Capítulo 12 - Dotes culinários

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Deixando o aviso no início para que todos vejam: ou vocês deixam de ser leitores fantasmas, ou não vai ter atualização! Vocês escolhem! ♡

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Eu corri, ou melhor, fugi para a suíte que dividimos, escondi-me lá e me joguei de costas na cama confortável, frustrada e confusa. No meio deste conflito interno, havia Dante.

Eu sentia meu coração dividido ao meio, cada lado lutando para ser ouvido. Por um lado, havia uma faísca de esperança, um desejo de reconstruir o que tínhamos perdido. Por outro lado, havia o medo da dor e da decepção que nos esperavam caso eu decidisse abrir meu coração. 

Me martiriza a possibilidade de amá-lo, após tudo o que fez — me destruir, trair e humilhar. O homem que já fez parte da minha vida e deixou cicatrizes profundas no meu coração.

Recordações do passado começam a surgir, lembranças das noites em que eu chorava sozinha, me perguntando se algum dia encontraria a força para seguir em frente. Ele me machucou, me fez sentir indigna e desamparada. E, no entanto, aqui estou eu, em seus braços.

Passei horas examinando cada detalhe do nosso relacionamento, buscando pistas de como pude ser descartada tão facilmente. E mesmo assim, aqui estou eu, lutando comigo mesma.

Olho para a aliança brilhante no meu dedo anelar. Um símbolo do nosso compromisso, mas também uma lembrança constante das lágrimas que derramei por causa dele. 

Como alguém pode ser tão insensível, tão egoísta a ponto de me substituir por uma ilusão de riqueza? A dúvida me consome, questionando-me se sou eu a louca por ainda amar um homem que me tratou tão cruelmente.

Mas, ao mesmo tempo, há uma voz suave, um eco fraco de um passado em que éramos felizes, antes que a ganância se interpusesse. Antes que ele mostrasse o quão descartável era para ele. 

É loucura amar alguém que me feriu tão profundamente? Sou fraca por permitir que esse sentimento sobreviva? Talvez. Mas, mesmo assim, não consigo ignorar a conexão que um dia compartilhamos. A paixão intensa que ardia entre nós. A parte de mim que acredita que as pessoas mudam e que o amor verdadeiro pode superar até as maiores adversidades.

Às vezes, sinto uma chama de esperança se acender, acreditando que ele tenha mudado, que finalmente encontramos uma maneira de sermos felizes juntos. Mas outras vezes, as vozes do passado ecoam em meus ouvidos, relembrando-me das palavras cruéis e dores que suportei.

É que ele parece tão diferente. O exterior e o interior, parece até arrependido por tudo o que fizera. Mas eu também acreditei nele no início. E fui a única ferida "nisso" tudo. 

Respiro fundo e permito que as lágrimas rolem livremente pelas minhas bochechas.

Sinto uma mistura de medo e incerteza se infiltrar na minha alma. Não quero ser uma prisioneira do meu passado, nem quero continuar acreditando em promessas vazias… 

Desastre Perfeito | Em AndamentoWhere stories live. Discover now