𝐯𝐢𝐢. 𝘨𝘳𝘢𝘵𝘪𝘵𝘶𝘥𝘦

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─ A minha equipe... nós vimos logo no começo. ─ Heath começou, um dos principais responsáveis por buscar suprimentos para Alexandria. ─ Era um acampamento lá em baixo. ─ Ele explicou, se referindo a horda encontrada em o que parecia ser uma cratera. ─ As pessoas devem ter bloqueado as saídas com os caminhões quando as coisas ficaram ruins. ─ Heath afirmou. ─ Não passavam de doze pessoas.

Meadow sentiu a mão de Spencer apertar a sua, buscando conforto. Eles estavam de pé, encostados próximo a uma grande janela no meio do local. Ela voltou seu olhar para seu noivo, notando o medo que se escondia em seus olhos. Ela não podia dizer que aquilo não a assustava.

A médica analisou atentamente as pessoas à sua volta. Deanna estava próxima do casal, sua atenção fixa na janela, as palavras de Rick não pareciam atingi-la. A Hart desviou seu olhar ao se lembrar que não falava com a Monroe desde a discussão que tiveram.

Ela viu o grupo de Rick, todos próximos uns dos outros. Glenn estava acompanhado de sua esposa, seu rosto repleto de curativos. Nicholas estava na frente deles, seu nariz fraturado, o que fez Meadow sorrir levemente. Aaron e Eric estavam de mãos dadas no fundo, com Daryl sentado no sofá grudado a janela ao lado deles.

─ Ninguém voltou desde então? ─ Maggie questionou. A nova moradora estava no sofá do lado de seu marido.

Heath negou com a cabeça. ─ Não. ─ Ele confessou. ─ Todas as cidades que valem a pena vasculhar estão lado oposto. E eu não sou afim de fazer um piquenique perto de um acampamento que se devorou.

─ E nesse tempo todo, os zumbis chegam lá pelo barulho. ─ Michonne se pronunciou. ─ E fazem mais barulho e atraem mais zumbis.

─ E aqui estamos nós. ─ Rick disse. ─ Agora o que eu to propondo... eu sei que é um risco. ─ Ele continuou, sua face ainda repleta de curativos em razão de seus machucados da briga com Pete. ─ Mas os zumbis já estão escapando pelas saídas e um dos caminhões que mantém eles presos pode cair da beira a qualquer momento, talvez depois de uma chuva forte ou sei lá. ─ O Grimes contou. ─ Aquela saída manda eles 'pro leste. Todos. Direto 'pra cá.

Meadow sabia que ele estava certo. Os muros não eram capazes de protegê-los de tantos mortos. E, mesmo se fossem, eles ficariam presos em Alexandria, incapazes de abrir os portões devido aos caminhantes.

─ A questão agora não é mas "se" e sim "quando" isso vai acontecer. ─ O xerife declarou. ─ Por isso temos que fazer isso logo.

─ Isso é... nem tem outra palavra 'pra isso. ─ Carol começou, Meadow notando que seu olhar não parecia seguir a sua feição assustada. ─ É apavorante. Tudo isso. Mas acho que não tem outro jeito. ─ A mulher suspirou e os moradores começaram a trocar algumas palavras entre si.

─ Talvez haja. ─ Carter, um dos membros da equipe de construção, afirmou, chamando os olhares curiosos para sua direção. ─ Não podemos fortificar as partes mais fracas? Eu posso planejar porque trabalhei nos muros com o Reg. ─ Ele argumentou.

─ Mesmo que a gente puder, o barulho dos zumbis está atraindo cada vez mais. Todo dia. ─ O Grimes o respondeu. ─ Fortificar as saídas não vai mudar isso. Então, quem vai? ─ Rick questionou. Os residentes mais antigos da comunidade abaixaram suas cabeças, era visível o medo que sentiam, não apenas dos mortos, mas de Rick também. Eles não confiavam no novo grupo.

Alguns membros do grupo do xerife ofereceram sua ajuda. ─ Quem mais? Precisamos de mais. ─ Rick afirmou.

─ Tem que ter outro jeito. ─ Carter voltou a se manifestar, voltando seu olhar para os moradores. ─ Não dá 'pra controlar tantos deles assim.

𝐒𝐏𝐑𝐈𝐍𝐆, 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now