Histórias

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Capítulo não betado
Desculpa a demora 

Seokjin estava deitado na cama do alfa, de bruços, ele sentia os dedos do outro passando por sua derme por todas as costas e ombros. Seus olhos continuava fechando sentindo o carinho em si, era muito para acostumar com que estava acontecendo. O quarto do alfa estava impregnado com seu cheiro.

— Quem diria que meu secretário medroso estaria em minha cama um dia. — Jungkook brincou sem deixar de fazer carinho com seus dedos no corpo nu do ômega.

— Que diria que me deitaria com meu chefe?

O alfa riu. Ele estava deitado lado, vendo o ômega quase adormecendo em sua cama de casal. Seokjin era lindo, sua pele macia, seu cheiro — agora completamente sem medo —, seus ombros largos e algumas pintas quase invisíveis.

— Acho que não fui uma pessoa muito legal com você, me desculpe — Jungkook começou a falar, com a culpa lhe corroendo por dentro. — Eu ficava nervoso por ter medo de mim ômega, você não sabe o quanto me irritava.

Ele acariciou os cabelos de Seokjin, enquanto esse estava com um sorriso no rosto, o que acreditava ser contentamento. O ômega estava feliz.

— Você acha graça, não é?

— Não é como só eu tenho sofrido isso na empresa, mas é bom ver meu chefe se desculpar.

Seokjin estava feliz por Jungkook estar arrependido pelo passado.

Após, quase quatro rodadas de foda intensas, foi quando diminuiu a vontade e o tesão em ambos; Seokjin se encontrava na cama do alfa, de bruços e nu. Sentindo o alfa o alisar em um carinho gostoso. Era bom. Era gostoso demais.

Ele estava lutando para não dormir, poderia até apagar, mas só após ouvir o que seu chefe tinha para confessar.

— Eu sempre fui fechado demais e tinha muita dificuldade em fazer amigos, você sabe, um nerd tem suas limitações. Enquanto todos queriam farras, festa, sexo e rock roll; eu estava jogando e criando jogos. Quando entrei na faculdade, havia poucos amigos, e logo desenvolvi um jogo que deixaram investidores estrangeiros loucos.

Seokjin abriu os olhos e o viu o alfa se perder em memórias do passado.

— Eu não era esse CEO escroto, eu era um garoto abrindo uma empresa, sem saber de nada. E por isso que algumas pessoas se aproximam de mim. Kai- swim, aquele acionista da empresa que você conheceu, era administrador e conseguiu se aproximar de mim.

Jungkook sorriu melancólico e Seokjin percebeu.

— Eu deveria saber que não daria certo, pois não éramos iguais, mas era minha primeira paixão, mesmo ele sendo um alfa — Jungkook o olhou, e Soekjin jugou ver a mágoa que escondia atrás daquelas palavras. — Não se muda por ninguém. Temos que ser nós mesmo e não um personagem.

Soltou um suspiro, mas se manteve firme em continuar:

— Eu comecei a frequentar festas com ele através de investidores. No começo, era até legal, mas sempre queria voltar para casa cedo, não é meu habitat, preferia ficar em casa.
Começamos a namorar e eu estava feliz. A Nexon estava indo bem com a ajuda dele. Ele sabia como administrar uma empresa e eu só era o garoto promissor que criava jogos, era o casamento perfeito.

Jungkook fez uma pausa, o que acabou deixando Soekjin curioso e atento, mesmo que já sentisse um pressentimento horrível do que poderia ter acontecido.

— O que aconteceu?

— Quando você sonha sozinho, poucas pessoas te ajudam, mas quando passar a ter sucesso, todos querem uma casquinha. Quando a Nexon estava crescendo, nosso primeiro jogo rendeu bilhões. Kai- swim enlouqueceu, pois a mais parte do dinheiro era meu, mas parece que ele achava que merecia ele. Então ele me convenceu — pois era muito apaixonado e não entendia nada de negócios — que ter acionistas era o melhor para empresa, então assinei documentos vendendo uma parte da Nexon. Então fui jogado de escanteio, na minha própria empresa e Kai virou o acionista majoritário. — Riu, parecendo nervoso, ainda olhando para Soekjin. — Ele parou de falar comigo e só voltava depois de um tempo, como se nada tivesse acontecido. Eu era um emprego na minha própria empresa e ele gastava todo dinheiro. Por isso, ainda sou fechado com algumas pessoas.

— É por isso que trata todos arredio?

