Quando a consulta terminou estávamos os dois com os olhos inchados e muito vermelhos por ter chorado. P'Vee dirigiu de volta para minha casa, durante o caminho trocamos pouquíssimas palavras. Tudo ainda estava passando pelo processo de ser digerido.
— P'Vee gostaria de subir? — pergunto quando o carro estaciona na porta do meu condomínio.
— Você não quer dormir?
— Não, esta tudo bem, P' pode subir.
— Hum, ok.
É a primeira vez de P'Vee visitando meu dormitório. Corro o olho pelo ambiente para ter certeza de que não está muito bagunçado, apesar de saber que não sou uma pessoa naturalmente bagunceira.
— Não repara na bagunça. — digo ao fechar a porta.
— Você é muito organizado... — ele sorri para mim e se vira novamente para observar ao redor.
— P'Vee.. — seguro na beirada da sua camisa com a ponta dos meus dedos — me desculpa — sussurro.
— Você está cansado não? — ele se vira para me encarar — sente-se um pouco. — sou guiado até o sofá enquanto ele diz isso.
— Eu não estou cansado P' — digo mas aceito me sentar.
— Quer comer alguma coisa? Posso pedir ou se tiver as coisas aqui posso cozinhar.
— Não estou com fome. — respiro fundo tentando evitar chorar novamente — P' por favor, diga alguma coisa.
P'Vee não diz nenhuma palavra, mergulhando no próprio silêncio.
— P', brigue comigo, me repreenda, diga que eu sou uma pessoa horrível. — começo a chorar — só diga qualquer coisa, por favor.
Em meio aos meus soluços sinto os braços de P'Vee me envolverem. Me agarro a sua camisa na parte de trás e escondo meu rosto em seu ombro, desabando em lágrimas.
— Shiiii — batidinhas são dadas nas minhas costas como forma de consolo — não chore. Você não pode ficar nervoso, isso não vai fazer bem pro bebê.
— O bebê está ótimo P' — acabo gritando contrariado — eu é quem não estou — continuo quase em um sopro de voz.
— Não fique nervoso. Eu não tenho pelo que te repreender ou brigar — ele continua dando batidinhas nas minhas costas — você é uma pessoa incrível, Mark.
— Não sou. Eu menti pra P', escondi a gravidez e estou tornando a vida de P' mais difícil — continuo chorando — talvez P' nem acredite que esse bebê seja seu.
— Eu sei que você provavelmente teve os seus motivos para não me contar... — seus braços me envolvem ainda mais apertado — você não está tornando a minha vida mais difícil.
— Mas P' está no último ano... criar um bebê não é fácil...
— E você pretendia fazer isso sozinho, né?
— Mas ele é minha responsabilidade — respondo.
— Não só sua. Você não fez ele sozinho — P'Vee diz e rir, posso sentir seu peito se movimentar com a risada contra o meu.
— P' não pensa que eu sou uma pessoa fácil né? — pergunto nervoso — eu posso fazer o teste de DNA quando o bebê nascer, mas eu juro que é seu P' — volto a chorar.
— Ei, não chore — sua voz suave tenta me acalmar — eu confio em você, não preciso de um exame de DNA, eu sei que o bebê é meu. Você não é uma pessoa fácil, nunca pensei isso de você.
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Nós
FanfictionMark, um doce estudante de engenharia, que acredita estar apaixonado por seu sênior P'Bar, acaba se declarando um dia antes das férias e recebe um "fora". Triste com a recusa, o jovem decide se aventurar na noite de Bangkok. Mas algo que não estava...