Capítulo 19 - Vou servir a vocês

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Olá, venerável!

Como foi a sua semana até aqui? Esperou muito (ou temeu muito) por esse dia? Porque eu quase roí todas as minhas garras e precisei contar ratinhos até dormir de tanta ansiedade. Afinal, não é todo dia que a gente tem a honra de apresentar o epílogo de uma novel, não é mesmo?

Embora seja realizador (e um tanto melancólico), é só o começo da jornada de Yusuke, Tetsurō e Zen, e de tantos outros personagens que moram nessa história. Ainda há tanto para contar que este gatinho vai ficar com vocês por muito tempo. Tudo começou em março de 2022 e sabe lá quantos anos vamos andar juntos pela sombra.

Para quem não lembra de como foi o nosso último capítulo...

Zen, Yusuke e Tetsurō têm uma conversa com a Deusa Inari e pedem por sua ajuda para voltarem para casa. Ela dá aos humanos a missão de encontrar o Cravo Solar e a Papoula-do-Dragão para poder desfrutar de um vinho em homenagem ao seu último amor, e só então tirá-los de Makai. Na dimensão de suas mentes e corações, ela alerta Tetsurō a não ser tão ingênuo, e dá conselhos para Yusuke a superar o trauma causado pelo abandono. Enquanto isso, Zen parece finalmente ganhar seu castigo: preso e sem seus humanos.

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Preparades? 🐱

Yusuke e Tetsurō cruzaram olhares pela última vez com Zen quando saíram do templo

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Yusuke e Tetsurō cruzaram olhares pela última vez com Zen quando saíram do templo. Os dois, conduzidos por raposas até a saída; Zen, sendo arrastado contra sua vontade para receber a sentença. A última visão que tiveram dele antes da porta de correr se fechar foi sua pose altiva enquanto Inari se aproximava para julgá-lo de perto e, podiam apostar, conversar em particular também.

O céu em um tom entre o rosa e o laranja anunciava o fim da tarde. Ambos saíram de mãos atadas, mas foram informados haver armas e uma gazebo na baixada por onde chegaram — depois de Yusuke reclamar por ferramentas para sobreviver naquele mundo, já que suas katana e a wakizashi eram irrecuperáveis. A trilha sinuosa, tal qual o sorriso torto daquele que talvez jamais veriam outra vez, contornava rochas pontudas de basalto. O caminho todo de escadarias foi percorrido pelo vento gélido, que repetia ao pé do ouvido de ambos os conselhos inquietantes da Deusa.

Como não havia nada a dizer, olhavam de soslaio um para o outro várias vezes durante a descida. O samurai mantinha o rosto virado para o lado, para cima, para baixo... para todos os cantos, menos para Tetsurō.

Deve ser uma tortura para ele ser obrigado a passar tanto tempo comigo, concluiu o Seki, mordendo os o interior da bochecha.

— Você acha que vamos reencontrá-lo? — perguntou, após limpar a garganta.

— Se os Deuses forem justos, não.

— Quando Inari-sama conversou comigo, no fim... disse que os três precisavam voltar para casa... com você também foi assim?

Pétalas de Akayama [BL]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora