Capítulo 07

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Amanda

Larissa e Fred sempre foram da zoeira, e sempre me arrancaram os melhores sorrisos com isso. Agora não tava sendo diferente, eles implicaram que nesse lance de o Antonio ter gostado de mim.

-Amiga, o que você acha de passarmos na sua casa, pegar suas coisas e nos arrumamos juntas lá em casa?

-Por mim tá ótimo. Saudades do caos que era nos arrumarmos juntas.

-Fechou então!

-Ih! Já vi que vamos sair de casa meia noite.

-Cala a Boca, Fred.

Como combinado passamos lá em casa e pegamos algumas roupas, já que eu não conseguia decidir exatamente qual roupa iria usar.

-Vai se mudar lá pra casar, carai? –Perguntou me vendo se aproximar com uma mala.

-Eu te odeio, Fred. Eu te odeio.

-Bora logo!

Como o Fred já imaginava, nós demoramos horrores. É incrível como não importa o tempo em que passamos separadas, as coisas nunca mudam. A gente sempre tem a mesma liberdade e intimidade.

-É incrível como as coisas entre nós duas nunca mudam né? Entre nós três na verdade.

-Ainda bem né, amiga? Eu e Fred temos você como uma irmã e você sabe.

-Eu sei. E agradeço. Eu acho que vai ser muito importante eu ter vindo para cá, vai ser tipo uma virada de chave. Lá eu tava me afundando, e mais uma vez vocês me salvaram.


-Ô amiga! A gente te ama, muito! E sempre iremos fazer o possível e o impossível para te ver bem. –A abracei com lagrimas nos olhos. –Agora vamos cuidar se não, o Fred vai matar a gente.

-Vamos! -Voce acha que essa roupa tá boa? Tô achando muito decotada, acho que eu vou trocar.

-Não. Ta louca? Ta otimo, amiga!

-Ta muito decotada, amiga. Meus seios estão muito caídos, não dá pra tá usando coisas decoradas.

-Amanda Alice Meirelles, pode ir parando. Você está uma tremenda gostosa e a roupa tá maravilhosa. Vamos terminar a maquiagem, antes que o Fred venha buscar a gente.

Sorri um pouco sem graça. Não estava confortável, meu último relacionamento me deixou muitos traumas e um deles foi um puta insegurança com meu corpo.

-O Sapato já chegou, estamos esperando vocês na sala.

-Estamos terminando. -Lari gritou rindo.

-Ele tá aqui? Mas a gente não tinha combinado de se encontrar lá?

-Ele não aguentou ficar longe de você, amiga.

-Larissa, você para com isso. O cara é meu chefe.

-Ele é seu chefe lá dentro. Aqui fora é outra coisa e eu super apoio. Vocês formariam um puta casal.

-Jura que ele se interessaria em com alguém como eu.

-Para de neura, Amandinha. Você é perfeita! Qualquer homem se apaixonaria por você. Pode ir parando com isso.

Não respondi. Sabia que não adiantava argumentar.

Terminando de nós arrumar e descemos para nos encontrar com os meninos que estavam lá na sala.

De longe conseguíamos escutar as risadas dos dois de algo que gargalhava de algo.

-Amém! Pensei que iriam terminar só amanhã.

-Idiota! -respondi sorrindo tentando não olhar para Antônio, que parecia me encarar.

-Eu pensei que o Fred tava brincando quando disse que vocês demoravam, mas já vi que é verdade né?

-Mas a produção foi grande, vocês deveriam estar elogiando isso. Não reclamando, linguarudos.

-Mas você tá sempre linda, minha gata. -Fred disse abraçando a Larissa.

-E você também, Amandinha. -Seu comentário foi o suficiente pra me deixar sem graça.

-Amanda, como o Papato veio por aqui, vai com ele no carro pra ele não ir sozinho.

-Tudo bem! -Respondi ainda envergonhada.

No caminho fomos escutando pagode, era incrível como os nossos gostos eram muito parecidos.

As conversas fluíam de forma natural, parecia que nos conhecíamos a anos, não haviam barreiras entre nós dois.

Chegamos na balada escolhida por eles e como falado, o lugar era incrível. Fiquei encantada e é claro, cai na curtição. Já perdi tempo demais da vida.

Enquanto dançava na pista e virava shorts de vodka, olhei o redor procurando o Antônio e o avistei sentado em uma mesa, parecendo um velho.

-Você vai ficar só aí? -perguntei sentando ao seu lado.

-Não sou muito bom com danças. Prefiro ficar de longe só apreciando vocês.

-Ah, nem vem. Vai dançar sim. Vem comigo!

Arrastei ele pra pista de dança e lá ficamos por um longo tempo. Dançávamos, bebíamos e nos divertíamos como a muito tempo eu não fazia.

Depois de algumas horas, me bateu uma fome danada e o Antônio me chamou pra comer do outro lado do ambiente.

-Adorei aqui. É um ambiente bem legal.

-Aqui tem vários locais legal, você vai adorar conhecer.

-Eu vou matar a Larissa. -Falei olhando a mensagem do meu celular.

-Tá tudo bem?

-Seus amigos que decidiram ir embora e me deixar aqui. Que ódio desses dois.

-Se acalma mulher! Eu passo lá e te deixo.

-Nem pensar. Não quero incomodar.

-Não é incômodo algum. Vamos, te levo lá.

Sorri aceitando, afinal não saberia me virar sozinha para voltar para casa.

Quando chegamos lá, Larissa e Fred decidiram simplesmente não me atender e nem liberar minha entrada. Eu vou matar os dois.

-Acho que os dois dormiram e esqueceram de você.

-Eu vou matar os dois. Pior que a chave da minha casa tá dentro do apartamento deles.

-Voce dorme lá em casa, não tem problema.

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