Fiquei em silêncio por alguns segundos não sabendo como agir. Ele se sentou-se na cama buscando o ar e meu coração apertou.

Fiquei logo atrás dele alisando suas costas e tentando lhe acalmar.

-Ei? Calma, respira fundo

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-Ei? Calma, respira fundo. Você não tá sozinho. Vai ficar tudo bem!

Ao longo do tempo fui percebendo que ele foi se acalmando e sua respiração voltando ao normal.

-Tá melhor?

-Um pouco. Vou tentar dormir. -Falou se deitando novamente.

-Qualquer coisa pode me chamar, tá?

-Obrigada!

Percebi que ele havia se acabando mais, porém ainda não havia dormido.

Sei o quanto crise de ansiedade é foda e difícil de passar. Mesmo não querendo ser metida, não podia evitar de ficar preocupada.

-Vem cá! Me dá sua mão. -Falei me aproximando e segurando sua mão. -Vai ficar tudo bem e eu tô aqui com você.

Depois de alguns minutos, percebi que ele finalmente havia se acalmado e conseguido dormir.

Acordei no dia seguinte e olhei pro lado não lhe vendo

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Acordei no dia seguinte e olhei pro lado não lhe vendo. Olhei a hora e tomei um susto.

Puta que pariu! Como eu dormir isso tudo. E pior, na casa do meu chefe.

Você só faz cagada, Amanda. Repeti pra mim mesma.

Completamente irritada, levantei e fui até o banheiro. Aproveitei pra tomar banho e fazer minhas higienes matinais pra depois descer.

-Já acordou, Amandinha? -Perguntou ao me ver entrar na cozinha.

-Nossa! Eu tô morrendo de vergonha. Dormi demais, eu sei! Mil desculpas, cara!

-Que nada, pô! Eu pensei que você iria dormir mais.

-Deus me livre! Eu tô morta de vergonha. Meu Deus.

-Sem necessidade. Você ontem ficou acordada até tarde cuidando de mim, nada mais justo que descansasse.

-Falando nisso, você tá melhor? Conseguiu dormir bem?

-Consegui sim. Nem sei como te agradecer por tudo que você fez por mim ontem. Você foi incrível, Amandinha. De verdade!

-Voce me deu abrigo, cara. Acho que estamos kits.

-Estamos! -Falou rindo.

-Então, eu vou cuidar. Já te dei trabalho demais.

-Nem pensar. Você vai almoçar comigo. Acho que o nosso almoço tá chegando, senta aí.

-Não, não. Eu vou pra casa, não quero te atrapalhe mais.

-Que negócio de atrapalhar, Amandinha. Eu já pedi o nosso almoço, senta aí, pô.

-Tudo bem. Você venceu!

Em alguns minutos, o almoço chegou. Almoçamos em um clima leve de muitas conversas e risadas.

Eu e Antônio parecemos melhores amigos de infância. A nossa liberdade um com o outro, a conexão é uma coisa de outro mundo. Espero não perder isso.

E espero que ele sinta o mesmo.

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