Youkoso Isekai (AyanoxHori)

Armadilha Dentro Da Armadilha

Kushida

Estou a dois dias procurando uma brecha para pegar Horikita sozinha, mas aquele namorado idiota dela não desgruda e pior, no dia que ela estava prestes a me dizer alguma coisa ele chegou com a quela vadia loira, sério? O que é isso? Uma conspiração. É claro, não tenho como afirmar nada, mas sinto que foi de propósito e se foi...

Crack

Que droga, acabei estragando minha bebida.

- kukuku parece que está com problemas - a voz grave e sarcástica me tira dos meus pensamentos.

Olho para o garoto alto e de cabelos longos e ruivos, o dono da voz. Eu não o conhecia, não era da nossa turma.

O barulho de cadeiras arrastando no chão e passos chama minha atenção, olho apenas para ver Horikita e seu namorado deixando o palette as pressas, provavelmente querendo um momento sozinhos... malditos pombinhos apaixonados, eu os odeio.

- Meu nome é Ryuen e tenho algo a oferecer que pode ser do seu interesse.

Não deixei transparecer meu lado detestável nenhuma vez desde que as aulas começaram, mas algo na voz desse garoto chamado Ryuen parecia fora do lugar.

Horikita Suzune

O final do mês chegou e com ele os tão esperados 100.000 pontos ou talvez não, havia burburinhos e reclamações por toda a sala e especulações sobre eu (Bell) estar certa ou se algo deu errado no sistema.

Ouço alguém perguntar a Kushida sobre o que ela acha, tento não olhar. Passei essas últimas semanas evitando ela, por que? Bell queria que eu falasse o "segredo" por achar minhas habilidades de atuação melhores do que as dela, mas o segredo era tão embaraçoso que preferi adiar, realmente não sei se vou conseguir expor ele sem dar alguma bandeira sobre aquilo ser uma completa farsa.

Chabashira Sae entra na sala a expressão fria e em branco assemelhando-se ao do garoto ao meu lado... por algum motivo bizarro sinto que o conheço a anos e só se passou apenas um mês, se contar com a semana que fiquei "desacordada". Eu nunca acreditei em destino ou vidas passadas, mas... a forma como eu sinto ele é diferente, eu consigo sentir suas emoções, sei quando ele está irritado e até mesmo meio melancólico, sei quando ele está perto ou quando está me observando de longe. Essa conexão é tão boa, mas ao mesmo tempo assustadora e estranha. Eu me pergunto se ele sente o mesmo...ou se isso é coisa da minha cabeça.

Um suspiro alto escapa dos meus lábios e a classe inteira vira para me encarar.

- Está triste por estar certa Horikita? - perguntou Chabashira sensei.

- Na verdade sim - respondi superpreendendo a todos - porque isso significa que tudo isso vai ser muito cansativo, já que apenas eu posso liderar está turma e espero que tenham entendido e cumpram o acordo que fizemos - conclui olhando um a um nos olhos, alguns se escolhiam outros acenaram em reconhecimento e outros pareceram desgostosos, mas sem um sinal muito grande de resistência.

- Hahahaha... é sempre surpreendente te ouvir falar Horikita - falou a sensei ainda com um sorriso sarcástico nos lábios. - Bom já fiz tudo que tinha para fazer e se me permitirem um conselho... eu seguiria Horikita Suzune se estivesse em seu lugar - e fechou a porta atrás de si. Mas apesar de Sae me dar apoio os seus olhos não estavam em mim e sim em Ayanokioji Kiyotaka, isso me fez perceber que ela ainda acha que não sou suficiente. Não, não é isso... ela reconhece meu potencial, no entanto o que ela quer é uma carta coringa, um ÀS para ter certeza de que irá ganhar.

Encontrei os olhos de Ayanokioji e ele entendeu o que aquilo significava, Chabashira Sae atacará ainda hoje.

                                ♤♡♧

Ayanokioji Kiyotaka

O horário de almoço chegou e como esperado Sae chamou-me à sala dos professores, assim que dei alguns passos para longe de Suzune, Kushida veio como se estivesse contando os segundos para me ver longe dela, olhei para Suzune e desejei boa sorte através dos olhos e saí.

Toc Toc

- Pode entrar Ayanokioji.

Entrei e fechei a porta, Sensei apontou para a cadeira a sua frente, sentei e esperei enquanto ela folheava os papéis.

- 50 pontos em história moderna, 50 em economia, 50 pontos em inglês e assim por diante... - Chabashira finalmente parou de folhear os papéis e me olhou, continuei calado - Considencia? - perguntou ela levantando uma sobrancelha.

- Sim, confidências acontecem o tempo todo.

- Você pode até está certo, porém  - ela levantou e chegou mais perto - "considentemente" - ela fez aspas com as mãos - recebi uma ligação do seu pai dizendo "expulse Ayanokioji Kiyotaka" - o que me choca não é a chantagem intrínseca na sua frase e sim a previsão extremamente precisa de Bell, mas tudo bem... dançarei conforme a música.

                                ♤♡♧

É fim de tarde e estamos no meu quarto conversando sobre os acontecimentos.

- Como foi o encontro com a professora - perguntou Suzune enquanto eu terminava de servir-lhe uma xícara de chá.

- Eu aceitei trabalhar para a ela - informei calmamente. Mas Suzune quase cuspiu o líquido que estava em sua boca.

- Você fez O QUÊ? MA..MA..MAS e a tua vida normal? - perguntou ela parecendo que ia ter um infarto.

- Não desisti dela - agora ela parece mais confusa do que nunca - pensa só, se ela achar que as chantagens dela estão dando certo, ela vai fazer de tudo pra nos ajudar, Chabashira não faria isso se eu não "cedesse", ela só ia procurar outras formas de fazer isso e talvez fosse atrás da pessoa que possivelmente me avisou.

- Hummm... pensando a frente como sempre, não é? - Suzune deu um sorriso amargo, por algum motivo ela tem o péssimo hábito de se comparar para mensurar o próprio valor, infelizmente isso só demonstra o quão destruída está a autoestima dela.

- Já falei e vou repetir, pare de fazer comparações injustas, principalmente entre você e uma pessoa que você nem sabe de onde veio. - ela acentiu se recuperando, boa garota - então? Como foi com a Kushida.

Ela pareceu mais animada.

- Eu contei a ela que conhecia o Ryuen de longe e que sou apaixonada por ele e por causa do choque desmaiei naquele dia e você entendeu errado e por isso agora está fingindo ser meu namorado para me proteger, mas não sei como te contar isso. - espera aí, o quê?

- Mas essa não era a mentira que a gente combinou, aliás isso parece muito real. O que diabos você estava pensando? Isso é verdade? - seria uma ótima explicação para o desmaio repentino dela naquele dia...  - Suzune o que você fez?

                                            Continua...     

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