CAP 15

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-- S/n? S/n?

A voz da Yunet parecia cada vez mais longe, era como se eu estivesse afundando lentamente no mar, estava tão frio e escuro

Meus olhos ião fechando cada vez mais até que escuto alguém gritar

-- S/N!

Acordo rápido puxando o ar e olhando para todos os cantos

Sinto os braços de Yunet, ela me abraçava tentando me acalmar

-- Cadê ele? Pra onde ele foi? Eu tava dormindo? Por quanto tempo?

-- Calma S/n, pega

Ela levanta a minha mão e coloca um copo de água nela, bebo devagar enquanto ela me olha preocupada

-- Tá melhor?

-- O que aconteceu ontem?

-- Você saiu pro enterro da Apama e voltou nos braços do Sukuna

-- Ele me segurou?

Começo a lembrar de tudo que ouve ontem

-- Sim, inclusive parecia muito zangado com a Luz

-- Porque?

-- Pelo o que eu entendi ela não disse dos seus poderes pra ele

Olho pelo quarto caçando ela

-- Ela saiu daqui faz um tempo já

-- Disse pra onde iria?

-- Se encontrar com o Sukuna, mas me explica o que aconteceu ontem S/n aquele era mesmo o tal poderoso Sukuna?

-- Era sim

-- Não gostei muito, ele ficou me olhando de um jeito penetrante, parecia olhar a minha alma

Ela fala de um jeito engraçada e abro um sorriso

-- Agora sim tá melhor

-- Yunet onde você disse que ouviu falar do Sukuna?

-- Na verdade eu li aqui na biblioteca do palácio

-- Então deve ter mais livros sobre o assunto lá né?

-- Lá tem sobre todos os tipos de História

-- Será se tem sobre a reencarnação de poderes?

-- É difícil saber já que eu fui lá só umas três vezes a vida toda

-- Então acho que só vamos saber procurando

Falo animada tentando esconder o fato de que estava muito insegura em relação a tudo, depois da conversa com o Faraó ontem parecia tudo tão... Diferente, bom, parecia...

Lembro das mãos do Sukuna em minha cintura, e os beijos em meu ombro até que

Ódio toma conta de mim ao lembrar ter me lembrado do Nilo, provavelmente era pra mim ter esquecido disso já que esse deve ser o poder dele mas pelo visto resquícios de toda aquela cena ainda existe na minha mente e de alguma forma eu sinto que é uma cicatriz deixada por ele para perturbar a minha mente mesmo de longe, como uma marca que fica para sempre no corpo, e dá ânsia de vômito só de pensar em tudo o que aconteceu naquela noite

Respiro fundo e ergo a cabeça

-- No que você estava pensando?

Yunet pergunta vindo do banheiro

-- Nada de importante

-- Preparei seu banho

-- Muito obrigada

Tudo que eu preciso agora é exatamente um banho, me levanto da cama e vou direto pro banheiro

Bônus Luz

Entro no castelo do mestre e sigo em direção a sua sala

Meu único trabalho com a S/n era mantê-la segura de outras maldições e trazer informações na sua evolução como reencarnação de poderes para o mestre e não dando pistas sobre seus poderes ou algo do tipo pra ela, e o que eu fiz? Não a protegi e ainda não levei as informações sobre a aparição dos poderes dela para o mestre

Sua irritação é totalmente compreensível, o que eu estou pensando? Eu não tenho o mínimo de poder para sequer pensar em dar minha opinião sobre o estado do mestre

Isso é culpa da S/n! Acabei me apegando a humana do mestre e agora fico pensando em protegê-la dele, como se eu pudesse competir com Sukuna Ryomen

Suspiro baixo finalmente chegando em frente a sala dele, bato na porta e escuto sua voz abafada vindo de trás da porta

-- Entre

Abro a porta com cuidado olhando para baixo, entro na sala e fico de pé esperando suas ordens

-- Então quer dizer que o que eu falo não tem mais importância

Engulo seco de medo

-- Seu trabalho era vigiar, proteger e me informar sobre a S/n... apenas

Sinto o olhar do mesmo parar em mim, meu coração dispara sentindo a raiva dele no ar

-- Mestre eu só-

-- Não mandei falar

-- Desculpa

-- Luz... quando eu te enviei para a S/n foi por que eu achava que você fosse de confiança e que eu poderia depositar essa mesma confiança em você para isso, achei errado, mas eu sei por que isso aconteceu, eu te tratei como um dos fortes que eu tenho ao meu lado mas você não é forte, não chega nem perto disso

Olho para o mestre e vejo ele se levantando

-- E por esse mesmo motivo preciso mostrar o por que eu estou no poder e não gosto de ser desobedecido

Ele some e sinto uma dor insuportável, caio no chão tendo os braços e pernas arrancados, cuspo sangue

-- Espero que isso não se repita e não quero você próxima da S/n

Ele sai da sala e percebo o quão piedoso ele foi, sou uma curandeira e posso me regenerar, com muita dificuldade e sentindo uma dor indescritível mas mesmo assim consigo, quem ele vai enviar para cuidar da S/n?

Escuto alguém entrar na sala, vejo Aélis se abaixar e olhar para mim

-- Ora Ora se não é a curandeira extremamente inteligente

-- A-ae-lis

Quase não consigo falar por conta da dor, ela gargalha vendo a minha situação

-- Sinto em te dizer isso mas você tem uma coisa que o mestre Sukuna quer

Ela sorri baixo

-- E vai ser um pouco doloroso para você então vou tentar ser rápida viu

Ela fala com ironia, Aélis é uma demônia subordinada do Sukuna que consegue retirar e implantar memórias em qualquer um, ela provavelmente vai da uma olhada nas minhas memórias e ver a evolução da S/n a mando do mestre

Ela coloca a mão em minha cabeça e sinto mais dor, grito em agonia e enquanto sou observada por ela

CONTINUA...

A Mulher De Ryomem Where stories live. Discover now