— Nunca mais consegui tratar as pessoas que tentam se aproximar de outra forma, virou meu mecanismo de defesa. — Suspirou. — Essa é a minha história, Kim Seokjin. Um triste nerd, que agora é CEO, no qual foi enganado pelo próprio namorado e perdeu quase tudo para ele.

— Mas você recuperou boa parte.

— Vou conseguir mais.

— Sim, você é incrível senhor Jeon.

— Yahh, não me chame assim Hyung. — disse a última palavra com um pouco de humor.

— Eu sei que você, com certeza, irá superar tudo isso do seu passado e recuperar toda Nexon.

Ele riu, escondendo toda aquela mágoa que tinha no olhar quando me disse sua história. E naquele momento, por um instante que fosse, não estava sozinho. Seokjin estava ali abraçando, se sentiu acolhido e seguro pela primeira vez em semanas.

Seokjin selou seus lábios, beijando mais uma vez naquela noite. Era um modo de falar que estava tudo bem para seu alfa.

Seu alfa.

Nossa, Seokjin agora sabia que Jungkook era seu alfa. Ele nunca ficou com alguém como o chefe. Seu lobo, cofiava nele e amava ele. Seokjin poderia jurar que faria de tudo por Jungkook. Mesmo sendo ômega, ele iria fazer com que Jungkook recuperasse toda empresa. Porque agora ele não estava sozinho, e mesmo que ele não quisesse, ele iria cuidar dele.

— Eu não tenho uma história. Sou só um secretário, em uma empresa que me deu a chance de trabalhar. Fazia faculdade engenharia eletrônica, mas quando faltava 2 anos para concluir. O Tae era melhor amigo do Yoongi, então viramos amigos também. Mas, em uma noite de bebedeira na casa do Yoon, acabamos dormindo juntos. E nasceu Siuk. Ele tem problema sério com alergia, sua alimentação é controlada e medicações também.

Seokjin sorria aí lembrar do filho.

— Passamos um tempo juntos, eu e Taehyung, mas ele conheceu o Jimin.
Ele é um ótimo pai e ainda um amigo. Siuk é minha vida. E essa é minha história.

— É uma boa história!

Seokjin abraçou mais.

Ele pressionou o corpo contra o dele, com força. Eles haviam acabado de transar... Mas que droga, nem era muito tempo, e ele parecia tão doce e macio em seus braços...

Ele o queria. Denovo.

Queria novamente por inteiro, mas, mesmo com a mente enevoada pela tesão de ter seu alfa, sabia que isso seria demais para si, então estava determinado a aproveitar o que podia.

E Jungkook correspondia. Como todo o carinho do mundo, como soubesse bem o que estava fazendo e que ômega poderia não aguentar mais uma transa. Mas que queria, sim, senti-lo mais uma vez naquela noite em seus braços, o calor dele correndo por todo o seu corpo. Aquilo o deixou maluco. Seokjin o estava deixando maluco.

– Seokijn-ssi – murmurou ele, a voz rouca de desejo.

Mergulhou uma das mãos no cabelo, levando os lábios para seu pescoço, provando-lhe a pele, e Seokjin se curvou para trás, dando-lhe mais acesso. E então, bem quando ele começou a se abaixar, os joelhos se dobrando na cama enquanto os lábios percorriam novamente corpo do ômega naquela noite.

— Jungkook-ah... eu acho que estou um pouco dolorido.

— Eu vou cuidar você, não se preocupe Hyung.

Seokjin ofegava, deixando escapar, baixinho, sons inocentemente sedutores.

Incapaz de controlar seu impulso, Jungkook se joelhou e segurou os quadris do ômega com firmeza o fazendo virar se bruco, com peito na cama.

Então ele o beijou. Bem ali, na base da coluna, no ponto que estava o tentando tanto a algumas minutos atrás. Em seguida – mesmo que sua experiência com sexo fosse pouca –, passou a língua pela linha central, descendo pela coluna até chegar ao começo da sua entrada, separando as bandas das nadegas e provando a doce sal da lubrificação do secretário; parando, sem afastar os lábios, sempre que ele gemia.

Seokjin se segurava firmemente com as mãos. Não tinha escolha, porque tentava não se contorcia todo. Sentia que o alfa lambia e beijava, e provando cada centímetro, cada de sua entrada. Sentia que mais novo um apetite voraz, e o devorava, pensando que aquela devia ser a melhor coisa que já fizera em toda a vida, e olha que Seokjin já havia transado muito. E, Deus do céu, estava feliz por ser ter casado, mesmo que de mentira, e poder sentir aquilo.

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