[+18] O caminho de Aron Boorman e Lunna Moore se cruzam das formas mais inesperadas possíveis.
Um homem rude, calejado pela vida, guardando um segredo e disposto a fazer o que preciso for para cumprir sua missão.
Uma garota rica, rasa e com um pod...
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De longe, a vejo sorrindo - com os cabelos esvoaçantes, sentada na janela do meu carro. Seus olhos de gata não fazem questão de me procurar, mesmo que os meus estejam vidrados nela. A chamo, mas sou ignorado. Ela me vê, me ouve, mas não me oferece atenção.
— Como você ousa? — grito para ela, raivoso — Como ousa ser feliz, quando você é o motivo de todo o meu sofrimento?
— Aron, meu querido, te avisei que eu seria sua ruína... — sussurra, sorrateira, enquanto volta a se sentar no banco ao meu lado — Eu destruo tudo que toco. Não seria diferente com você! É o meu destino. Eu fui criada pelo mal!
— Por que está fazendo isso? — pergunto e ela sorri, maldosa — Por que gosta de me ver sofrer, quando tudo que eu fiz, foi para tentar ajudá-la? — pergunto. Ela me encara, misteriosa.
— Acabou o tempo, meu bem! Está na hora de acordar... — diz, passando os dedos levemente em meu rosto.
— Não. Me escute! — peço.
— Adeus, Boorman! — sussurra, enquanto deposita um beijo em minha bochecha. Tento segurá-la, para que não vá, mas já é tarde.
Desperto, envolto de suor; em um salto. Olho para todos os lados e o sol já está nascendo. Mais um dia começou e de novo, acordo com mais um sonho perturbador! Levanto-me da cama - sem muita pressa e me visto. Sei qual será o meu destino hoje e não fugirei mais dele!
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Entro numa sala fria, escura e impessoal. É a décima vez que me vejo sentado nessa poltrona de couro, de fronte para a loira de óculos e terno. O silêncio apavorante não tem tanto espaço, dessa vez.
— Vamos tentar novamente, certo?
— Sim. — respondi, frio.
— Irá colaborar?
— Prometo tentar! — respondo.
— Então vamos do início. — define — Como se chama e o que faz?
— Meu nome é Aron Boorman e sou comandante de um dos batalhões do FBI.
— E por que veio até meu consultório, Aron? — insiste.
— Lunna Moore! Ela é o motivo de eu estar aqui.
— E quem é ela? — me encara — Sua namorada? — me nego a responder. A loira acena em positivo, não repetindo a pergunta; notando que ainda é delicado demais — O que Lunna Moore representa para o senhor?
— Não sei dizer.
— E o que sente por ela?
— Ódio! — sou certeiro — Eu a odeio! — falo, com raiva.
— Odeia mesmo?
— Eu a odeio como eu nunca odiei ninguém em toda a minha vida! — começo — E eu já odiei várias pessoas, se serve de paralelo.
— O que você odeia nela, exatamente?
— Eu odeio as lembranças. — cito — Odeio o cheiro, odeio o que ela causou em mim. Odeio tudo que me lembre aquela menina... Ela me destruiu, me arruinou!
— Lunna te fez tão mal assim, Aron? — aceno em positivo, irado — Você ainda tem pesadelos com ela?
— Todas as noites. — suspiro — Com ela e com o nosso bebê!
— Me diga como ela é! — suas palavras são como facas. Devo ter parecido receoso, pois ela parece tentar me convencer — Sou sua psicóloga. Deve confiar em mim! Caso contrário, não poderei te ajudar. — não confio nela, mas não desconfio também. Ultimamente, não sinto muitas coisas.
— Lunna é astuta, mimada, mentirosa e manipuladora. — começo — Sempre consegue o que quer; a qualquer custo! Ela é forte, geniosa, destemida e é a mulher mais linda que eu já conheci em toda a minha vida.
— E o que te faz a odiar tanto?
— Ela foi a única pessoa no mundo que conseguiu partir meu coração. — confesso.
— E como ela fez isso, Aron? — tremo, suspirando.
— Foram tantas vezes... — suspiro, cansado.
— Me diga a pior de todas! — sugere — Como Lunna Moore conseguiu quebrar seu coração?
— Quando o dela parou de bater. — e pela primeira vez em meses, lágrimas escorrem dos meus olhos.
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