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" Maraisa,

Eu preciso partir sem ao menos te dizer tchau, adeus ou um até logo, mas a vida é isso, temos que fazer nossas escolhas e, como você me disse: a vida nos obriga a escolher caminhos que não podemos levar todo mundo... Sinto muito mas não tenho nenhum sentimento que não seja o do desejo de que você seja.

Foi muito maravilhoso ter te conhecido, ter você ao meu lado, fico pensando e lembrando de cada minuto que ficamos juntas, as coisas que compartilhamos, os lugares que fomos, tudo o que falamos, o carinho e a amizade.

Você é uma pessoa incrível, não esquece disso. Sinto muito por tudo, mas com você não é o meu lugar. Fica com essa foto nossa no baseball.

P.s : Guardarei você em minhas lembranças, saiba que um pedaço de você está em mim.

Atenciosamente,

Marília Mendonça"

Três dias se passaram e Maraisa não havia saído de seu apartamento, mas hoje foi chamada pelo pai e muito a contra gosto levantou-se e foi já que se tratava de algo urgente.

Uma camisa social vinho dobrada até o cotovelo, os dois primeiros botões abertos e uma calça jeans branca, nos pés um tênis branco, óculos escuros e seu cabelo levemente bagunçado.

Entrou pela porta de casa e viu seus pais e uma senhora sentados.

- Filha... - Almira disse chocada analisando as roupas e cabelo da filha.

- Maraisa, que modos são esses de se vestir? - Marcos questionou irritado.

- Não enche... - Bêbada... estava bêbada.

A senhora que ali estava foi em direção a ela e lhe desferiu um tapa forte a fazendo tirar os óculos e os seguranças de aprixamarem, mas a própria Maraisa os impediu.

- Cadê ela? O que você fez com ela? - a mulher dizia já chorando. - Cadê a minha filha? Cadê a Marília.

Perreira riu sem humor.

- O que eu fiz com ela? - riu seco mais uma vez e encarou sério a mulher. - Disse que estava apaixonada por ela, e ela me deixou.

Disse subindo as escadas deixando todos ali chocados.

- Marília sumiu faz três dias, filha... - Almira disse do pé da escada.

A mulher parou.

- Procura com a Bárbara, deve tá com ela. - se virou e olhou para os seguranças e de novo para o pai. - Ou interroga esses idiotas, a esposa da chefe como vocês dizem some e ninguém sabe nada? Deixa de ser babaca, um monte de traídor movido a dinheiro, igual você.

- Olha como você fala comigo. - Marcos alertou.

- Tanto faz, manda uma garrafa de whisky para meu antigo quarto, vou estar muito ocupada o dia inteiro fazendo nada. - riu e continuou subindo.

Marcos sentou e as duas mulheres também.

- Nunca vi a Maraisa assim. - Almira disse.

- Eu só quero saber aonde está a minha filha. - Ruth disse.

- Senhora Mendonça, eu acreditava fielmente que ela e Maraisa estavam juntas esses três dias. - Marcos disse respirando fundo. - Pode me dizer calmamente e claramente o que Mário disse?

A matriarca dos Mendonças assentiu respirando fundo.

- Depois que Marília veio para cá e começou a ligar só para mim, ele todo dia ficava alheio ao mundo repetindo que tinha perdido a princesa dele, então ele recebeu uma ligação estranha. - a mulher parecia pensar - Eu não me lembro de quem e saiu dizendo que faria a coisa a certa. E então um homem, acho que Luiz o nome. - Marcos assentiu. - Me procurou para poder falar com Marília pois a mesma não estava no méxico e eu estranhei, então decidi vir para cá.

- Luiz então sabia que Marília não estava no méxico? - Marcos questionou confuso.

Um barulho foi ouvido e Almira subiu para ver a filha. Maraisa sempre teve picos de estresse e quebrava coisas.

Quando Ruth assentiu, o poderoso Perreira pegou seu telefone e entrou em contato com Bruno.

Ligação on

- Senhor... - a voz de Bruno foi ouvida.

- Pretendia me contar sobre o desaparecimento da minha nora?

- Na verdade, não. Eu procurei por Maraisa quando me informaram dela saindo num jatinho particular, mas nada dela, então comecei resolver sozinho e tentar ter algo concreto para aí sim lhe procurar.

- Temos algo?

Bruno riu.

- Na verdade, temos. E o senhor vai adorar saber.

- Venha para cá.

Ligação off

- Ela está realmente mal. - Almira disse descendo as escadas triste e marcos foi até ela.

- Ela é forte, não se preocupe.

Ruth revirou os olhos.

- Almira, sua filha está sentindo a dor de uma rejeição é normal isso, mas ela ficará bem porque vamos resolver tudo aqui fora enquanto ela sofre no seu mundo.

Almira sorriu e se sentou ao lado da mulher.

A mafiosa do amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora