Família

219 34 40
                                    

Vou chegar e dizer que eu vou ficar e é isso, apenas uma frase. É o que eu quero.

Quando Clara se aproximava para falar com Henry que estava conversando com Maria seu telefone tocou, era sua mãe.

- Oi Clara. Tudo bem minha filha?

- Tudo mãe!

- Quando você vem? Estamos com saudades.

Algo mudou no olhar de Clara. Como ela vai deixar seus pais? Sua vida? Sua história? Que tipo de filha ela seria?

- Também estou mãe - Clara falou, mas há algo diferente na sua fala.

- Aconteceu alguma coisa querida?

- Não mamãe, logo estarei aí com vocês isso que importa não é?!

- Tá bem filha quando der liga. Beijos.

Henry desviou a conversa se dirigindo para Clara.

- Oi Henry, oi Maria.

Maria notou na hora que alguma coisa não estava certa, talvez tenha sido os olhos lacrimejando de Clara ou sua voz trêmula.

- Eu já tenho uma resposta. Não vou poder ir Henry. Lamento.

- Poxa que pena. Gostaria muito que fosse você, mas... Maria por favor arrume alguém para em acompanhar então. Não demoro muito para ir para Londres se apresse por favor.

Henry está chateado.

- Desculpe Henry eu... Desculpa é que é complicado.

- Tudo bem, talvez você tenha alguém e lutar contra o coração é impossível mesmo.

- Não é...

Maria interrompeu a conversa.

- Tudo bem querida. Quando você se dispuser a deixar suas coisas e se dedicar a uma coisa nova eu e Henry estaremos aqui tá bem.

Henry saiu decepcionado ele realmente achou que ela iria.

Maria foi atrás de Clara.

- Olha sei que deve ser difícil mesmo. Mas existe um ditado que diz que as oportunidades, as melhores só bate à porta uma vez. Pense nisso.

- A questão é minha família.

- Não sei, mas a vida é sua, né.

Maria saiu e foi até a varanda onde Henry estava lendo.

- Ficou realmente chateado.

- Com o que?

- Henry? Por favor? Tem anos que te conheço.

- Só não sei por que ela não quer essa oportunidade.

- Henry, a vida é dela

- O problema é dela, né?

- É só isso mesmo?

- Não! Claro que! Gosto dela. Onde vou arrumar uma amiga tão bacana como ela? - Henry falou triste.

- Então, dê tempo ao tempo.

Suspirou Henry.

Os dias passaram rapidamente Henry viajou, Clara seguiu trabalhando.

Clara comprou um lindo vestido azul para sua colação de grau, tudo está perfeito para o grande dia. Mas deixar a Inglaterra, deixar Henry não faz ela se sentir bem. Tem a saudade dos amigos e família, mas seus sentimentos ainda estão muito confusos.

Clara fez um lindo penteado, um coque com fios soltos caídos pelos ombros formando cachos, ela calçou suas sandálias presenteadas por Catarina. Ela definitivamente está linda. O telefone toca.

- OI filha. Como você está, estamos muito orgulhosos de você por mais essa conquista.

- Obrigada mamãe.

- A única coisa que eu quero é que você seja feliz e o que eu e seu pai e amigos esperam de você, sua felicidade. Lembre-se disso.

Gustavo vai acompanha-la em sua formatura e Catarina estará presente filmando tudo.

Tudo ocorreu perfeitamente, Gustavo não saiu de perto dela nem por um minuto. Ele estava perfeitamente bem vestido fazendo com que sua beleza aparecesse muito mais.

No final da festa, depois da entrega dos diplomas Maria foi cumprimentá-la.

- Parabéns! Você está maravilhosa. Fico muito feliz por sua conquista.

- Obrigada Maria.

- Tem alguém que gostaria de te dar um abraço – Maria falou apontando com a cabeça para o lado menos movimentado da festa.

De longe Clara reconheceu a silhueta, era Henry, então ela se dirigiu até a ele com um sorriso bobo no rosto.

-Parabéns! - Henry falou à abraçando. – Fico feliz por você menina.

- Obrigada henry, nunca imaginei que você viria, nem sabia que ja tinha retornado de Los Angeles.

- Sim, muita coisa para resolver, você acha que eu perderia a formatura da minha amiga?!

Apesar das palavras serem muito carinhosas Clara gostaria de ser mais que amiga.

- Obrigada por tudo. Tudo mesmo! Amanhã estou la para meu último dia de trabalho.

- Falando nisso, sua vaga ainda não foi preenchida.

Clara ficou em silencio por um momento, olhando para Henry, então as palavras de sua mãe vieram na sua mente.

"A única coisa que eu quero é que você seja feliz e o que eu e seu pai e amigos esperam de você, sua felicidade. Lembre-se disso."

Eu não seria feliz longe dele, não conseguiria imaginar que tive a oportunidade de estar com ele e desperdicei.

- Você aceita ir até um restaurante conosco para comemorar? – Henry convidou Clara.

Antes que Clara dissesse que sim, Gustavo à encontrou. Quando ele à viu laçou sua cintura com seus braços. Essa atitude de Gustavo é territorialista, foi a mensagem que passou.

-Todos podem ir Clara. Por mim tudo bem.

Maria muito esperta percebendo que Henry ficou desconfortável, se aproximou.

- Sim Clara. Vamos todos, eu, você, Henry, Catarina e Gustavo.

Por ElaWhere stories live. Discover now