Revelações no Beco: Um Giro do Destino

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Calum Bates estava determinado a descobrir a verdade por trás da identidade do Administrador. Ele dedicou todo o seu tempo e energia para rastrear qualquer informação que pudesse encontrar sobre o super-herói.

Ele começou indo às ruas, conversando com qualquer um que pudesse ter informações sobre a identidade do Administrador. Ele entrevistou lojistas, vendedores ambulantes e qualquer pessoa que pudesse ter visto alguma coisa. Ele fazia perguntas, ouvia boatos e anotava tudo o que ouvia, mas ninguém parecia ter nenhuma informação real.

Implacável, Calum decidiu se concentrar na empresa de seu pai, pois seu pai poderia ainda ter alguma investigação sobre o Administrador. Ele examinou todos os arquivos e documentos que pôde encontrar, procurando por qualquer coisa que pudesse conectar o Administrador à alguma pessoa, o que desse ao menos um pouco de esperança ao jovem Calum, estava valendo. Ele estudou registros financeiros, arquivos de funcionários e até imagens de segurança, mas não conseguiu encontrar nenhuma evidência ligando o Administrador à alguém.

Frustrado e ficando sem pistas, Calum começou a cavar mais fundo. Ele começou a seguir os funcionários de seu pai, na esperança de pegar um deles em flagrante se comunicando com o Administrador. Ele chegou ao ponto de grampear seus telefones e instalar câmeras escondidas em suas casas, mas todos os seus esforços foram infrutíferos.

À medida que a obsessão de Calum pelo Administrador crescia, sua paranóia também crescia. Ele se convenceu de que todos estavam escondendo algo dele, inclusive sua própria família. Ele começou a questionar os amigos e também alguns associados de seu pai, mas eles apenas olharam para ele com pena e disseram que ele deveria deixar de lado sua obsessão e seguir em frente.

Sem ninguém disposto a ajudá-lo, Calum foi ficando cada vez mais desesperado. Passava longas horas em becos escuros e nos telhados dos prédios, observando e esperando que o Administrador aparecesse. Ele dormia pouco e comia menos ainda, consumido pela obsessão de descobrir a verdade. Ele começou a sentir como se estivesse perdendo a cabeça, consumido por uma raiva profunda que o consumia e que não conseguia controlar.

Apesar de seus melhores esforços, Calum Bates não conseguiu encontrar a informação que procurava. A trilha havia esfriado, e ele não estava mais perto de descobrir a identidade do Administrador do que quando começou sua busca. Mas Calum se recusou a desistir, ele sabe que a resposta está por aí e fará de tudo para obtê-la. Ele estava determinado a descobrir a verdade, mesmo que isso significasse perder a cabeça no processo.

Ele começou a atacar seus amigos e familiares, acusando-os de esconder informações dele. A namorada de seu melhor amigo, Camille, tentou falar com ele, mas ele se recusou a ouvir.

Camille: "Calum, você precisa deixar isso pra lá. Você está ficando paranóico e isso está prejudicando seus relacionamentos."

Calum: "Você não entende, Camille. Ele matou meu pai e não vou descansar até descobrir quem ele é."

Camille: "Ninguém matou, Calum, você sabe que foi um acidente. Você não pode culpar um super-herói pelo que aconteceu."

Calum: "Eu sei o que vi e não vou me convencer do contrário. Alguém aí sabe de algo e eu vou descobrir quem é."

Ele começou a negligenciar seu trabalho, chegando sempre atrasado ou não aparecendo. Seu chefe tentou falar com ele sobre seu comportamento, mas Calum não se importou.

Gustavo: "Calum, você já se atrasou muitas vezes para o trabalho e não está cumprindo seus prazos. O que está acontecendo com você?"

Calum: "Sinto muito, mas tenho coisas mais importantes com que me preocupar do que este trabalho. Preciso descobrir quem é o Administrador."

Gustavo: "Este é o seu trabalho, Calum. Você não pode simplesmente ignorá-lo."

