𝐆𝐎𝐃 𝐈𝐒 𝐀 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍 ৎ୭ denji『chainsaw man』

˚. ꗃ Entrevistas.

Oii, queria dizer que já tenho a história toda planejada na minha cabeça e eh isto. Espero que gostem C:

Capítulo não corrigido. Boa leitura e até sábado que vem <33

─── TRÊS.

愛

Que demônios são a personificação do medo das pessoas todos já sabem, mas quando o medo não é forte o suficiente, o Demônio acaba não sendo também. Por isso, alguns deles se alimentam de sangue ou fazem pactos.

─ Que chato. ─ Denji bateu a cabeça contra a mesa. ─ Precisamos mesmo de tudo isso? ─ Ele perguntou à Yoshida após rabiscar todas as folhas de um caderno velho.

─ Não sabemos com o que estamos lidando. ─ O moreno disse calmamente. ─ Sabemos que é bastante forte por conseguir atingir uma sala inteira de garotos ao mesmo tempo.

─ Forte? ─ Indagou sem olhar para o amigo, digerindo as palavras que ouviu no banheiro há poucas horas atrás.

Yoshida assentiu e voltou sua atenção para o aparelho celular aberto em uma página, talvez pouco confiável, de demônios e seus poderes. Nenhum ali se encaixava exatamente no tipo de criatura que habitava o banheiro masculino, portanto, o jovem chegou a conclusão mais óbvia:

Entrevistar os garotos.

No mais, não seria difícil encontrá-los, visto que a maioria das vítimas eram eles.

─ Nós poderíamos acabar com ela juntos, mas isso faria um estrago enorme. ─ Seu colega comentou de forma solta. Denji fixou o olhar em suas costas enquanto andava um pouco mais afastado. ─ E também não queremos chamar muita atenção.

─ Eu ainda penso que ela não faz mal pra ninguém... Inclusive, eu acho que gostaria de ser uma de suas vítimas. ─ O loiro cruzou os braços, orgulhoso demais para poder concordar com o colega. ─... Só por curiosidade.

Por mais que quisesse mesmo, Denji pensava em manter a saúde do seu corpo em primeiro lugar. Por mais que ele se sinta nas nuvens só de imaginar o que aquele demônio pode ser capaz de fazer, ele não seria capaz de se entregar desse jeito. Contudo, isto seria apenas mais um sonho distante do pobre garoto.

─ Vá em frente. ─ Hirofumi apenas disse com tranquilidade. ─ Talvez você tenha algum efeito colateral diferente. Sei lá.

─ Eu não vou.─ Cruzou os braços.

─ Mudou de ideia tão rápido? ─ Yoshida brincou.

Andando pelos corredores da escola com intenção de ir até o refeitório, os garotos encontraram rapidamente um grupo de adolescentes da sala ao lado. Eles eram os principais afetados pelo demônio estranho que envolvia os seus pensamentos e usufruia de suas energias.

─ Com licença. ─ Yoshida tratou de ser formal para conseguir credibilidade daqueles.

─ O que vocês querem? ─ O mais alto perguntou, pronto para tomar a frente da situação. Ele parecia o líder.

─ A gente quer saber o que vocês sabem sobre o tal demônio, palhaços. ─ Denji não tomou esforços para ser direto. ─ Falem logo!

─ Somos do Clube de caçadores. Estamos providenciando a extinção deste o mais rápido possível. E pra isso, queríamos que nos contassem suas experiências. ─ Yoshida sorriu. ─ Por favor, se puderem contribuir...

Todos os quatro garotos sentados a mesa se entreolharam.

─ Foi bom pra caralho.─ Um deles disse manhoso, orbitava ao relembrar um dos sonhos que teve. ─ Foi com a gostosa do primeiro C.

Denji arqueou a sobrancelha, desviando o olhar para o parceiro.

─ Viu? Eles não parecem chateados.

─ Muito pelo contrário. Nunca me senti tão bem. ─ Completou. ─ Eu recomendo que não matem este demônio, vai acabar com a felicidade de muitos garotos.

─ Acho que isto não será possível.─ Hirofumi contradisse. Denji o encarou assustado. ─Precisamos dar um fim nela. Ela está atrapalhando muitas pessoas.─

─ Não seja estraga prazeres dos outros, nerdzão.

─ Queremos que vocês fiquem bem e esse demônio seja excetuado o mais rápido possível. ─ Ditou. ─ Já o viram pessoalmente?

Todos negaram com a cabeça.

Não podiam negar que os outros estavam em extrema discordância com a ideia de exterminar você. Afinal, que mal tinha um pequeno divertimento para jovens adolescentes que não tinham mais nada pra fazer além de estudar?

Hirofumi agradeceu pelo tempo gasto.

─ Você não consegue sentir ela com os seus sentidos demoníacos?

─ Não. ─ Denji olhou para o lado após mentir. ─Sério cara. Acho que deveríamos parar com isso.

Hirofumi o ignorou e passou direto pelo amigo. ─Aonde você vai?─ Denji perguntou após vê-lo se afastar.

─ Contatar o clube de caçadores. Estamos lidando com algo sério. Caso veja alguma garota suspeita, avise.

O loiro revirou os olhos e permaneceu sozinho no meio do pátio. Denji, no fundo, sabia que a presença do Demônio era, de fato, prejudicial. Mas fisicamente falando, você não está ferindo ninguém. Fora a falta de perigo, quer dizer, você mal podia sair daquele maldito banheiro.

Após o fim das aulas naquele dia, Denji retornou para casa com os pensamentos vagos. Ele não prestava atenção na aula e tampouco estudava, o mesmo acreditava que não precisaria daquilo, de qualquer forma.

Os acontecimentos de hoje eram bastante comuns na vida do rapaz. Nada mais o surpreendia, absolutamente nada. A única coisa que ele não parava de pensar era em você, em como você podia se sentir sozinha após o fechamento do colégio... Denji sabe, como ninguém, o que é se sentir preso e solitário. A diferença era que ele tinha Pochita.

─ Cheguei. ─ Cumprimentou Nayuta com um sorriso ao abrir a porta do apartamento.

─ Denji! ─ A garotinha correu para recebê-lo junto com alguns cachorros.

─ Com fome? ─ Perguntou, tirando seus sapatos e encostando a mochila em algum canto qualquer.

A garotinha assentiu com a cabeça.

Nayuta é a reencarnação do Demônio do controle. Ela foi deixada com Denji para que não siga os mesmos passos de sua encarnação anterior, contudo, o mesmo acabou adotando-a como uma irmã caçula.

Os olhos delas eram os mesmos. Olhos estes que encaravam Denji de longe com uma expressão fissurada. Esboçando confusão, o loiro tombou a cabeça para o lado completamente curioso em relação a Nayuta e o que ela queria.

─ O que foi?─ Ele perguntou por detrás da pia. ─ Algum problema?

─ ... Como foi na escola hoje? ─ A criança aproximou seu corpo para frente. ─ Conheceu alguém? ─ Nayuta perguntava insistente.

Em silêncio, Denji negou com a cabeça. Aquela não era uma conversa relevante, de qualquer forma. Afinal, ela nunca havia perguntado coisas parecidas antes.

─ Você está ficando sozinha demais, não é? Não se preocupe, esse fim de semana podemos ir ao parque. ─ O mais velho sorriu para aconchegá-la.

─ Você sabe do que eu estou falando, Denji.