02. Não é bom ficar pensando em sonhos e esquecer de viver

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Harry nunca tinha estado em um clube bruxo antes. Inferno! ele nunca tinha ido a um clube trouxa. Os dois aparataram em Londres, onde encontraram Dean, Seamus, Neville, George (que Harry suspeitava ter sido enviado pela Sra. Weasley para ficar de olho neles) e Lee Jordan.

Harry e Ron passaram as últimas horas se arrumando e se preparando em frente ao espelho do quarto de Ron. Harry nunca se importou muito com sua própria aparência. Ele sempre foi baixo, com um cabelo que nunca ficava liso, não importava o que ele fizesse. Seus óculos, embora não fossem mais enfeitiçados, não eram nada atraentes. Dito isso, ele os usava mais como algo para se esconder do que pela necessidade de realmente usá-los. Um simples feitiço poderia ter consertado sua visão, se ele tivesse se dado ao luxo.

Quero dizer, o que alguém usava para ir a um clube, afinal?

Robes? Jeans? Terno e gravata? Vasculhando pilhas de roupas antigas de Duda e velhas vestes de Hogwarts, ele se contentou com a segurança de seu único par de jeans azul escuro decentes e uma camisa branca impecável (passada, é claro, por uma Molly super ansiosa).

Ele havia tentado domar o cabelo com um punhado de poção capilar da Sleakeazy que encontrara no armário do banheiro dos Weasley, que dizia que duas gotas poderiam domar o mais incômodo dos cabelos. Examinando a si mesmo, ele achou que tinha conseguido, pelo menos, um visual mais sexy e penteado para trás, em vez do ninho de pássaros desgrenhado que normalmente usava.

— Muito bem, querida — disse o espelho do banheiro dos Weasley.

A boate para a qual estavam se dirigindo chamava-se O Quarto Rubi, e foi altamente recomendada. Harry ficou um pouco nervoso ao se aproximar da fila de bruxos e bruxas que esperavam para entrar. O Sr. Weasley havia sugerido que Harry usasse polissuco ou um feitiço de alteração de aparência, mas Harry rejeitou as idéias imediatamente. Se eles estavam fazendo isso, ele estava fazendo isso como ele mesmo. Ele havia passado anos sendo mantido no escuro, anos sendo o fantoche de Dumbledore, sendo informado sobre quem poderia ver, o que poderia fazer e aonde poderia ir. Bem, não mais.

Houve muitos sussurros e apontamentos quando eles se aproximaram da fila, o que eles só tiveram que aguentar por alguns minutos antes que dois bruxos grandes e elegantemente vestidos se aproximassem deles e os conduzissem direto para dentro.

Ron se inclinou para o ouvido de Harry enquanto a música chegava até eles vinda da porta aberta.

— Eu poderia me acostumar com isso.

Uma vez lá dentro, o grupo dirigiu-se para um dos muitos bares. Tendo bebido apenas algumas vezes e nunca em um bar, Harry ficou para trás, sentindo-se um pouco perdido. George, que chamou a atenção de uma garçonete que ele parecia conhecer, gritou por cima do ombro.

— Qual é o seu veneno então Harry? Primeiras rodadas por minha conta!

Harry olhou alarmado para as fileiras e mais fileiras de licores coloridos, uísque de fogo, conhaque, gins. Barris de hidromel e caixões de vinhos.

— Erm... eu...

Percebendo o desconforto de Harry, ele voltou para o bar.

— Queremos sete cervejas, por favor, docinho. — Tirando a carteira do bolso de trás, ele acrescentou — é melhor me trazer sete doses de Ogdens também.

— Aquele é Harry Potter? — sussurrou a garçonete.

Assentindo, George se virou para fazer as apresentações, estendendo o braço dramaticamente.

— Janey, conheça Harry, Harry conheça Janey.

— Oi, Hun — a garçonete respondeu, lançando um sorriso a Harry antes de continuar servindo suas bebidas.

I mean, it's sort of exciting, isn't it, breaking the rules? | SnarryWhere stories live. Discover now