Repercussão

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Quando a fixa de clara caiu, um dia todo e mais uma noite já tinha se passado, ela já estava na faculdade e só se deu conta do que tinha feito quando prestou atenção nos comentários do dia.

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Clara se tornou famosa do dia para noite, ela não, Amandine Dupine.

No ensino médio toda vez que ela se indignava com algo ou na escola ou na sua cidade usava esse pseudônimo para declarar sua indignação.

Romancista, articulista e memorialista, Amandine Dupin escreveu mais de 80 livros, Precursora do feminismo na França, Dupin esteve presente nas principais rodas culturais de sua época, e para ganhar notoriedade também publicava com um pseudônimo.

Parece covarde se esconder atrás de outra pessoa mesmo q essa seja inventada; mas como Clara se exporia assim? Como falaria de seu patrão sem dizer ao mesmo tempo de sua indignação ou despeito por ter outra que julga ocupar seu lugar?

Os olhos arregalados de Clara quase a condenava a cada manchete que lia, os comentários ingleses de seus colegas não deixam de ser maldosos ou no mínimo precipitados.

- O que eu fiz? Coloquei lenha na fogueira, apaguei fogo com gasolina.

Não se falava de outra coisa, todos no campo comentavm sobre o novo caso e henry e qunto tempo isso iria durar.

Clara saiu mais cedo da faculdade, foi direto para o trabalho e encontrou a casa cheia de assessores. Henry estava sentado no sofá.

- Você ficou sabendo?

- Do que? – Clara se fez de desentendida.

- Que a Suzana ficou chateada com os comentários maldosos da internet.

- Já era de se esperar. E Henry?

- Não sei!

Quando todos assessores saíram e a casa finalmente ficou vazia Clara saiu para jogar o lixo fora e encontrou Henry admirando as estrelas encostado na mureta da varanda de trás.

- Oi. Como você está? Eu fiquei sabendo de toda confusão.

- Tudo eu acho, meu cache aumentou quase 200%. Tenho umas 3 entrevistas marcadas para essa semana, estão querendo renovar uns quatro contratos comigo. Então, acho que está tudo bem.

Para surpresa de Clara realmente Henry não parecia preocupado com a repercussão da mídia ao seu respeito, mesmo de uma forma não muito agradável ele era lembrado e isso significava dinheiro. Mas algo ainda o incomodava.

- Mas por que o olhar caído? - Perguntou Clara.

- De tudo isso, da maldade dos jornalistas e dos blogues de fofocas, da Suzana ficar chateada de falar horas na minha cabeça que fizeram um má ideia dela, nada disso me incomodou.

- Então porque essa expressão?

- Na verdade foi o que ele escreveu, cada linha falou muita verdade a respeito do tempo em que vivemos e principalmente a respeito de mim. Quantas vezes me julguei amando e depois de meses ou até anos descobri que não era real? Ele tem razão! Seja lá quem ele for.- Henry sorriu enquanto Clara engolia seco mais uma vez.

Tudo que clara não queria ver era seu amado triste. Isso era um fato, mas por impulso, por ciúmes colocou tristeza do coração de Henry.

Ah henry se você soubesse como gosto de você? Como espero que me note. Não queria te ver assim, mas aquela magrela não te mercê. Mas quem sou eu para julgar ela? Talvez ela mereça, talvez seja boa, talvez o coração dele deva ser dela.

Henry se despediu dela e entrou, Clara foi para casa ao chegar em casa tomou coragem parta abrir o blogue, descobriu que de 300 seguidores ela tinha mais de 1milhao de acessos em sua publicação e tinha ganhado mais de 50 mil seguidores.

Sempre sonhei com isso - Pensou Clara- Mas nunca quis que fosse assim, nunca pensei que meus pensamentos chegariam tão longe mas a custo de que?

No dia seguinte no trabalho.

- Você está tensa. – Disse Maria.

- Nada demais.

- Eu tenho anos de experiência, sei quando alguma coisa está errada e você não está bem.

- Assuntos pessoais.

-Falando nisso Henry pediu para você ir até a biblioteca assim que puder depois que ele chegar.

O que será que Henry quer com Clara?

Mais tarde quando Henry chegou Clara se dirigiu até a biblioteca apreensiva.

Será que Henry descobriu que foi eu que escrevi aquele texto?

Será que ele vai me despedir?

Clara entrou na biblioteca e viu henry de costas com um livro nas mãos, ele estava com uma camisa apertada de óculos tão lindo como de costume.

- Fique à vontade Clara!

Clara se sentou calmamente esperando o pior.

- Olha o que eu encontre i- Henry mostra um livro pequeno escrito a mão por um tio.

- Nossa está escrito em português?!

-Sim! É um livro de catalogação de um tio que se mudou para Inglaterra nos anos 20 e montou uma mercearia, como você gosta de história resolvi mostrar para você.

- Adorei henry! Gostei muito. É da década de 20 mesmo, olha como era a escrita. – Clara sorriu ajeitou a postura – E como você está hoje?

- Melhor, essas coisas passam, eu já estou acostumado.

-E Suzana- engoliu.

- Mais calma- henry riu- mulheres

- Mulheres não! Olha lá...

- Você é diferente, ne?!

Os dois riram,

- É bom passar um tempo com você. – está gostando do trabalho?

- Bom! Mas cansativo.

- Quanto tempo pretende ficar na Inglaterra?

- Acho que até o final do curso.

- Espero que fique mais.

- Bem, tenho que ir. - clara entregou o livreto para henry e suas mãos se tocaram por um milésimo de segundo.

Naquele instante uma onda forte subiu por sua espinha e seu corpo esquentou, foi como se uma corrente elétrica atravessasse seu corpo.

- Desculpe- ela disse

- Não tudo bem. - Ela respirou fundo.

- Já vou né, as louças do jantar não vão se lavar sozinhas.

Henry olhou para ela com amorosidade e disse:

- Você é muito inteligente, espero que seja melhor aproveitada em nossa equipe.

Por ElaWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu