08 | dirty bar

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MEGAN RUTHERFORD  📍 Campus Bar, Bridge College, Manchester

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MEGAN RUTHERFORD
📍 Campus Bar, Bridge College, Manchester

MEGAN RUTHERFORD  📍 Campus Bar, Bridge College, Manchester

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Fomos todos espremidos no carro de Mia. Enquanto ela dirigia, Jordane Maddy estavam no banco do carona, atrás dele, Powell e a namorada, ao meu lado, Nai e a namorada e no porta malas Chase e Jack.

E Antony? Bom, ele estava sentado debaixo de mim. E eu estava sentada no seu colo. Solteiro no colo de solteiro, não é?

- Você quer parar de se mexer, por favor? - Rosnou Antony. Por dentro eu estava rindo dele.

- Caralho, você reclama demais. - Eu digo. Dia ótimo pra me sentir à vontade com toda a turma. - Eu estou quieta.

- Se eu estou pedindo pra você ficar quieta, Megan, então você não está. - É a última coisa que ele diz.

Eu tenho que parar de pensar em dormir com esse homem. De novo. Pra ontem já.

Em questão de mais alguns minutos, chegamos no bar do Campus. Saímos do carro e aquela sensação de esticar as pernas depois de uma viagem longa, me alcançou.

- Como você consegue ficar sozinho no meio de todos esses casais? - Perguntei para Antony, ao meu lado.

- Simples, eu não fico. - Ele disse, e andou pra longe, fingindo que eu não estava mais ali.

Eu tenho que começar a odiá-la de verdade. Não só de mentirinha e depois sentir vontade de estar na cama dele de novo. Eu não vou ser que nem as outras garotas.

Mesmo que, basicamente, eu já seja.

Entrei por aquela porta, e de cara dou com uma mesa de sinuca, sendo rodeada por universitários. Iguais aos livros e filmes que eu já vi.

Tinha umas caixas de som, uma pista de dança bem improvisada, um bar, e mesas de carvalho velho espalhadas por toda a extensão daquele local. Era grande, mas dependendo da quantidade de pessoas, poderia parecer muito menor.

Coloquei meu casaco em um cabideiro ali ao lado e segui para dentro daquele local. Os casais foram se dispersando, até que em um certo momento só estava eu e Mia ali. Como no início.

- Hey, Fan girl! - Alguém gritou.

Mesmo não sendo pra mim (ou não sabendo se era pra mim ou não), eu virei a cabeça para trás. O loiro do banco de reservas acenou, e ao lado dele, vi um arsenal de jogadores de Basquete. Que milagre. Todos eles tem todos os dentes na boca.

Como quem não queria nada, me aproximei devagar do grupo. Graças a Deus eu não era a única mulher ali, uma garota morena estava agarrada aos braços do garoto loiro. Ela não parecia ter ciúmes.

- Eu sou o Jack, Jack Wright. - Ele diz, estendendo a mão. - E aquele ali, é Gabriel Martinelli, o seu ídolo.

Os amigos dele riam enquanto eu levava meu olhar até o garoto. Ele era alto, bem alto mesmo, mas também tinha bastante massa muscular pra um cara naturalmente magrelo. Ócio do ofício, imaginei.

- Hey, Gabriel - O cara atrás de mim o chamou. - Olha quem está aqui!

O platinado virou o rosto pra trás na mesma hora. Soltou um sorriso quilométrico e largou o taco de sinuca em cima da mesa, começando a andar até mim.

A única pessoa que me fez sentir arrepiada só com um andar de passos foi Antony. Não me surpreendo ao não sentir nem metade disso com ele.

- Prazer, Gabriel Martinelli. - Ele diz, quando chegou perto de mim. - Então você é a Fan Girl?

- Sim, mas pode me chamar de Megan. - Respondo.

- Então, Megan, aceite que eu pague uma bebida pra você?

Como resposta, eu mesma o levo até o bar. Me sento em um dos bancos giratórios e o vejo pedir tequila. Então ele quer que eu fiquei bêbada?

- Dupla, por favor. - Digo para o barman, e de rabo de olho eu vejo Gabriel sorrir.

Quem eu queria enganar? Eu só tenho dezenove anos e fiquei bêbada só uma vez na vida. Digamos que a minha vida no ensino médio não era a mais agitada possível.

Comecei a conversar com Martinelli sobre a primeira coisa que me veio à cabeça: Basquete. Perguntei sobre o time, desde quando ele jogava e me surpreendo ao descobrir que ele é dois anos mais velho que Antony.

- Eu conheço ele a um tempo já. - Ele diz - Por algum tempo fomos conhecidos.

- Ele que veio do outro lado do país não foi? - Eu pergunto e o cara faz que sim com a cabeça.

- Algumas pessoas gostam de fugir do seu passado.

Depois da fala de Gabriel, levei meu olhar até atrás dele. Antony, conversava com uma garota loira. Ela estava encostada na parede e não relutou em nenhum momento quando ele beijou ela.

No fundo, senti inveja. Inveja porque queria ser eu ali. Depois raiva, de mim principalmente, porque eu sabia que eu tinha sido insignificante pra ele. Desde o início, eu sabia.

Em dado momento, puxei-o até a mesa de sinuca. Começamos a jogar, e eu tentava o máximo possível fugir minha atenção do casal meloso na parede atrás de mim. Meu Deus, dava pra escutar os beijos daqui.

- Você é boa nessas coisas. - Ele diz.

- O que foi? Uma garota nunca venceu você antes, han? - Digo em tom brincalhão.

Voltamos a jogar sinuca, até que eu, finalmente, venço de Gabriel Martinelli em uma das únicas coisas que eu sabia fazer direito.

Fomos para a pista de dança, e eu movi meu corpo até senti minhas pernas bambas. Me arrastei até uma mesa vazia, e sentei ali, sozinha, esperando Gabriel que saía da multidão.

- Você quer ir pra outro lugar?

- Eu sei o que você quer, cara. - Respondi. Se ele não estivesse falando disso (o que acho raro) eu ia me sentir uma idiota. - Mas você ainda tem chances.

- Que bom saber disso. - Ele diz - Eu ganho um beijo, pelo menos?

Eu solto um sorriso, e me aproximo dele. Colo nossos lábios e sinto a minha língua e a dele entrarem em um combate terrivelmente bom. Meu Deus, será que todos os garotos daqui beijam tão bem?

Para piorar a minha noite de uma vez só, vi Antony plantado na parede oposta. Ele nos olhava com sangue nos olhos, e assim que viu meu olhar caindo sobre o seu, saiu pela porta da frente.

Isso não iria ficar assim.

505 » antonyWhere stories live. Discover now