𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃, daemon targaryen

──── 𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎

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doce donzela,

cavaleriro vil

Por entre os corredores longos da fortaleza de Porto Real, corriam boatos de que Lorde Lannister certa vez havia sido transformado em eunuco por uma meretriz da Baixada das Pulgas. Dito boato recebia novas informações e novos detalhes na boca de cada criado a contar essa história. A lavadeira diria que a meretriz usara uma faca de pão, enquanto o padeiro diria que a arma do crime foram seus próprios dentes, outro guarda qualquer afirmaria, com completa certeza, que essa era uma enorme mentira ── de fato ele estava muitíssimo convicto ao afirmar que a mulher sequer possuia os dentes da frente para tal atrocidade. Havia outra aia, no entanto, que jurava de pés juntos que a messalina fora paga para tirar dele o seu orgulho. Por quem?

Daemon Targaryen, claro.

Sendo reais os boatos ou não, Sor Marcell ganhara do rei aquela que seria considerada a maior das honrarias oferecidas a um homem da corte, honraria a qual nobres de todo o reino e além dele fizeram questão de presenciar. Ninguém acreditava na veracidade do noivado entre Marcell Lannister ── cujo único atributo notável era o cofre cheio de ouro e prata ── e a bela Visenya Targaryen. Dizem-se as más línguas que quando sua alteza entrara no grande salão, trajada no vermelho de sua casa e exibindo no manto o dragão de três cabeças, não apenas um, mas vários senhores suspiraram em desprazer ao ver a figura do noivo e o invejavam por não estarem em seu lugar. Alguns, dizem as más línguas, peitiram-se derramar lágrimas pela donzela.

Fosse como fosse, ao fim do dia Visenya Targaryen tinha um leão dourado bordado em seu manto, um casamento abençoado pelos deuses e pelo rei. E, principalmente, um amante mais que disposto a fazer aquilo que seu marido jamais poderia fazer: consumar o lucrativo casamento.

E quem seria o cavaleiro capaz de tal ato de traição vil?

Oras, Daemon Targaryen, claro.