O acordo

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Sn on

Acordo ainda tonta e me sento. Eu ainda estava no quarto, mas agora meu pai estava aqui perto de mim perguntando como eu estava. Quando minha visão voltou ao normal, pude ver o hacker mais distante me olhando preocupado.

Me levanto para ir até ele mas meu pai puxa meu braço.

Kyle: Não.

Sn: Não se meta.

Kyle: Ele quase te matou, se eu não me metesse você estaria morta agora.

Vejo Jake se virar de costas e passar as mãos pelo cabelo nervoso.

Me desvencilho do meu pai e vou até Jake, que recua quando eu chego perto dele.

Jake: Não chega perto de mim, Sn. — ele fala com lágrimas nos olhos. — Eu não quero te machucar.

Sn: Você não fez por querer, não foi sua culpa.

Ele balança a cabeça negativamente, foi quando percebi seu olho roxo.

Sn: Você bateu nele?! — pergunto me virando para meu velho.

Kyle: Bati. E vou matá-lo se ele encostar em você novamente.

Sn: Não foi culpa dele. Não tem o direito de bater nele por algo que ele não controla.

Kyle: E ele não tem o direito de encostar na minha filha por um trauma não superado.

Sn: Olha quem fala... — digo cruzando os braços.

Kyle: Não confunda as coisa, Sn. — ele fica bravo. — Eu nunca, nunca encostei em você.

Sn: Sóbrio não. — a expressão dele muda.

Sn: Ou você realmente acreditava quando a mãe dizia que as marcas que pareciam no meu corpo eram de tombo?

Kyle: O que está dizendo?

Sn: Nunca mais encoste no Jake de novo, é isso que estou dizendo.

Termino aquele assunto que estava me deixando completamente desconfortável pelas lembranças que me trazia

Me viro para Jake e pego seu rosto, percebo que ele evita me tocar e suas mãos estão trêmulas.

Sn: Está tudo bem.

Jake: Não... Não está.

Sn: Jake.

Pego as mãos dele e as levo até meu rosto, uma lágrima cai dos olhos dele quando suas mãos tocam minha pele. Seu polegar faz carinho em minha bochecha.

Jake: Me perdoe...

Sn: Não foi sua culpa, meu amor.

Abraço o homem puxando sua cabeça para meu ombro e a outra mão afaga suas costas, ele me envolve com força.

Sn: Pode nos deixar sozinhos, pai? — pergunto um pouco rude dando ênfase no "pai".

Kyle me encara um pouco com uma cara de descontentamento o qual foi respondido com meu olhar firme e decidido, ele então se retira e fecha a porta atrás dele.

Sn: Nós vamos embora, ok?

Jake: Você não quer ver sua mãe? — ele pergunta com a voz abafada pois ainda estava com o rosto afundado em meu ombro.

Sn: Estou mais preocupada com você. Esse lugar não está te fazendo bem.

Jake: Não tem nada a ver com o lugar.

Sn: Tem sim.

Ele não disse, mas o ambiente lembra um pouco a base do governo onde ele estava preso, e ele só não disse nada para não me influenciar a ir embora.

Meu hacker Où les histoires vivent. Découvrez maintenant