Capítulo Dezoito

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"Licença, mas eu acho que você tem meu coração."
autor desconhecido;

'Por que você não cuida da sua vida, seu velho do caralho?'

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'Por que você não cuida da sua vida, seu velho do caralho?'

"ARIANA! COITADO DO DICAPRIO!" 

S/N gritou, parecendo um pouco irritada, pelo menos até iniciar outra sessão de gargalhadas que duraria cinco minutos inteiros. Espero que seus vizinhos não se importem com alguns gritos a meia-noite. 

Talvez você esteja se perguntando o que estamos fazendo, e eu respondo: ela insistiu que queria assistir à 'Don't Look Up', e embora eu tenha dito a ela para não fazer isso comigo no FaceTime, não consegui resistir a sua carinha de cachorrinho pedindo para brincar. 

Minhas bochechas ganharam cor e eu cobri o rosto com as mãos. Uma coisa é filmar toda uma produção, outra coisa é assistir o que você gravou. E isso vale para qualquer coisa que você fizer. 

Lembro que, no dia em que gravamos essa série, assim que o diretor gritou 'corta!' eu abracei DiCaprio e disse que ele não era velho entre risadas, e ele realmente não é, tem quarenta e oito anos. Mesmo que não pareça.

Com cinquenta minutos, Riley, minha personagem, foi chamada de corna, com problemas de confiança, um pouco arrogante, burra e idiota por voltar ao seu namorado que a traía em rede nacional. A maquiadora sentenciou 'são tantos chifres que eles ultrapassam o teto, eu juro'. 

Minha crush permaneceu rindo enquanto a cena da entrevista passava. Não pude deixar de rir junto a ela em alguns momentos; a risada dela é tão contagiante que me faz querer rir, mesmo morrendo de vergonha. 

Ela passou a ignorar o longa metragem quando eu não aparecia. De fato, foram poucas cenas em que minha personagem apareceu, mas é meio óbvio já que o foco está nos personagens de Jennifer e Leonardo. 

"Vou estapear essa vadia se eles não se separarem antes que esse filme acabe!" Apontou para a tela da televisão, eu suponho, pois a chamada era feita por nossos notebooks. "Não consigo assistir um personagem ser tão corno e burro por voltar com a pessoa que a traiu! Ela é maravilhosa e cheia de confiança, por que simplesmente não o larga, caramba?!"

"Hum, acho que você precisa se acalmar." Dou uma pequena risadinha de sua explosão. Ela suspira e coça os cabelos presos. 

"Você está certa. Mas não muda o que penso. Apenas me diga, ela se separa dele?" Fico silenciosa e sua resposta foi absorvida. "Como assim, cara?! Vou me jogar na janela neste exato momento!"

"Por favor, S/N, não faça isso. Temos que..." Nos casar e viver nas Bahamas. Um arzinho sai do meu nariz com meu próprio pensamento. "... Ir na Sexta da Pizza amanhã. Você vai, não é?" 

"Claro que sim." Sorriu no canto dos lábios. "Amo as sextas porque posso passar todo o tempo que quero passar na semana toda com você."

"Sério?" Novamente, acho que corei, recebendo um aceno positivo como resposta. "Penso o mesmo sobre você." Eu digo baixinho, quase como um sussurro. Tenho noventa e nove por cento de certeza que ela não escutou devido a chamada. 

"Oh, meu Deus! Pare de ser tão fofa!" O sorriso aumenta conforme ela fala, seus olhos demonstravam ternura. "Queria poder estar aí para apertar suas bochechas fofas e te assistir corar ainda mais! Você fica tão fofinha!"

"Você está parecendo minha Nonna quando me vê pela primeira vez no ano." Rio na tentativa de livrar meu corpo da timidez constante. 

"Quando nos virmos amanhã, vou apertar suas bochechas. Guarde minhas palavras, Grande." Aponta o dedo indicador para a tela, ou melhor, para mim. 

"Pare." Retribuo seu ato de sorrir e fecho as mãos juntas, pressionando sobre minha boca sem colocar força. Aprecio sua risada ecoar pelo quarto no volume mediano para não acordar Toulouse. "Mas, caso queira saber, não vou te lembrar." 

"Não se preocupe, dou meus jeitinhos." Seu tom era brincalhão ao que ela vira a cabeça para o lado. "Ei, Siri, coloque o lembrete de apertar as bochechas de Ariana amanhã às seis da tarde." 

"Não vou deixar você apertar minhas bochechas." Mentira. Do jeito que sou cadela por ela, eu ficaria mil por cento feliz ao senti-la apertar minhas bochechas e dizer que sou a mulher mais fofa que ela conhece. 

"Isso não é questão de deixar, é uma questão de vida ou morte. Ou eu aperto sua..." 

Antes que ela pudesse continuar, cenas da minha personagem começaram a passar - sei disso porque ouvi minha própria voz do outro lado da linha -, retirando sua atenção de mim por alguns momentos. 

Não pude evitar de ter pensamentos sujos sobre sua sentença descontinuada. Honestamente, acho que estou precisando de água benta. 

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Q CAPÍTULO RUIM PQP
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