Poema 6|Voltei a respirar

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As vezes quando eu não penso em morrer
Eu costumo escrever
Me trás a alegria de voltar a viver
De madrugada e a cada palavra
Me livra
E me dilui como sumo em pó
Um suspiro
Eu respiro
Talvez ainda esteja vivo

Quem sabe amanhã
De manhã
Seja melhor
Irei esperar o intardecer
Para poder me perder
Eu funciono ao anoitecer
Como um relógio de parede que funciona a pilha

Eu acumulo frustrações
Me sinto perdido
Com se tivesse naufragado em uma ilha
Remenda corações
E a cada palavra, frase, versos
E as vezes estrofes
Me sinto flutuar
Voltei a respirar.

Palavras ensanguentadas Where stories live. Discover now