─── Eu te vejo, 𝐍eteyam. ❜❜
Desde a morte de seu pai quando tinha apenas sete anos de idade, Niga'ri passou a ser cuidada pelos Sully. A garota foi treinada e educada como um deles, crescendo em baixo das asas de Neytiri e de Jake. Sendo a segunda...
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NIGA'RI SE PREPARAVA PARA atacar enquanto observava o trem se aproximar. Desde que o Povo do céu voltou, muitas coisas haviam acontecido; novas instalações foram colocadas na área devastada que um dia foi a floresta e, além disso, acontecia diversos conflitos durante os meses. Os nativos e o Povo do céu não podiam conviver na mesma área. Uma hora ou outra iriam acabar tendo uma guerra como aquela de anos atrás.
Jake comandava a tropa área enquanto auxiliava a equipe de solo pelo comunicador. Dando instruções detalhadas do que fazer.
— Niga'ri. — Toruk Makto chamou pela garota. — Preciso de você no céu, cuide das aeronaves.
— Certo, chefe. — a garota respondeu, uma euforia crescendo em seu peito.
Desde a morte de seu pai, Tsu'Tey, a garota vinha sido cuidada por Jake e Neytiri, que atuavam como seus pais legítimos. Nunca deixaram nada faltar a ela, sempre a deram atenção assim como os seus 4 outros filhos.
Niga'ri rosnou ao ouvir o barulho das hélices da pequena aeronave, denunciando que esta estava próxima de si. Ela grunhiu duas vezes, demando-o a ir para baixo, em direção a máquina. Seu ikran, Hiya, obedeceu de imediato, fazendo o que lhe foi designado.
Neste curto espaço de tempo, Niga'ri empunhalou o arco, mirando no peito do homem, se inclinando sobre o animal para que tivesse uma visão melhor. Suspirando fundo, ela soltou o cordão, permitindo que a flecha voasse em direção do inimigo, matando-o de uma vez. A aeronave então despencou, atingindo uma rocha qualquer, explodindo logo em seguida. Niga'ri deu meia volta, voltando a posição inicial, esperando por mais ordens enquanto vigiava.
Então, tudo se passou em um borrão. Uma aeronave na retaguarda havia lançado uma granada, fazendo a maioria dos Na'vi evacuarem o local. Entretanto, muitos não conseguiram sair a tempo. Alguns corpos podiam ser vistos lá de cima, já sem vida.
Niga'ri cravou as unhas na própria mão, sentindo o peito se apertar ao ver a cena. Ela sabia que devia ir embora, recuar. Com uma dor no coração, ela se afastou, voltando para a segurança de sua casa, acompanhada por vários outros nativos.
Sempre seria assim. Niga'ri lutaria ao lado de seu povo, e se fosse necessário, morreria por ele. Assim como seu pai.
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