Calum: "Não tenho tempo para isso, preciso focar na minha busca"

Seus amigos e colegas lentamente começaram a se distanciar dele, assustados com seu comportamento. Mas Calum não percebeu, ele estava muito ocupado com seus próprios pensamentos. Ele passava todo o seu tempo livre procurando por qualquer pista que pudesse encontrar. Ele percorria a cidade à noite, espreitando nas sombras, na esperança de dar uma olhada no Administrador. Ele assistia ao noticiário local, procurando qualquer menção ao Administrador. Ele se tornou um recluso virtual, nunca saindo de seu apartamento, exceto para procurar informações. Ele dormia pouco e comia menos ainda, ficando cada dia mais magro e abatido.

Seu estado físico e mental estava se deteriorando, ele estava perdendo o contato com a realidade. Ele se convenceu de que o Administrador estava por toda parte, observando-o, esperando o momento em que revelaria sua identidade. Ele começou a ver o Administrador em cada sombra, cada estranho na rua. Ele falava sozinho, acreditando que o Administrador o estava ouvindo.

A mente de Calum tornou-se uma prisão, prendendo-o em um ciclo interminável de medo e obsessão. Ele não era mais capaz de distinguir a realidade de seus próprios pensamentos distorcidos. Sua obsessão em descobrir a identidade do Administrador o consumiu completamente. Ele havia perdido o contato consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor. Tudo o que ele conseguia pensar era encontrar a verdade, custe o que custar.

Calum estava andando pelas ruas da cidade um dia, sua mente consumida por pensamentos do Administrador. Ele estava no limite, certo de que finalmente descobriria a verdade por trás da identidade do herói. Ao entrar em um beco, ele ouviu o som de uma luta. Correndo para a frente, ele viu um assalto acontecendo e, para sua surpresa, o Administrador havia chegado para deter o criminoso.

Ao tentar fugir, o assaltante arrancou a máscara do Administrador por alguns segundos. Naquele momento, Calum viu o rosto de seu melhor amigo, Nicksson. Ele não podia acreditar no que estava vendo. Acontece que Nicksson sempre foi o Administrador, mas manteve isso em segredo dele.

Calum foi tomado por um misto de choque, raiva e traição, ele se sentiu como se tivesse sido atropelado por um caminhão. Ele cambaleou para trás, sua mente correndo. Ele não conseguia entender como seu melhor amigo poderia ter escondido algo assim dele.

Nicksson: "Calum, deixe-me explicar."

Calum: "Explicar? Explicar o quê? Como você pode ter mentido para mim por todos esses anos? Como você pode ter escondido algo assim de mim?"

Nicksson: "Sinto muito, Calum. Eu não queria te machucar. Eu estava tentando protegê-lo."

Calum: "Me proteger? Mentindo para mim? Escondendo de mim a verdade sobre a morte de meu pai?"

Nicksson tentou explicar que foi um acidente, que ele nunca teve a intenção de que o pai de Calum se machucasse, mas Calum não estava ouvindo. Ele estava muito consumido por sua raiva e traição. Ele não podia perdoar Nicksson pelo que havia feito.

Calum: "Você era meu melhor amigo, Nicksson. E você não podia nem confiar em mim o suficiente para me dizer a verdade. Não posso perdoá-lo por isso."

Nicksson: "Eu entendo, Calum. Mas, por favor, saiba que nunca quis magoá-lo. Só estava tentando proteger as pessoas de quem gosto."

Calum: "Não consigo ouvir isso agora, Nicksson. Preciso ficar sozinho."

E com isso, Calum se virou e foi embora, deixando Nicksson sozinho no beco. Ele sentiu como se todo o seu mundo tivesse virado de cabeça para baixo e não sabia o que fazer a seguir. Ele não conseguia perdoar Nicksson por mentir para ele por tanto tempo e sabia que a amizade deles havia acabado.

Ele vagou pela cidade, sua mente em turbulência. Ele sentiu como se tivesse perdido tudo, seu pai, seu melhor amigo, seu senso de identidade. Calum foi deixado sozinho com sua dor, loucura e ódio. Ele não sabia para onde sua vida estava indo e o futuro parecia incerto.

O AdministradorWhere stories live. Discover now