07 | basketball game

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MEGAN RUTHERFORD  📍 Bridge College, Manchester

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MEGAN RUTHERFORD
📍 Bridge College, Manchester

- Que cena foi aquela com o Antony? - Nai perguntou, entrando no banheiro enquanto eu passava máscara de cílios

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- Que cena foi aquela com o Antony? - Nai perguntou, entrando no banheiro enquanto eu passava máscara de cílios. Chamei todas as meninas para se arrumarem aqui. - Até parecia que vocês dois já tinham ficado.

- Eu só estava pegando no pé dele. - Digo. Meia verdade e meia mentira. - Acho que eu consegui.

Rimos e saímos às duas do banheiro. Maddy jogou para a gente uma Jersey do time do colégio, branca e azul marinho, as cores da universidade.

- Esse time de vocês é bom? - Perguntei, colocando ela por cima do meu moletom branco.

- É, ele ganha as vezes. - Mia ri. - Da pro gasto. Os jogadores são bonitos.

Saímos do meu apartamento e começamos a caminhar até o carro de Mia, que nós levaria até o ginásio da universidade. Ele, por ficar em uma parte mais afastada do Campus, era quase a 30 minutos da minha casa. De carro, em quinze chegaríamos.

Coloquei música no rádio de Mia, já que eu tinha sentando no banco do carona. Tocou Promiscuous, Taylor Swift, e até um pouco de Eminem também.

Dava pra ouvir a gritaria da torcida de longe, e o jogo ainda nem tinha começado. Entramos pelo portão Sul e subimos três lances de escadas largas até chegarmos às arquibancadas.

- Primeira fileira? - Pergunto, ao ver elas se acomodando nos bancos. - Vocês mostraram os peitos pro técnico ou algo do tipo?

- Conhecemos um dos jogadores. - Maddy diz. - Ele é amigo de longa data de Antony.

Antony. Tenho que me acostumar que tudo aqui tem a ver com ele.

Logo no mesmo segundo que eu sentei, os jogadores começaram a sair do vestiário. Mia estava certa, todos ali eram gatinhos até demais. Roubei algumas pipocas de Nai, que estava no meu lado esquerdo.

Meu sonho acabou (ou talvez começou) quando vi Lucas e os amigos se aproximando. Antony se sentou ao meu lado, enquanto os outros meninos foram se acomodando nos lados de suas respectivas namoradas. Descobri, essa noite, que Nai namorava uma garota.

Porque eu não conseguia ficar longe de Antony? Quer dizer, eu estava tentando, mas porque ele não tentava também. Os avisos de Mia e Jordan me assustaram, e eu prefiro sair de ação antes que algo mais grave aconteça.

- Qual o placar? - Ele pergunta.

- O jogo acabou de começar. - Digo para ele, e aponto para o placar eletrônico no meio do rinque de gelo. - Viu? Faz dois minutos de início de jogo. Você deveria achar outras desculpas pra conversar comigo.

- Não seja tão relutante, Megan...

- Não quero ser que nem as outras Antony. - Digo.

- Bom, se esse é seu medo, me desculpa. Porque você já é. - Ele diz.

[...]

Era o segundo quarto do jogo e o nosso time estava ganhando de três pontos de diferença. Nessa altura do campeonato, eu não estava nem mais sentada na cadeira, e sim em pé, quase colada na grade dos jogadores a nossa frente.

- Vai, você consegue! - Gritei para algum jogador qualquer que estava tentando marcar um ponto. Bom, acho que ele me ouviu, porque conseguiu.

Um garoto loiro, sentando debaixo de mim na parte dos jogadores me olha. Ele ri, chega perto do limite da quadra e grita:

- Martinelli, você tem uma fã!

O louro volta a olhar pra mim e eu respiro fundo. Levo meu olhar até o tal de Martinelli, que corria pela quadra como se fosse dono daquele lugar. Tecnicamente ele era, a faixa de capitão no braço direito entregava isso. O moreno piscou pra mim, e minha reação foi "Meu Deus, mais um homem não".

- Não é você que gosta de esportistas, Meg? - Nai aparece animada do meu lado. - Eu ficaria feliz, porque Gabriel Martinelli acabou de te dar um oi.

- Então eu deveria ficar feliz, hm? - Respondo. - Vamos naquele bar aqui perto depois do jogo?

- Nós não íamos. - Dessa vez é Mia que responde. - Mas depois que Gabriel Fucking Martinelli simplesmente sorriu pra você, agora sim nós vamos.

- Você sabe o que falam dos atletas, né? - Ironizo. - Agora sim metade da faculdade vai me odiar.

Voltei a me sentar na arquibancada, e percebi que Antony não estava mais ali. Assisti todo o segundo quarto sem ele ao meu lado.

Depois do intervalo, o vi entrando pela porta dos fundos do Ginásio. Dessa vez vestido de um moletom preto e calças jeans também pretas. Tive vontade de falar "Senti sua falta" quando ele sentou ao meu lado.

- E aí, já conseguiu o número do senhor gostosão? - Ele perguntou.

- Meu Deus, porque todo mundo cismou com esse cara? - Faço uma pergunta retórica, e percebo o que ele falou. - Então você assume que está com ciúme? - Perguntei, roubando um pouco da pipoca que ele segurava.

- Eu não, porque teria? - Ele diz - Eu não sou o seu tipo, lembra?

O olhei com sangue nos olhos, e tive vontade de beija-lo ali só para aquela ideia estúpida (que eu mesma coloquei nele) saísse da cabeça dele. Eu queria distância de Gabriel Martinelli, mesmo não fazendo ideia de quem ele era.

- Guarde seu ciúme para mais tarde, Antony. - Eu digo. - Me resolvo com você depois do bar.

Voltei a minha atenção para o jogo. Ainda continuei roubando as pipocas de Antony durante os outros quartos, e em nenhum momento ele pareceu se importar comigo metendo a mão no balde de pipoca dele.

Também, no final do jogo, ele foi o primeiro a sair. Percebi algumas garotas indo atrás dele, e não me surpreenderia se ele aparecesse no bar dele com alguma delas.

Quem eu queria enganar, nós dois dormimos juntos só uma vez. E eu espero que continue exatamente do mesmo jeito que deve estar.

Mas eu não vou mentir. Eu adoraria repetir.

Porém, ainda continuo com medo. Seria burrice demais cometer o mesmo erro duas vezes, principalmente em uma escala como essa.

Mas puta merda, eu não poderia mentir em dizer que alguma coisa de Antony me atraía muito. Com certeza era toda a áurea que os músicos tem, mas porra, eu fui avisada duas vezes, e as duas vezes me fizeram cagar de medo.

Não quero me apaixonar por Antony. Não quero ver meu coração sendo partido em pedacinhos por ele.

Mesmo que no fundo, eu saiba, que uma das duas coisas, querendo ou não, vai acontecer.

505 » antonyWhere stories live. Discover now