Eu sou uma assassina?

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Suzune Horikita respirava forte, ainda segurava o pedaço de madeira o sangue escorria por ele...

Horikita quase presenciou um assassinato e agora achava que ela era a assassina...

Suzune Horikita

Por algum motivo o sobrenatural sempre a atrairá, vampiros especialmente.

O conde Drácula interpretado por Luke Evans era o seu favorito, sempre que se refugiava nesse mundo quando a ansieda e a tristeza ameaçavam tomar conta dela, esse universo era mais do que fantasia, fasia parte de quem ela era.

Ter 17 anos não é fácil, você não é criança, mas também não é adolescente e muito menos adulto. É difícil entender o que você quer se todos a sua volta tem tanta expectativas sobre um futuro que você nem ao menos sabe se deseja.

Por várias vezes desejou ser Elena Gilbert para que Demon Salvatore a liberta-se de sua rotina demoníaca.

- Aonde está Manabu Mãe? - perguntou Suzune servindo- se do café da manhã.

- Teve que ir mais cedo, coisas do Conselho estudantil. Aliás, o que pretende fazer?

Suzune fingiu não entender e continou comendo como se não tivesse ouvido.

- Eu sei que você sabe do que estou falando - falou Sae colocando a mão na cintura e encarando a filha.

- Ah - suspirou Suzune - eu não sei se quero...

- Suzune Horikita, todos nós sabemos que você é um pródigo, se entrar para o conselho estudantil você pode até se tornar uma presidente melhor que seu irmão. - Sae parecia estar cansada daquilo, de ver sua filha desperdiçando tanto potencial. Isso parecia estar sub entendido em cada gesto que a mãe de Suzune fazia.

- Tá já entendi - respondeu Suzune jogando as mãos pro ar - tô indo nessa.

Era sempre a mesma coisa, Suzune você é isso, você é aquilo. Precisa fazer isso, precisa fazer aqui. Parecia que ela era uma pessoa que só tinha obrigações e nenhum direito! Odiava Manabu por propor sua entrada no conselho estudantil e o odiara ainda mais por contar isso a sua Mãe, por causa dele, Suzune estava sendo mais precionada do que nunca.

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CRACK

Suzune olhou para o galpão abandonado de onde viera o barulho, normalmente ela ignoraria e seguiria caminho, mas Suzune ouviu vozes e algo lhe dizia para ir ver o que estava acontecendo.

Horikita começou a andar a passos muito bem calculados para não fazer barulho, por trás de uma caixa grande de madeira Suzune viu um cara tentando matar um garoto que parecia ter a sua idade e Então...

Bam

Com um baque surdo o corpo do homem caiu em cima do garoto, Suzune piscou e percebeu que batera no cara com um pedaço de madeira, ela a soltou horrorizada, mas...

Ótimo, além de terem minhas digitais vão ter a marca certinha das minhas mãos.

O garoto retirou o cara de cima de si como se fosse um simples saco de batadas, levantou-se e começou a bater o pó da roupa.

- E-ele está... ? - a pergunta morreu em seus lábios.

- Não, você não é uma assassina - a voz profunda e sem emoção do garoto fez Horikita arrepiar dos pés a cabeça. - Aliás, muito obrigado. Se não fosse por você eu estaria sem cabeça agora - agradeceu o garoto passando a mão no corte que havia em seu pescoço. Corte esse que sumiu quase que instantaneamente deixando apenas um rastro de sangue, a única prova de que o corpo fora maculado.

Blood For Blood (COTE)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora