Capitulo 12

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Anastácia

Ergui meu rosto só para ver os lábios dele arrastando-se
suavemente pela curva da minha cintura. Ele me olhou e sorriu,
dando uma mordida pouco acima do osso do meu quadril e
espalmando a mão grande em minha barriga. Arranhei sua nuca,
ciente de que estava fazendo o caminho novamente para entre
minhas pernas, dessa vez com a boca.
A primeira rodada foi puro desespero. Estávamos mais calmos,
mas ainda com muito desejo. Ele afastou meus joelhos e, com o
polegar, acariciou meu clitóris sem desviar os olhos dos meus. Mordi
minha boca, sentindo prazer e ansiosa para ter sua língua entre
minhas dobras. Empurrei meu quadril para cima, em um convite
silencioso. Ele riu, abaixando o rosto e me dando uma deliciosa
chupada enquanto beliscava meu mamilo.
Fechei os olhos, segurando seu cabelo e puxando, minhas
pernas inquietas reagindo ao prazer que ele me causava. O
orgasmo foi crescendo e não o controlei, deixei explodir e caí para
trás, estremecendo. Cristhian lambeu a boca antes de me beijar,
busquei sentir sua ereção, esfregando minha boceta molhada em
sua extensão. Ele agarrou meu cabelo, gemendo e tateou a cama
em busca de uma camisinha.
— Coloque em mim. Estou louco para te foder de novo — falou
com rouquidão. Sua voz pingava desejo. — Porra, eu amo sentir
suas mãos no meu pau.
— Tanto quanto gosta da minha boca? — Coloquei a camisinha
e mordi seu queixo.

— Seu boquete é espetacular. Tanto que estamos na cama,
não jantando. — Ele riu suavemente. Olhamos para onde nossos
corpos se uniam e gememos. A visão era esplêndida.
Com minhas pernas cruzadas em sua cintura, inclinei-me para
trás e o encontrei a cada estocada, rebolando. A cama estava
bagunçada, lençóis por todo lado, meu quarto cheirava a sexo e
nossos perfumes. Era o aroma mais sexy de todos. Cada vez mais
perto do orgasmo, nos beijamos. Mordi sua boca ao gozar e me
afastei para observar a expressão linda daquele homem chegando
ao ápice.
Ele sempre soltava o gemido mais foda de todos, me dava
vontade de começar tudo novamente. Deitando a cabeça suada
entre meus seios, olhei para o teto e sorri. Ele beijou um caminho
até minha boca, tirou a camisinha e jogou fora. Seus olhos
brilhantes atraíram a atenção dos meus. Seu estômago roncou, nós
nos encaramos e rimos.
— Acho que deveria ter te alimentado ao invés de atacá-lo. —
Sentei-me na cama, precisando de um banho. — Vou para o
chuveiro e então iremos comer.
— Eu não pensei em comida quando te vi. Posso invadir seu
banho?
Nunca havia compartilhado o banho com alguém e me vi
dizendo sim, com um sorriso safado. Ele me pegou e foi nos
empurrando para dentro do box. Debaixo da água, sem camisinha,
fomos criativos ao brincar. Já fora do banheiro, ele vestiu a cueca e
eu me enrolei em um roupão de cetim, sem sentir a necessidade de
usar algo por baixo. Cristhian acendeu as velas e pegou o vinho,

lemos as instruções juntos e ao invés de seguir a cartilha com os
pratos, fizemos um só e experimentamos um pouco de tudo.
Peguei uma fatia do pão com molho e o ofereci. Ele mordeu,
me olhando.
— O que foi? Tem algo a dizer?
— Não posso admirar sua beleza?
— Você diz que sou linda o tempo todo, já deveria ter se
acostumado com meu rosto.
— O que posso fazer se sou sortudo de poder estar aqui?
— Galante. — Beijei-o e fui para o seu colo. Em algum
momento, precisaríamos falar sério sobre nós, mas não seria ali.
Parecia que fizemos um acordo em ignorar a realidade e vivermos o
quanto podíamos daqueles encontros secretos. — Sabe que adoro
quando banca o charmoso?
— Eu sou um poço de charme e formosura. Não tem outro
exemplar por aí, então aproveite.
Nós não dormimos muito naquela noite e nem em todas que
nos encontramos em Londres. Ele precisou voltar para Rainland um
pouco mais cedo e me comprometi em ir vê-lo. Cristhian tinha uma
casa em uma cidade adorável, mandou me entregar as chaves e
minha irmã certamente me mataria se descobrisse que depois de
um trabalho na França, voaria direto para o país que morava e
sequer passaria na sua casa.
Era loucura de amor. Eu nunca encaixaria uma viagem
cansativa entre dois trabalhos importantes. Pior de tudo: não
conseguia me arrepender. Organizei minha mala para todos os dias

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