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Inspira e expira.
Deveria contar até 10 também.
1, 2, 3... Minha respiração está ficando mais acelerada, estou ouvindo meu coração muito alto. 4, 5, 6... A visão voltou ao normal. Mesmo que eu já tenha enfrentado outros demônios piores, ainda assim, sempre fico nervosa. 7, 8, 9. Isso tudo é uma merda, não sou boa nisso...fraca, fraca. 10. Este é um processo dificultoso, mas comparado com minha primeira missão em que eu desmaiei e quase fui partida ao meio; É uma bela evolução.
— Ei! Você acha que consegue usar novamente sua habilidade para segura-lo? - A voz de Kishibe atingiu meus ouvidos.
Escorado na metade de uma parede o homem gritou para ela que estava do outro lado se protegendo das diversas agulhas lançadas pelo demônio.
— Com certeza! - Sorriu animada.
(...) 3 anos atrás
Mais um dia a qual havia sido rejeitada na vaga de emprego.
Realmente; ela não falava muito bem ou escrevia graciosamente, mas poxa, poderia melhorar, voltaria a se dedicar no intervalo para aprender mais. E outro, ela ia servir mesas ou falar poemas pros clientes?
— Bando de imbecis!
Xingou antes de começar a andar.
No fundo ela sentia falta da mordomia vivida alguns meses atrás. Tinha um motorista, empregadas atrevidas, comida e até uma banheira. Agora seus únicos amigos são uma barata e um pão duro de semanas.
— Talvez ainda preste. - Cogitou na ideia de comer o pão no armário empoeirado. — Nah! - Balançou a cabeça em negação, deixando de lado sua ideia besta.
Maya cortou caminho, indo em direção ao beco próximo.
Caminhava preguiçosamente. Aquela parte do caminho era um contraste perfeito da pobreza e riqueza. Com alguns passos você via prédios bonitos, pessoas bem vestidas e neste momento, logo atrás dos prédios, pequenas casas feitas com madeiras e materiais velhos, um cheiro horrível de esgoto e famílias em situações escassa.
Este é o percurso que faz no dia a dia. Tinha conseguido um local para ficar até arranjar trabalho. Não era lá essas coisas, mas agradecia muito por ter aonde ficar. Ver está imagem a deixando mais grata pelo que tinha — mesmo sendo tão pouco, e principalmente, aumentava seu desejo de conseguir ajudar.
Os passos diminuíram. Seus olhos avistaram ao longe a figura de alguém lutando contra um demônio.
Ainda não estava acostumada com essa situação. Ter casos de demônios atacando civis uma hora ou outra era normal naquela cidade. Porém, Maya sempre estava tentando evitar encontrar um. Somente ouvia nos noticiários ou das pessoas. Desta vez não teve sorte. Mesmo não estando tão próximo, sentia um medo avassalador atingir seu corpo.
