Fiquei agarrada na minha mãe por alguns minutos antes de subir pra tomar banho, depois fui pro quarto dela e dormimos juntas. Eu não iria forçar ela me contar nada, realmente tava cansada de ter esses segredos.
Encarei o relógio vendo que já era 10horas da manhã, vim no hospital pra pegar uma prancheta e depois vou na casa do Índio.
Ele fez o Marcos gravar um áudio pedindo pra eu ir passar a tarde com eles. Depois a Marina mandou mensagem em seguida perguntando se eu iria mesmo.
Lucas: Deixa eu adivinhar quem está deixando a minha doutora favorita pensativa. -se aproximou enquanto eu estava no balcão pensando
-Ninguém. -falei olhando pra ele
Lucas: Sim senhora. -entregou a prancheta -Bom descanso mana, curta bem seu dia.
-Obrigada amigo. -sair do posto acenando pro moto táxi
Senti uma moto encostar na minha perna quase me levando, encarei o Teco acelerando.
Teco: Sobe, vamo bater um lero. -entregou o capacete
-Queria falar contigo mesmo. -montei
Ele seguiu um caminho pela viela e parou na quadra da pracinha.
Teco: Pode mandar o teu papo.
-O que tá acontecendo com a Fernanda? -encarei ele
Teco: Tua mãe é complicada, Lorena. -limpou a testa -Mas só tu e ela, pra se entenderem. As duas tem um gênio forte mermo.
-Sim, mas talvez tu saiba de algo.
Teco: O que eu sei, é pouco. -olhou pra mim -E é do futuro, o passado da sua mãe é um mistério.
-O que tu sabe do futuro então?
Teco: Pertence a Deus. -olhou o celular e desligou -Ela tá mandando mensagem, tô poucas hoje.
-Vocês brigaram ontem?
Teco: Não. -olhou pra frente e segui seu olhar vendo o Índio saindo da barbearia
Analisei seu corpo subi pro seu cabelo alinhado e o cigarro entre os lábios.
-A real é que a vida, é foda.
Teco: Tá rolando algo, né? -cruzou os braços
-Entre eu e o Índio?
Teco: Sonsa. -bateu no meu ombro com o braço -Tô pegando a visão de cês dois.
-Não tá rolando, mas talvez poderia rolar, e espero não ouvir esporro teu e da dona Fernanda. Acho que tô conhecendo uma pessoa legal, diferente do que sempre falavam dele.
Teco: Teu pai também era. -pigarrou e olhou pra mim -Se tu fosse minha filha, estaria satisfeito com tua responsa, mas ser mulher de traficante, não é fácil. Conselho não é esporro.
-Tudo bem. -olhei pra ele pegando o capacete -Transa sem compromisso, Teco.
Teco: Papo feião, pega tua visão doidona. -bateu na minha testa -Quer ir pra onde?
-Casa, por favor. -segurei seu ombro quando ele acelerou
Olhei pra trás vendo o Índio encostado com a Ruivinha conversando sobre algo. Seu olhar se encontrou ao meu e eu senti uma brisa muito louca.
Teco: Tua mãe tem muita dívida, disso eu tô ligado. -falou alto por conta da velocidade
-Sinto que preciso saber de tanta coisa.
Teco: As vezes sinto essa merma fita. -olhou pra mim pelo retrovisor -Perdão pela minha atitude naquele bar.
-Tudo certo , Teco Teco. -bati em seu ombro
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)