Prazer em te conhecer

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- Como você está, Mark? - questiona Ben.

- Como você acha que estou, Ben? - pergunta com um tom de deboche.

Benjamin sorri com o deboche e entrelaça os seus dedos, apoia seus dois cotovelos sobre a mesa e leva suas mãos na frente de seu rosto as apoiando em seu queixo.

- Acredito que o seu deboche ou a sua rispidez seja uma forma de se proteger, acho que está se perguntando o motivo de um amigo antigo da sua mãe querer te conhecer do nada. - Ben diz olhando nos olhos de Mark. - Mas posso estar enganado, mas acho que você não está bem, foi uma grande perda.

- Você é bom em palpites. - comenta Mark olhando para seu prato.

- Eu costumava ser melhor com a sua idade. - fala dando de ombros e voltando a comer. - Depois eu preciso conversar com você, de preferência a sós.

- E o que te faz pensar que eu quero conversar com você? Eu não te conheço, não lhe devo nada. - fala Mark ríspido.

- Você é menor de idade, a probabilidade de ir para um orfanato é mais de 90% acredito que você tenha consciência disso, estou correto? - pergunta Benjamin olhando.

- Sim. - responde Mark desanimado.

- Eu tenho uma proposta pra te fazer, uma chance de 50% de você não ir para um orfanato, eu no seu lugar aceitaria minha proposta. - fala Ben tentando negociar com o garoto.

- Acho... - Mark suspira. - Acho que podemos conversar. - confirma.

*

Depois que todos haviam almoçado, Anthony permaneceu na cozinha mas para dar mais privacidade para Benjamin e Mark, pediu ajuda para Tyler e Alec o ajudarem a arrumar a mesma, Tyler no começo negou mas após um olhar de repreensão de Alec ele aceitou e decidiu os ajudar a arrumar a cozinha.

Benjamin caminha com Mark ao seu lado até o escritório de Anthony, Ben abre a porta para o mesmo que entra sem questionar, ao entrar Mark vê uma quantidade imensa de livros, um mini sofá, uma poltrona, uma mesa com um notebook em cima. Ele observa Benjamin se sentar na poltrona e em seguida ele caminha até o sofá e se senta no mesmo, ele cruza os braços sobre seu peito e fico encarando Benjamin.

- Pode falar. - fala Mark sendo direto.

- Primeiramente eu gostaria de dizer que Agnes sempre foi uma mulher incrível, uma linda mulher e é uma pena o que aconteceu com ela, meus pêsames, eu gostaria de ter conversado com ela antes de sua partida, se eu soubesse da primeira overdose dela com toda certeza eu a teria visitado, gostaria de ter te conhecido antes também, Mark. - lamenta Ben.

- Você está divagando. Olha, seja mais direto.

- Eu entendo toda a sua frustr... - Mark o interrompe.

- Não, Ben, você não sabe como eu me sinto. - Mark suspira cansado. - Ninguém sabe como eu me sinto, eu vejo vocês se aproximando de mim, querendo ajudar, tentando conversar comigo, mas onde vocês estavam quando ela precisou? Quando tudo começou? Por que se afastaram da minha mãe? Se ela era tão incrível como você mesmo diz, por que se afastou dela?

Sua fala atinge Benjamin como uma faca.

- Eu ter me afastado da sua mãe não muda o fato de que ela foi muito importante na minha vida, não apenas na minha vida, mas na vida de Anthony, Thomas e da Ellen. Eu imagino que seja difícil mas você não está sendo justo conosco.

- Eu não quero ser justo, eu só quero que todos me deixem em paz e parem de jogar esse olhar pra mim.

- Que olhar?

- De pena.

- Eu não tenho pena de você, Mark. Na verdade eu sinto muita admiração por você, eu acredito que tenha sido muito difícil ter que passar por toda situação que você passou, eu gostaria de estar lá pra te ajudar.

Meu Melhor ErroWhere stories live. Discover now