Quando eu era criança eu tinha medo do escuro
Minha mãe sempre dizia que não havia diferença
Era a mesma coisa, com luz ou sem ela
Sempre senti que precisava de uma luz de presença
Quando eu cresci
Eu percebi
Que havia diferença sim
Quando eu passo mal
Tudo gira e as mãos
Não param de tremer
Eu preciso de quem as segure
De quem me segure e agarre nelas
Me mostre o quanto são belas
Que eu não devia arrancar minhas unhas
Você é minha luz de presença
Quando eu tô escuro você brilha
E me trás segurança
Quando está escuro
Os monstros aparecem
Eles me puxam pra lá
Você me puxa de volta
E diz que vai ficar tudo bem
Como luz na escuridão
Você me trás a razão
Me faz esquecer o motivo por de trás da solidão
Faz bem pra o meu coração
E mesmo que eu tivesse todo ouro do mundo
Eu não seria capaz de lhe agradecer por tudo
Por tudo mesmo
Até pelas vezes que eu te mandei embora e mesmo assim você ficou
Você lutou por mim
Tanto quando eu
A lua sempre vai me lembrar você
De como ela faz com que o vazio pareça insiginificante
De como ela trás luz pra noite
É lindo como você me faz querer seguir a diante
Obrigada, obrigada por ilumirar o caminho
Por ter ficado mesmo nos dias de frio
Queria dizer que eu te amo por isso
Mas você sabe que é por muito mais
— Para a amizade que me ensinou a amar o escuro, a que não se foi mesmo quando as coisas ficaram ruins
YOU ARE READING
Palavras ensanguentadas
PoetryPalavras ensanguentadas é uma coletânea de poemas que eu vou escrevendo ao longo dos meus anos. Eles não são sobre amor, ou se apaixonar. Eles exploram a entranhas da dor. É como um diário de sentimentos, que eu coloco meus maiores desejos e lamento...
