3.

6.1K 594 486
                                    


O fim de semana eu não fiz nada, apenas passei em meu quarto assistindo séries e comendo.

E eu estava na escola, no recreio embaixo de uma árvore que eu gostava de ficar além da biblioteca.

No mesmo instante passou um menino que eu tinha um enorme crush.

É, ninguém pode saber disso.

Eu não sabia nada dele, mas eu era apaixonada nele desde que eu entrei nessa escola.

Ele sempre andava com seus amigos.

Seus cabelos eram ondulados e ele era meio que cabeludinho.

Eu confesso que as vezes nos trocávamos olhares, e eu pensava nisso o dia todo.

Mas eu nunca iria poder ter a chance de falar com ele, anos sendo invisível nessa escola e eu nunca descobri nem o nome dele.

Não tínhamos aulas juntos, e a única que tínhamos era educação física, mas eu não ia.

E nem vou só por causa de um menino.

As vezes eu o via com uma menina meio ruiva e eu não sei o que ela é dele. Irmã, namorada, amiga, melhor amiga..

Ele é um mistério para mim.

O sinal tocou e eu peguei meu livro que eu estava lendo e fui para minha sala de matemática.

A pior aula que tem, sou de humanas. Não mereço passar por isso!

E para minha felicidade, pérola e o namorado não vieram hoje! Ou seja, um dia com autoestima.

...

Eu estava saindo da escola, ia de pé como sempre quando o menino que eu tinha crush passou ao meu lado correndo e seu perfume deixou rastros.

Que cheiroso.

Continuei andando e fui para a biblioteca local.

Antes, passei em uma cafeteria e comprei um café.

Eu gostava de ir ali as vezes para estudar, e hoje o professor de matemática passou matéria nova e eu não entendi absolutamente nada!

Entrei e o ar gelado me atingiu.

Silêncio, livros e café.

Havia coisa melhor?

- Boa tarde senhora Madalena. - cumprimentei sorrindo a senhora que sempre ficava ali na recepção.

- Boa tarde minha querida, como vai? - ela me cumprimentou de volta, sorrindo.

- Vou bem, e a senhora?

- Estou bem também. - ela sorriu e eu fui para o andar de cima da biblioteca, aonde havia poltronas e mesinhas para se sentar.

Peguei meu livro que estava em minha mochila e me sentei em uma das poltronas vazias que estava ali.

Tomei um gole do meu café e comecei a ler a matéria

Fiquei ali por mais ou menos uma duas e decidi ir para casa quando eu já tinha entendido o assunto.

Única coisa que esteve em meu estômago hoje foi café, minha barriga roncava de fome.

Estava indo abrir a porta para sair quando a porta é aberta antes de mim garoto pelo qual eu estava falando mais cedo.

- Desculpa. - pedi desculpas pois sem querer esbarrei nele.

- Que nada. - ele sorriu e eu sai pela porta praticamente surtando.

Único diálogo que tivemos na vida e eu estava surtando!

Que sorriso magnífico foi aquele, hein?

Segui o caminho de casa sorrindo.

Meu dia hoje foi ótimo.

Assim que cheguei em casa preparei algo para comer.

Terminei de comer e decidi ir limpar a casa.

Mais uma das coisas que minha mãe deixou de fazer. Se eu não limpasse a casa estaria abandonada.

Coloquei uma música na tv e troquei de roupa, calça jeans e moletom não era uma boa roupa para limpar a casa.

Começou a tocar The Smiths e eu cantarolava pela casa enquanto varria o chão.

- And you never kneww how much i really liked youuu. - tocava back to the old house.

Terminei de varrer e fui passar pano.

E até que enfim acabei!

Eu suava e estava fedendo.

Então subi para tomar um banho.

Terminei meu banho e fui checar meu celular.

No mesmo instante chegou uma mensagem do tal do mason.

- Oi então sou eu de novo. Quando eu estava voltando da escola vi uma padaria abandonada e lembrei de você, quase entrei lá.

- Poderia ter entrado e me mandado fotos, e talvez ate a localização já que nos dois moramos em los angeles.

- Haha! Você acabou de dizer onde mora.

- Eu sou muito burra. Mas também se você me sequestrar vai ser um favor a humanidade, não tenho nada a perder. E talvez não moramos na mesma cidade.

- Qual foi? Aposto que você deve ser uma pessoa incrível, não fale isso.

- Se você diz.
- Mas enfim, me diz ai, qual era o nome da rua da padaria abandonada?

- É na cidade de long beach, poly high.

Quando li essa mensagem larguei o celular no canto da cama.

Era a mesma padaria que eu estava! Como isso poderia ser possível?

Ou esse cara ta me rastreando, ou é uma grande coincidência.

Fiquei com um pouco de medo e decidi não responde-lo mais.

Cara, qual eram as chances? Ele tinha meu número e poderia muito bem estar rastreando meu ip ou algo do tipo.

Isso me assustou muito.

Liguei meu notebook e decidi abrir o maps.

Coloquei na mesma rua que eu estava para ver se ali havia mais alguma padaria abandonada ou se em Los Angeles havia alguma outra cidade com o mesmo nome de cidade.

Ok, so havia a soul beach.

Extremamente assustador.

Minha mãe chegou em casa e eu corri para fechar a porta do meu quarto e desligar as luzes.

Realmente não estava afim de falar com ela hoje depois de ontem.

Seu que talvez seja um drama imenso, mas ela nunca me entenderia.

Liguei o ar pois hoje estava fazendo muito calor e fechei às cortinas.

Apesar de ainda serem 20h eu estava cansada, arrumar a casa toda de dois andares sozinha me deixou exausta!

Sem contar que hoje tive que gastar quase todos meus neurônios para tentar entender um monte de letras e números juntos.

Me aconcheguei na cama e o sorriso do menino cujo eu não sabia nada sobre veio em minha mente.

Meu deus lana! Para de ser doida, vocês só trocaram duas palavras.

Ri com meus próprios pensamentos e comecei a pensar que talvez eu era esquizofrênica.

Quem ri dos próprios pensamentos?

Logo, cai no sono.

Mensagens. - Mason thames.Where stories live. Discover now