Intimidade

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Acho que fazia uns cinco minutos que Spencer estava com as mãos na cintura. Esperando, segundo ela, que eu também cumprisse minha parte da tal aposta.

Dançar com ela.

Quer dizer, sambar com ela. Que na minha percepção era algo que ia além da dança, além do que era um coisa a qual eu tinha total certeza de que não era capaz de fazer.

-Eu ganhei. Você paga a aposta, Spenc.

Falei ainda sentado na cama, as costas apoiadas na cabeceira e os pés cruzados em cima um do outro.

-Mas eu quero que você venha até aqui pra eu te ensinar.

-Você dança um pouco pra eu ver os passos e depois eu vou.

Pisquei, ganhando um rolar de olhos que me fez rir.

-Você é tão teimoso!

-E você é tão gostosa!

Pela carinha que ela fez eu contabilizei:

1 × 0 pra mim.

-Okay. Vou escolher a música.

Enquanto ela olhava o celular eu fiquei onde estava, reparando o quanto seus olhos são grandes e expressivos. O quanto uma de suas sobrancelhas se eleva enquanto ela fica concentrada.

-Achei! Presta atenção, vou querer uma dança particular também.

Ela me fez rir com esse comentário.

-Se você se sentir satisfeita com uma dança ridícula qualquer eu posso fazer com certeza. Mas se exigir qualidade...

Perdi qualquer capacidade de pensar quando a música começou e Spencer começou a sambar na minha frente. Seus movimentos eram uma mistura de graciosidade com sensualidade.

O quadril remexendo de um lado pro outro enquanto ela girava e rebolava. Meu sorriso foi se abrindo enquanto seus braços se remexiam no ritmo também.

-Agora vem aqui!

-Eu não vou saber fazer isso.

Afirmei me colocando de pé a sua frente. Spenc sorriu, virando a bunda maravilhosa na minha direção e esfregando em mim enquanto descia até o chão rebolando lindamente.

Puta que pariu.

Acho que alguém aqui tinha se animado a dançar também.

-Anda, Z! Você prometeu.

Comecei a me remexer com as mãos em sua cintura. Ela sambava e ria da minha falta de desenvoltura.

-Acho que é melhor você só olhar mesmo, porque desse jeito vai acabar arrancando meus dedos.

Spenc parou meu remelexo ridículo e me empurrando pelo peitoral, me sentou na beirada da cama.

-Eu me esforcei, Spenc! Mereço um desconto.

Me fingi de ofendido e ganhei um carinho no rosto.

ON FIREWhere stories live. Discover now