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Chicago – EUA, 1 de Março de 2023

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Chicago – EUA, 1 de Março de 2023

     A minha recuperação não foi tão fácil quanto aquilo que se esperava. No dia seguinte à operação, quando pensei que iria embora, senti-me mal, tive uma quebra de tensão, tendo até desmaiado, o meu ritmo cardíaco estava bastante acima do normal, assim como a minha saturação muito baixa. Então, ao passo que Mick foi autorizado a viajar para a Suíça, onde está a ser acompanhado, eu tive de ficar mais alguns dias no hospital. É claro que Russell levou lá no nosso filho, eu não aguentaria estar tantos dias sem o ver, no entanto tivemos todos os cuidados para que ele não apanhasse nenhum vírus, nem eu.

     George está no Barém. Ele teve de ir, devido à temporada estar a começar, e teve de fazer uns testes. Ele foi a muito custo, eu obriguei-o e garanti-lhe que ficaria bem com Victoria e com Ruth, além de que lhe ligaria todos os dias. A verdade é que só se passaram apenas três dias e eu já tenho o meu coração apertadinho com saudades dele. A Vic é uma ótima companheira de quarto e adoro dormir com ela, mas eu habituei-me a ele, ao cheirinho dele quando sai do banho e se deita na cama, aos seus braços a rodearem o meu corpo e até ao seu ressonar baixinho, sendo que ele teima que não ressona. É mau de dizer isto, mas eu sinto mais a sua falta, em três dias, que do Charles em mais de um mês.

     — Corinna, eu estou a falar a sério. — Falo de modo mais sério, mas sempre mantendo o respeito pela mais velha, enquanto ela apenas se ri de mim. — E você ainda se ri?

     — Meu amor, o Mick está ótimo! Eu até te colocava a falar com ele, mas ele está a descansar. — Encosto-me melhor na minha cama, com o telemóvel ao ouvido e respiro fundo. — A saúde dele está muito bem e os médicos dizem que ele está a ter uma boa recuperação. E tu, como te sentes?

     — Eu estou bem, o susto já passou. — Gargalho com gritinho que o meu filho solta e com a tentativa dele em morder os próprios pés. — Finn, está quieto.

     — Ele está quase com três meses, não é? — Solto um som em confirmação e consigo perceber, pelo tom da sua voz, que ela sorri. — São os meses mais engraçados, então quando ele começar a querer falar. Aproveita bem esta fase, meu amor, é a mais bonita.

     Faço mais um pouco de conversa de ocasião com Corinna. Tento sempre perguntar-lhe coisas sobre Mick, mas ela desvia sempre o assunto. Eu entendo o que ela está a tentar fazer, ela quer evitar que eu pense muito na saúde e me abstraia. O que é o certo, mas eu não consigo evitar preocupar-me com o rapaz que me deu uma nova vida. Eu nunca me iria perdoar se alguma coisa lhe acontecesse, devido à operação que fizemos.

     — Hey. — Atendo a videochamada de George, depois de colocar a minha peruca. O meu cabelo já está a crescer, mas ainda assim uso uma peruca, semelhante ao cabelo que antes tinha. Não a meto por ele, mas sim por quem poderá estar ao seu lado. — O que é que vocês fizeram ao pai do meu filho? Jesus Cristo. — Tapo a boca com a minha mão disponível ao ver que o inglês está completamente molhado e Ricciardo e Hamilton riem atrás dele. — Ele vai constipar-se.

see you later ⌈ george russell ⌋Where stories live. Discover now