A mafiosa do amor

29.

O dia amanheceu num friozinho leve em Catania/Itália, Marília levantou e decidiu por tomar um banho quente e se agasalhar, a loirinha ainda estava confusa com tudo.

Ela tomou seu banho com o pensamento em Maraisa, deveria ter dito a verdade para ela, deveria ter gritado por ela.

Mas apenas respirou fundo e se lembrou de como Bárbara a ajudou naquele dia, e estava segura agora.

Depois de estar pronta, saiu só quarto e seguiu para a cozinha do apartamento luxuoso da Italiana, Bárbara trajava um conjunto de moletom e sorriu ao ver a loira, e a chamou com a mão.

- Fiz chocolate quente! - Labres disse sorrindo.

O que fez a loira sorrir também.

- Obrigada. - a loirinha sorriu se sentando.

- E adivinha? Fiz torta de maça também. - A italiana falava animada.

A loirinha acabou rindo da empolgação da morena.

- Muito prendada. - disse esticando o prato para Bárbara servir. - Eu vou poder falar com a Maraisa hoje?

Bárbara respirou fundo e bebeu um pouco de seu chocolate.

- Eu não sei, é muito perigoso. Ela pode aparecer aqui e gerar uma guerra. Eu já disse para você, assim é melhor. - disse sorrindo compreensiva.

Marília respirou fundo e se levantou olhando pela janela.

- Eu sinto falta dela, o que seu irmão me fez escrever foi duro, isso porque eu ainda mudei algumas coisas. Ela deve estar tão triste. - bufou. - Preciso falar com ela, vou ligar para ela.

Marília entrou correndo e pegou sua bolsa procurando o celular mas não o achou.

- Desculpa, Marília, eu precisei sumir com ele quando te resgatei no aeroporto, a Maraisa poderia te rastrear e ela aqui na Itália seria um caos, se iniciaria uma guerra. E temos que conversar, eu estive com seu pai, ele me contou umas coisas... - Marília engoliu a seco. - Precisamos conversar...

A loira virou rápido para encarar a mulher que estava alí perto.

- Com meu pai? O que ele te disse? Ele mente! - disse nervosa.

Bárbara respirou fundo e sorriu de lado e esticou a mão para a mulher.

- Calma, querida... venha aqui, nós vamos conversar.

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- A Nancy traiu você, querida, ela se deixou ser subornada pelo Bio e nós conseguimos localizar Marília na Itália, achei que você quisesse saber. - Almira disse pelo lado de fora da porta, respirou fundo e desceu as escadas.

Bruno conversava com Marcos. E Ruth estava chorando silenciosamente no canto.

- Ei, não precisa ficar assim, sua filha vai ficar bem. - Almira disse se aproximando da mulher que a abraçou. - Venha, vamos até a cozinha. Farei algo para você beber.

As duas mulheres seguiram para cozinha.

Enquanto isso a conversa entre os dois homens continuava.

- A minha teoria é que talvez Mário esteja por trás disso. - Bruno disse.

Marcos riu.

- Besteira, ele sabe que não tem força suficiente para vir contra mim.

- Exato, e é por isso que ele correu atrás da mafia Italiana, é uma máfia forte e traidos são piores. - Bruno disse.

- Mas não o traímos. - Marcos disse nervoso.

Bruno riu e se encostou no sofá.

- Mas enganamos a eles, fizemos eles participarem de um casamento que não era real, e nos levantamos contra o casamento de Bárbara e Maraisa para juntar forças com eles. - Marcos ouvia atentamente seu sobrinho. - Se Mário contou algo, eles vão vir com força total e muita raiva, precisamos estar prontos.

Marcos fechou a mão em punho, estava furioso.

- Precisamos evitar isso, seria um mar de sangue.

Os dois começaram a pensar em como evitar o que poderia acontecer.

- Eu posso ir até a Itália e tentar ver o que está acontecendo. - Bruno disse olhando para o tio.

Marcos ia responder mas foi interrompido antes mesmo de começar a falar.

- Prepare o jatinho, eu vou para a Itália.

Maraisa disse descendo as escadas em um terno perfeitamente passado e o cabelo completamente arrumado.

Quem descia as escadas não era qualquer pessoa.

Era Carla Maraisa Perreira, a chefe da Máfia Mexicana.