O girino

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"Ainda não entendo por quê chamam ele de zumbizinho

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"Ainda não entendo por quê chamam ele de zumbizinho."

Primeiro de novembro de mil novecentos e oitenta e quatro, dia seguinte ao dia das bruxas.

Anninka e Maxine passeavam pelo corredor lado a lado conversando. Max tentava entender o motivo de todos azucrinarem o pequeno William Byers, enquanto Annnika tentava o seu máximo pra contornar o assunto e fazê-la perder o interesse no assunto.

"Tá, eu entendo que ele se perdeu no mato e tals, mas por quê que ele é um zumbi?" Maxine a perguntou curiosa enquanto a loira remechia na barra da sua mochila nervosamente. "Por quê acharam que ele tava morto?" "É. É que teve até um enterro pra ele." Anninka explicou torcendo pra que ela parasse de fazer perguntas.

"Em uma semana?" Já Maxine implorava internamente pra que a garota ao seu lado a disponibilizasse mais informações sobre o mistério do desaparecimento de William Byers. "Um outro garoto se afogou na pedreira. Pensaram que fosse o Will por quê o corpo 'tava desconfigurado por conta da decomposição."

"O quê?!" Com a confusão estampada em suas expressões, Max parou de andar segurando o braço da loirinha ao seu lado praticamente exigindo uma explicação. "Isso não tem graça."

Pela essência recém apresentada de Anninka, Max realmente pensou que tudo o que ela disse fossem apenas uma piada, mas o feição séria e cansada, tal expressão que ela jamais havia visto em Lewandowskis, a convenceu do contrário.

"Isso não é uma piada, Max." Anninka suspirou fundo coçando os olhos com os dedos polegar e indicador. "Todo mundo sabe, pode perguntar pra quem você quiser." A garota loira franziu seus lábios em uma linha reta antes de pousar uma das suas mãos no ombro da menina olhando intensamente no fundo dos seus olhos.

"Só não enche o garoto de pergunta, tá? Por favor. Ele fica sensível. Entendeu?" Maxine precisou processar o pedido um pouco antes de acenar positivo. "Tá bem." Respondeu ainda com seu cenho levemente franzido, já Anninka sorriu em alívio com isso. "Obrigada, Maxine." A loira passou sua mão pelo ombro da ruiva quando as duas passaram a irmã pra sala. "Eu já disse que é Max!"

[...]

"O caso de Pheneas Gade é uma das maiores curiosidades médicas de todos os tempos. Pheneas trabalhou nas ferrovias em 1848 e sofreu um acidente pavoroso. Uma enorme barra de ferro atravessou completamente a cabeça dele. Pheneas milagrosamente sobreviveu. Parecia bem e, fisicamente, ele estava. Mas aquela lesão causou uma mudança completa na personalidade..."

Os amigos, exeto por Handerson, já estavam fazendo presença na aula de ciências do professor Scott Clarke, ambos escutavam atentos aos relatos da curiosa história de Pheneas Gade, exeto por Maxine Mayfield. A garota passou todo o resto de tempo da aula encarando a pessoa que mais a intrigava no momento, e esse alguém era Will Byers.

Mayfield sabia que não era só um caso desaparecimento comum. Sabia que havia algo mais por trás de tudo. Sabia que seus novos amigos guardavam um segredo. Nada do que Annnika tenha dito a convenceu do contrário. E ela estava disposta a descobrir, nem que fosse sozinha.

H𝕖ᴛ𝕖ʀᴏᴄʜʀᴏᴍɪᴀᵐᵃˣⁱⁿ𝕖 ᵐᵃʸᶠⁱ𝕖ˡᵈWhere stories live. Discover now