07. one king dies, another is born

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Bom, duas. Lyarra parecia satisfeita em não receber cartas e propostas de casamento, não quando todos na corte sabia das intenções de Laerys Velaryon em tomar para si a mão da garota Stark em casamento. O jovem de Driftmark não possuia vergonha alguma de mostrar sua preferência pela lady de inverno, entregando-a flores de todos os tipos e a levando para voar com ele nas costas de sua dragão fêmea, a imensa Bryax.

── Aproveitem o passeio, minhas amigas ── ela sorriu ao responder, vendo a alegria selvagem de Lyarra ao ser ajudada a subir na grande fera pelo jovem lorde. ── E eu tomaria cuidado em seu lugar, Laerys. Temo que Lyarra possa tentar roubar de ti a tua montaria.

O príncipe, um homem crescido no auge de seus dezoito anos, riu em direção à prima, muito embora seus olhos violetas ainda se mantivessem presos no brilho feroz que a nortenha carregava. Ele dispensou os cuidadores de dragão, dando impulso com um dos pés na sela e subindo sobre a besta que reinvindicara para si na infância. Laerys olhou de um lado a outro, tendo o cuidado de se certificar de que os criados e sua irmã Valaena estavam longe demais para ouvir o que diria.

── Minha amada prima, conheces sua dama tão bem quanto eu ── ele mantinha no rosto um sorriso galanetador, enquanto Lyarra ria ao já suspeitar do que o noivo diria. ── Por quais motivos a minha senhora cometeria a atrocidade de tal ato? Lyarra não é tola, ela sabe que me manter vivo é mais vantajoso. Minha esperta lady sabe que ter dois dragões para montar é melhor do que ter apenas um.

Visenya riu de tal resposta imprópria, a Stark a acompanhou na gargalhada, um tapa fraco e sem intenção de machucar sendo deixado nos ombros largos do, por enquanto, apenas amigo. A princesa Targaryen poderia apostar que o primo apenas esperava pelo aniversário de dezesseis anos da Stark para oferecer-lhe o matrimônio.

── Tenho receio de perguntar aos três idiotas qual o motivo do riso ── Valaena disse, já presa a sela de seu dragão, a expressão falsamente desgostosa. ── Até mais tarde, prima. E quanto a vocês dois, lhes desejo sorte se quiserem me alcançar.

Dito isso, o ar estremeceu a sua volta, as asas do dragão se abrindo enquanto tomava impulso. Logo a outra fera se juntou no céu, e Visenya pode observar de seu lugar ao chão as duas magníficas criaturas tomando os ares e cruzando entre as poucas nuvens no céu claro de King's Landing. Mesmo a distância a princesa conseguiu ouvir a risada dos três amigos e as afrontas que lançavam uns aos outros.

Diferente do que disse aos três que faria, Visenya não voltou a Fortaleza Vermelha, pelo contrário, seguiu seu caminho e adentrou cada vez mais no interior escuro e úmido do fosso dos dragões. O cheiro características de carne queimada e cinzas a agradava mais do que seria comum, qualquer outro nobre sentiria ansias por apenas respirar o ar lúgubre. Mas não ela, não a Targaryen que nascera entre cinzas e fogo. Seus pés puseram-se a caminhar pelo caminho que lhe era tão familiar, os olhos nunca distantes de cada uma das baias onde dragões de todo as as idades, cores e tamanhos se mantinham presos a espera de seus montadores.

Visenya jamais seria rainha. Mesmo seu irmão sendo nomeado herdeiro pelo Conselho de Harrenhal, as chances dela própria ter um lugar na sucessão eram tão inexpressivas que beiravam à inexistência. Mas se a coroa algum dia repousasse em sua cabeça, decretaria que aquela aberração de paredes e correntes fosse destruída e que, em seu lugar, os dragões voassem livres pelos céus independentemente se possuiam ou não um Targaryen em seu lombo.

Dragões não eram como cães de estimação, tampouco poderiam ser tratados como singelas montarias de guerra. Eles eram poderosos e belos, grandes e velozes e dignos de adoração. Eram, de todas as formas, divinos. Celestes em cada escama e chifre. Uma prova viva do poder que o império valiriano tivera em seu auge e a promessa de que aquele continente, mediocre em comparação ao antigo lar dos Targaryen, algum dia poderia alcançar tal glória. Ela comentara com o avô suas opiniões sobre aquele fosso maldito, sobre como a prisão de seus companheiros, seus iguais, em celas minúsculas era uma mácula as suas raízes.

𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃, daemon targaryenحيث تعيش القصص. اكتشف الآن