Alexandrine Mantovani era uma médica brasileira refugiada no Kansas.
A Terra estava poluída, e somente os ricos sobreviviam o ar contaminado, em busca de uma condição de vida melhor a sua família, a brasileira aceita a vaga de emprego para ser pilo...
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❝Eu não fui presa, Quaritch não permitiu que eu fosse, já que eu estava para dar a luz a qualquer momento, e ele sabia disso, pois a todo momento em que eu estava em meu quarto, entrava um médico diferente para me examinar❞.
— Ela não falou nada desde que a Árvore Lar foi destruída. — disse Wainfleet para Quaritch. — Mas nenhum sinal, do seu filho.
Ele estava sério escutando o relatório do soldado.
— Isso vai passar, é só questão de tempo. — Quaritch andou em direção ao quarto dela.
Sentada com as costas na parede, já que sua cama era encostada lá, seu olhar era vago, destruído, se culpava o tempo todo.
As cenas das crianças implorando por socorro, os gritos de Mo'at e Neytiri, eram um inferno na cabeça dela, ia surtar a qualquer momento.
— Soube que depois de tanta ação, você finalmente parou de falar tanta besteira. — ela mal prestou atenção e nem viu o momento em que Quaritch adentrou no quarto. — O que foi? Não foi falta de aviso.
Alexandrine não respondeu.
— Vai ser melhor para mim e para você, vamos facilitar. — Miles puxou um banquinho e sentou-se de frente a ela. — Querida, eu sabia que você iria sair machucada dessa situação. Por que acha que eu fui tão duro com você?
A doutora fechou os olhos.
— Você sabia desde o começo pra que veio. Não foi pra ser um Na'vi, mas sim uma soldada, uma pilota de guerra, uma médica de guerra. Veio com um objetivo, ainda sim, foi contra ele. — ele remexeu os lábios. — Mas agora vai voltar pra casa com um filho nos braços, na verdade, segurando a mão deles, já que vamos passar quatro anos dormindo.
Parecia que o bebê havia escutado, remexeu na barriga dela.
— Você acha mesmo, que eu vou deixar um assassino chegar perto do meu filho? — abriu os olhos e o encarou firme.
— Assassino? Eu dei o aviso a todos, você deu o aviso a eles, colocaram a vida das crianças em risco porque quiseram. Tiveram a oportunidade de saírem. — olhou para o lado e depois para ela. — Querida, não confunda as coisas.
