Antigos demônios parte II

400 34 94
                                    

Sn on

Dan: Eu vou matar esse cara, esses pneus são novos! — ele reclama ao meu lado.

Sn: Jake pegou essa mania de cantar pneu quando as fugas ficaram mais frequentes.

Dan: Eu vou cantar a cara dele no chão.

Sn: Tente não ficar tão na cola dele, se ele nos ver, estamos mortos.

Dan: Sei bem disso. Está falando com um profissional.

Sn: Eu tenho minhas dúvidas quanto a esse fato...

Dan: Ele parou.

Sn: Deve pegar as coisas dele no apartamento.

Dan: O que quer fazer? Esperar aqui?

Sn: Ele não vai usar o seu carro para sair, vai arrumar um outro.

Dan: Então temos que descobrir qual.

Sn: Você espera aqui, assim que eu descobrir qual é o carro eu volto para te avisar.

Dan: Não gostei dessa ideia.

Sn: Eu sei disfarçar minha presença melhor que você.

Dan: Não lembro de nenhuma vez que você tenha fugido do hospital sem ninguém te ver...

Sn: Dan todo mundo te viu sair, mas ninguém tem paciência o suficiente para te contrariar.

Sn: Me espera aqui.

Abro a porta pulando para fora do jeep e indo até o hotel. Fui pelas escadas para não dar chances de Jake me ver.

Ou era o que eu pensava.

Meu corpo foi puxado e imprensado na parede, apesar da mão ter impedido de minha cabeça bater contra o concreto, senti o impacto no restante do meu corpo.

Jake: Está me levando muito na brincadeira, amor. — ele disse naquele tom provocador e ameaçador. Seus olhos cravados nos meus, preenchidos por raiva pura.

Sn: Não vou te deixar ir outra vez.

Sn: Você prometeu... Prometeu que nunca ia me deixar.

Sn: Isso não deixa de ser válido só porque estou doente, Jake. Está me abandonando de qualquer jeito.

Jake: Algo a mais para dizer antes de eu te desmaiar e deixar na nossa cama?

Eu não tinha muita opção né? Então...

Me atirei em seus lábios me apertando nele e em sua boca. Jake quase se desequilibrou e bateu as costas na grade das escadas, se eu jogasse ele daqui ele não poderia ir embora, né? Até que seria um bom plano. Para a sorte dele, ele trocou nossas posições, e me deixou sentada na grade e na altura dele retomando meus lábios novamente com mais ferocidade, tomando eles para si como um dono de algo faria, e se tem alguém que é a porra do dono da minha boca, é ele. Apenas ele.

Seus braços me seguravam com força para que eu não caísse para trás, me mantendo presa em seu corpo, o qual eu sou dona. Apenas eu.

Nos separamos por fim do beijo, o ar fez falta e nossos olhares estavam fixos, apenas se expressando sozinhos por si só. Envovi seu pescoço o abraçando com força.

Sn: Não me deixe de novo...

Jake: Ah Sn, se soubesse o quanto estou disposto a te proteger, não perderia seu tempo ficando brava comigo.

Minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto, rolando pela pele até caírem na camisa dele, percebendo, ele se afanta do abraço para me ver, seus olhos azuis me confortam junto com seu maravilhoso sorriso. E então, enxuga minhas lágrimas, parando sua mão em minha bochecha e inciando um carinho, sem desfazer seu sorriso em momento algum.

Meu hacker Where stories live. Discover now